DST Solar ganha centrais de 20 milhões no verão
O braço de soluções de energia solar do grupo bracarense vai instalar centrais fotovoltaicas na Cinca, RAR, Lusosider, EDIA, MCM e IPVC, prevendo fechar o exercício com uma faturação 50% acima dos 17,9 milhões de euros registados no ano passado.
Após dois anos na casa dos 16 milhões de euros, tendo fechado o último exercício com uma faturação de 17,9 milhões, a DST Solar prevê fechar 2025 com “um crescimento superior a 50%, enquadrado na estratégia da empresa que se foca numa visão estratégica centrada em trabalhar para liderar a transição energética”, afirmou Ricardo Cortinhas, administrador executivo do braço de soluções de energia solar do grupo DST, em declarações ao Negócios.
Só neste último verão, a DST Solar ganhou projetos de criação de centrais fotovoltaicas em meia dúzia de grupo empresariais, que representam um investimento total de 20,6 milhões de euros.
O mais recente, um negócio no valor de 3,7 milhões de euros e com previsão de entrega até ao final deste ano, é protagonizado pela cerâmica Cinca e envolve a remoção de coberturas antigas com amianto e colocação de 5.142 painéis fotovoltaicos em todas as coberturas renovadas.
De acordo com a DST Solar, o negócio da Cinca constitui um exemplo de um projeto de grandes dimensões, sem investimento do cliente, onde a empresa de Braga é também responsável pelo fornecimento e construção de uma central fotovoltaica com 4 MW, onde o ganho de eficiência será o fator remunerador do investimento da empresa.
Antes da Cinca, a DST Solar tinha já firmado duas grandes adjudicações: um parque fotovoltaico de autoconsumo de 10,2 MW na unidade da Lusosider no Seixal, num investimento de 8,5 milhões de euros; e nove instalações para a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, das quais cinco em estruturas flutuantes (4,5 MW) e quatro em estruturas tipo “tracker”, localizadas em Beja, Brinches, Cuba e Serpa, com uma potência instalada total de 3,5 MW, num investimento global de 7,5 milhões de euros.
De menor dimensão, a DST Solar somou ainda dois projetos de autoconsumo para o grupo RAR (312 mil euros), duas centrais fotovoltaicas para o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (33 mil euros) e uma para a MCM (Mário da Costa Martins & Filho) com 771 KW de potência, associada a um sistema de armazenamento de energia com capacidade de 860 kWh, num investimento de 660 mil euros.
Especializada na prestação de serviços na área da engenharia, no âmbito do projeto, fornecimento, execução, operação e manutenção, no setor da energia solar, a empresa do grupo DST participa em diversos projetos de I&D, entre os quais se destacam o NGS – New Generation Storage, num investimento estimado de 194 milhões de euros, que visa criar uma geração de sistemas de armazenamento alinhados com a estratégia energética da União Europeia até 2040; e o Baterias 2030, liderado pela DST Solar e orçado em 8,1 milhões de euros, que está focado no desenvolvimento de novas soluções de armazenamento.
O administrador da DST Solar sinalizou, ainda, o envolvimento da empresa nos projetos Smartglow, “sistema baseado em microrredes para otimização do autoconsumo renovável”; Building Hope, “ferramenta de otimização holística para melhorar a eficiência energética dos edifícios”; e Smart-PV, “plataforma preditiva com inteligência artificial para deteção antecipada de falhas em parques fotovoltaicos, permitindo atuação preventiva e redução de perdas”.
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