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Suspensão de produção na refinaria de Matosinhos deve manter-se até ao final do ano

A produção de combustíveis em Matosinhos não deverá ser retomada antes do final do ano, segundo o CEO da Galp. A política de distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2020 ainda não está definida.

carlos gomes da silva galp
carlos gomes da silva galp Miguel Baltazar
26 de Outubro de 2020 às 13:46

O presidente executivo da Galp Energia, Carlos Gomes da Silva, revelou que a suspensão da produção de combustíveis na refinaria de Matosinhos deverá manter-se, pelo menos, durante "este trimestre". Numa conferencia telefónica com analistas no âmbito dos resultados do terceiro trimestre, o responsável relembrou que a dificuldade em escoar "stock" devido aos impactos da pandemia levou a empresa a suspender temporariamente a produção em Matosinhos  no passado dia 10 de outubro.

Neste contexto, e sublinhando que 2020 está a ser "um dos anos mais difíceis para a indústria", o gestor apontou ainda que as margens negativas das refinarias estão a ser uma tendência a nível global, à qual a petrolífera não escapa.

Como o Negócios tinha noticiado, a Galp Energia suspendeu no passado dia 10 de outubro a atividade de produção de combustíveis na refinaria de Matosinhos, em resposta ao impacto da crise da covid-19 e, consequentemente, na atividade económica e na procura de combustíveis.

A petrolífera garante que a suspensão temporária não coloca em causa o abastecimento do mercado nacional e não terá "impacto nos colaboradores da Galp afetos a essa atividade". "As demais atividades de produção de Óleos Base e de Aromáticos da Refinaria de Matosinhos continuarão com o seu funcionamento normal", disse, na altura, fonte oficial da empresa ao Negócios.

Esta é a segunda vez este ano que a Galp Energia suspende a produção na refinaria de Matosinhos. Em abril, a petrolífera alargou ainda a paragem de produção à refinaria de Sines. A produção destas duas refinarias foi retomada quase três meses depois, em junho.

Questionado pelos analistas sobre os planos para a política de distribuição de dividendos referentes ao exercício de 2020, Carlos Gomes da Silva começou por destacar que a posição financeira da empresa está "a ser consolidada". Porém, é "preciso esperar pelo fim do ano para tomar uma decisão" a esse respeito.

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