Do lítio ao offshore, quanto fica de herança para o novo Governo?
Com os cenários pós-eleitorais completamente em aberto, uma coisa é certa: o Executivo que vier a ser formado depois de 10 de março vai ter de dar seguimento a uma gaveta cheia de projetos a favor da transição energética avaliados em 76 mil milhões de euros pela DGEG.
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Pouco depois de António Costa se ter demitido por causa da investigação aos negócios do hidrogénio e do lítio em Portugal, e de Marcelo Rebelo de Sousa ter convocado eleições antecipadas para 10 de março, o novo diretor-geral de Energia e Geologia veio fazer as contas aos investimentos estratégicos no setor da energia que estão na calha para avançar no país. E que muito provavelmente serão adiados com a mudança de Executivo que se avizinha. Jerónimo Cunha fala em 76 mil milhões de euros (mais do que os 60 mil milhões contabilizados pelo Governo), mas tanto os promotores dos projetos como os investidores nacionais e internacionais já avisaram – mais do que uma vez – que é necessária estabilidade política e legislativa para que este dinheiro possa, de facto, vir para Portugal. Deste valor, a maior fatia das intenções de investimento deverá ir para o eólico offshore – 40 mil milhões de euros – e para a cadeia de valor do lítio – 9 mil milhões.
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