pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Margem de refinação da Galp volta a disparar 75% no final de 2022

A margem de refinação da petrolífera portuguesa atingiu os 13,5 dólares por barril no último trimestre do ano, quando no trimestre anterior estava nos 7,7 dólares.

edifício Galp Torres de Lisboa
edifício Galp Torres de Lisboa Bruno Colaço/Correio da Manhã
30 de Janeiro de 2023 às 07:35

A Galp Energia revelou esta manhã, antes da abertura do mercado, o seu "trading update" relativo ao quarto e último trimestre de 2022.

Depois de ter visto a sua margem de refinação tombar 65%, para 7,7 dólares por barril, nos três meses anteriores, de julho a setembro, no período final do ano a petrolífera portuguesa conseguiu recuperar para os 13,5 dólares por barril, o que representa uma subida de 75%.

Ainda assim, o valor está abaixo dos 22,3 dólares por barril do segundo trimestre do ano, que se deveu à alta do petróleo, no seguimento da invasão militar da Ucrânia, em fevereiro. 

A estimativa dos analistas apontava para uma margem de refinação de 11,64 dólares por barril no último trimestre de 2022.

No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp explica que a margem voltou a subir devido às "condições mais favoráveis do mercado, esperando que o valor alcançado no quarto trimestre venha a ter um impacto de 80 milhões de euros nos resultados da empresa.

Por outro lado, empresa aponta uma queda de 10% na refinação, resultante de trabalhos de manutenção. Ainda assim, os valores no final de 2022 estão 51% acima dos registados no mesmo período do ano anterior

Quebras nas vendas de combustível e luz

O "trading update" da Galp indica ainda que as vendas da companhia caíram nos combustíveis (-9%) e na eletricidade (-4%), por outro lado, a comercialização de gás natural subiu 2%, face ao trimestre anterior. A empresa justificou os números com uma redução no consumo, especialmente no segmento empresarial.

Já a produção de petróleo foi de 115,3 mil barris por dia, um valor muito próximo do registado nos três meses anteriores. O Brasil continua a ser responsável pela maior fatia da produção petrolífera da Galp, com a cotada a notar a entrada de Moçambique, de onde recebeu em novembro a sua primeira carga da matéria-prima.

Nas renováveis, a empresa aumentou 7% a sua capacidade instalada apesar da geração ter caído na ordem dos 50%, devido à redução de luz solar característica do final de ano.

Imparidade e provisões na ordem dos 160 milhões de euros

No comunicado enviado à CMVM, a Galp aponta ainda que os resultados do quarto trimestre de 2022 serão impactados por uma imparidade na ordem dos 100 milhões de euros, relativa à problemas na rede de retalho, tendo sido ainda constituída uma provisão de 60 milhões relacionada com o encerramento da refinaria de Matosinhos.

A petrolífera, atualmente liderada por Filipe Silva mas que no final do ano passado ainda tinha Andy Brown como CEO, refere também no relatório constrangimentos no fornecimento e "trading" de gás e LNG, devido a problemas com o fornecedor da Nigéria.

Quanto aos impostos sobre os lucros extraordinários que os governos de Portugal e Espanha implementaram, os impactos "ainda estão a ser avaliados".

A Galp vai divulgar os resultados do último trimestre do ano passado no dia 13 de fevereiro.

Última atualização às 08h30

Ver comentários
Publicidade
C•Studio