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Ageas vai construir 124 casas no Porto para a autarquia arrendar até 950 euros

O empreendimento Jardins do Oriente, a nascer na freguesia de Campanhã, corporiza “o primeiro grande projeto ‘build to rent’ em Portugal”, enfatiza a autarquia.

Edifícios do Jardins do Oriente serão construídos na Rua de Bernardim Ribeiro, em Campanhã, Porto.
Edifícios do Jardins do Oriente serão construídos na Rua de Bernardim Ribeiro, em Campanhã, Porto. D.R.
12 de Junho de 2025 às 12:14

O grupo Ageas Portugal investe, a Garcia Garcia constrói e a Câmara do Porto arrenda.

A autarquia e a seguradora firmaram uma parceria para desenvolver aquele que representa “o primeiro grande acordo ‘build to rent’ no país”, com a construção na cidade de 124 habitações com rendas acessíveis destinadas à classe média.

“Ao abrigo do acordo, as habitações serão disponibilizadas com rendas significativamente abaixo do valor de mercado, por um período mínimo de 10 anos”, avança o município, em comunicado.

 As tipologias disponíveis incluem T0 (2 fogos), T1 (36) T2 (71) T3 (15), com rendas mensais que variam entre os 525 e os 950 euros.

“O investimento fica a cargo do grupo privado, sem resultar deste acordo qualquer encargo para o município do Porto, uma vez que o valor mensal das rendas será direta e proporcionalmente suportado pelas rendas que receberá dos seus inquilinos”, explica a autarquia.

O empreendimento Jardins do Oriente, constituído por três edifícios, será construído em dois anos na Rua de Bernardim Ribeiro, na freguesia de Campanhã, “uma das zonas da cidade com maior potencial de regeneração urbana”, realça a Câmara do Porto.

O projeto será apresentado e discutido na reunião do executivo municipal na próxima segunda-feira, 16 de junho, “sendo mais um passo na implementação de soluções inovadoras para a política de habitação na cidade”, enfatiza o município ainda liderado por Rui Moreira.  

Para o autarca, “este é um projeto inovador, em que fica provado que é possível envolver uma entidade pública, como o município do Porto, e uma entidade privada, neste caso o grupo Ageas Portugal, para criar valor para a cidade e para os cidadãos, mais concretamente”.

Acresce que “o município, enquanto arrendatário, suportará o valor das rendas, pelas quais será ressarcido, através do valor a pagar pelos subarrendatários, verdadeiros beneficiários do programa de rendas acessíveis”, sublinha Rui Moreira.

Ou seja, “o único encargo a suportar pela autarquia diz respeito aos eventuais subsídios que vierem a ser atribuídos e que se estima que representem 160 mil euros por ano. Este subsídio, que na fase inicial do programa Porto com Sentido poderia chegar a 30% da renda, hoje chega, nalguns casos, a atingir os 50%, servindo o propósito de amenizar, ainda mais, o valor pago pelos inquilinos”, remata o autarca.

Já o CEO do grupo Ageas Portugal destaca que o empreendimento Jardins do Oriente “é o primeiro projeto de investimento privado em larga escala de arrendamento acessível em Portugal”.

“Trata-se de um investimento com impacto real na comunidade e, como sabemos, são projetos destes que fazem a diferença na vida das pessoas”, afirma Luís Menezes, sinalizando que “este passo reforça” o posicionamento da seguradora “enquanto investidor responsável e sustentável, com foco no pilar ‘S’ de ESG, esperando que o sucesso deste projeto possa alavancar mais investimento em habitação acessível”.

Por sua vez, Miguel Garcia, administrador Garcia Garcia, manifestou “o orgulho” da construtora em integrar esta iniciativa pioneira no país, “sendo um exemplo de como o setor privado pode contribuir ativamente para responder aos desafios habitacionais das cidades e estar ao serviço da comunidade”, considera.

(Notícia atualizada às 12:48)

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