Há uma nova ‘lupa’ sobre o mercado imobiliário que avalia as casas gratuitamente
A Urbiwise é uma plataforma (e também uma nova empresa portuguesa) que vem concentrar dados sobre o imobiliário de norte a sul do país e, com eles, levar a cabo duas tarefas: oferecer uma avaliação das casas gratuitamente e vender os dados que possui – ou o sentido que tira deles – às empresas.
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Qualquer pessoa, desde vendedores, potenciais compradores, senhorios ou inquilinos, podem utilizar sem custos o site da Urbiwise para fazerem uma avaliação de um imóvel do seu interesse. A partir do código postal, tipologia e áreas, a plataforma entrega esta avaliação. Uma funcionalidade que, de acordo com o CEO Pedro Martins, é relevante tendo em conta as alternativas, que passam pelo pagamento de cerca de 150 euros a um banco ou pela avaliação das agências imobiliárias.
A Urbiwise garante que as avaliações são de qualidade pois recorrem a uma base de cerca de um milhar de fontes. A maior parte destas fontes são de acesso público mas um décimo são bases de dados privadas, adquiridas pela empresa. Um algoritmo trata de cruzar a informação e apresenta a resolução.
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Apesar de este ser um dos pontos de interesse da empresa, não é com as avaliações sem custos que a Urbiwise pensa vir a lucrar. Em paralelo com esta atividade, existem três ofertas dirigidas a empresas, através das quais a empresa planeia ir colher receitas.
Tendo em conta a base de dados com 5,6 milhões de moradas, 350 mil pontos de interesse nas redondezas e 650 mil casas, com a respetiva descrição das características, a Urbiwise diz-se capaz de, em primeiro lugar, entregar às empresas do imobiliário detalhe acerca dos serviços que rodeiam o imóvel. Também vai vender dados, estruturados e trabalhados. Por fim, disponibiliza-se a fazer relatórios personalizados consoante as necessidades dos clientes.
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A partir do perfil sócio-económico de cada zona, por exemplo, a Urbiwise pode indicar a empresas como seguradoras, operadoras de telecomunicações ou elétricas o melhor sítio para promoverem os seus serviços. Já os fundos de investimento e os bancos poderão ter interesse em saber quais as zonas mais baratas na hora de decidir onde aplicar o capital.
Quatro grandes empresas à vista, mais destinos e contratações
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"Estamos em negociações com grandes clientes", revelou o co-CEO, Pedro Martins, em declarações ao Negócios. O responsável estima que, até dezembro, a carteira de clientes esteja preenchida com três ou quatro destas entidades, sendo esta a prioridade para este ano, adianta o CEO.
A trabalhar na empresa estão, de momento, 10 pessoas, mas a Urbiwise quer somar a este número mais 15 colaboradores, já no próximo ano. Em 2020, ainda está planeada outra evolução: a expansão para o mercado francês e o alemão. No conjunto do ano, a perspetiva é que a Urbiwise chegue aos 350.000 euros de faturação.
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Por detrás do ‘edificado’ Urbiwise
Urbiwise Peoperty Market Analytics é o nome da ‘mãe’ da Urbiwise. A empresa por detrás da plaforma é detida em 67% pela Singularity Digital Enterprise, em 5% por Jorge Sietra e em 28% por Javier Mañas. Este último acionista foi o principal investidor da espanhola Madiva, a plataforma espanhola que serviu de inspiração à Urbiwise e que mais tarde foi adquirida pelo BBVA, tornando-se a BBVA Valora.
A empresa que dá nome à plataforma foi criada em março deste ano, mas o ‘produto’ que agora chega a público já estava em desenvolvimento há dois anos. A acionista Singularity é uma empresa de dados e inteligência artificial que existe há três anos e conta com 40 trabalhadores. É sedeada em Portugal, apesar de trabalhar para fora. Este ano, espera perfazer dois milhões em faturação.
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