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Quatro empresas europeias já terão feito pagamentos de gás em rublos

Há pelo menos dez empresas que já terão aberto conta no Gazprombank para fazer o pagamento de gás natural russo em rublos e, desse número, quatro já fizeram pagamentos. A informação é avançada por uma fonte próxima da gigante Gazprom.

gazprom gas russo
gazprom gas russo Reuters
27 de Abril de 2022 às 10:43

Dez empresas europeias ligadas ao setor do gás natural já terão aberto contas no Gazprombank para acatar as ordens de Vladimir Putin. A informação é avançada pela agência Bloomberg, que cita uma fonte ligada à gigante russa do gás Gazprom. 

De acordo com esta informação, estas dez empresas europeias estão dispostas a pagar por gás natural russo em rublos - uma ordem decretada pelo líder russo a 31 de março. Desde dia 1 de abril que a Rússia está a exigir que as empresas de países "hostis" - ou seja, que condenem a invasão da Ucrânia - paguem por gás com a moeda russa. 

Só que, para tal, é necessário ter uma "conta especial" aberta no Gazprombank, o banco russo controlado pelo Estado, para que seja possível trocar moeda estrangeira por rublos.

Segundo a Bloomberg, há pelo menos quatro companhias que já fizeram pagamentos de gás recorrendo a rublos. 

Este fonte, que partilhou informações de forma anónima, não especifica quais as companhias que já abriram contas neste banco russo ou quem é que já fez pagamentos. 

A Bloomberg refere também que a Polónia e a Bulgária tinham pagamentos para fazer até 26 de abril, esta terça-feira. A recusa destes dois países em fazer pagamentos em rublos teve um resultado que já é conhecido: o corte no fornecimento de gás. 

Este fator já fez os preços do gás natural em Amesterdão, a referência para o mercado europeu, disparar 24%. Nesta altura a subida já é menos expressiva, registando-se um aumento de 3,04% até aos 106,19 euros por megawatts hora.

A mesma fonte refere que, pelo menos por agora, não haverá mais cortes imediatos, já que a próxima ronda de pagamentos está agendada para a segunda quinzena de maio. 

O corte no fornecimento de gás natural russo à Bulgária e à Polónia já foi fortemente condenado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que qualificou de "inaceitável" a tentativa da Rússia de utilizar o gás como "um instrumento de chantagem".

"O anúncio da Gazprom de que vai unilateralmente parar de entregar gás a clientes na Europa é mais uma tentativa da Rússia de usar o gás como um instrumento de chantagem. Isto é injustificado e inaceitável", afirmou von der Leyen, apontando que tal também "demonstra novamente a falta de fiabilidade da Rússia como fornecedor de gás".

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