Três em cada quatro imóveis são vendidos em menos de três meses
A faturação da ERA cresceu 9% no segundo trimestre, com os preços médios de venda a aumentar, apesar de refletirem alguma desaceleração. Compradores norte-americanos subiram ao top 5 e italianos e chineses estão a ganhar peso. ERA não antecipa inversão da tendência, apesar de haver mais clientes vendedores do que compradores.
Depois de alguns meses de abrandamento, o mercado imobiliário parece ter recuperado nos últimos meses. Segundo a imobiliária ERA, o tempo médio de venda reduziu-se em cerca de 25% face ao segundo trimestre de 2022. Aliás, segundo os números da empresa, três em cada quatro imóveis são vendidos em menos de três meses após serem colocados à venda. E face aos imóveis em stock, que ajudam a prever tendências futuras, a ERA não antecipa qualquer sinal de inversão da dinâmica de mercado, apesar de ter mais clientes vendedores do que compradores.
Aliás, segundo os números da empresa, três em cada quatro imóveis são vendidos em menos de três meses após serem colocados à venda. E face aos imóveis em stock, que ajudam a prever tendências futuras, a ERA não antecipa qualquer sinal de inversão da dinâmica de mercado, apesar de ter mais clientes vendedores do que compradores.
O arranque do ano foi morno para a imobiliária ERA, com a faturação abaixo dos valores do mesmo período de 2022. Porém, analisando os dados só do segundo trimestre verifica-se uma recuperação com os proveitos a cresceram 9% para 21,7 milhões de euros.
De acordo com os dados da promotora imobiliária, "a análise mensal indica uma clara e rápida tendência de recuperação do mercado com um crescimento significativo em maio (+5%) e em junho (+9%) face ao mês anterior. Desde o início do ano, "só em abril se registou um decréscimo em relação ao mês anterior". E o mês de junho, com um registo de 7,8 milhões de euros, "teve mesmo um valor muito semelhante ao do período homólogo (apenas -2%)".
Estes valores são sustentados pelo aumento de 3,5% do número de imóveis vendidos - para 2774 - e de 5,4% do volume de negócios transacionados, que se situou em 411.944.869 euros. "Apesar desta evolução positiva, ambos os indicadores ainda ficam aquém quando comparados com o período homólogo, com decréscimos de -12,2% em termos de casas vendidas e -14% em relação aos negócios transacionados", aponta a ERA.
Já o valor médio dos imóveis vendidos continuou a aumentar apesar de estar a desacelerar. No segundo trimestre, o crescimento verificado foi de 2,8% em relação aos primeiros três meses do ano e 0,1% na comparação com o mesmo período de 2022.
Porém, a ERA destaca que olhando para os imóveis em stock, que ajudam a prever tendências futuras, "não se verifica qualquer sinal de inversão da dinâmica de mercado. Com mais de 51 mil imóveis em carteira, os dados da rede ERA indicam que a oferta continua a reduzir (-4,6% face ao período homólogo) e, consequentemente, os preços a aumentar (+11,1% nos valores de mercado dos imóveis em carteira)", adiantou.
No que toca às angariações, no primeiro trimestre do ano a ERA registou um aumento do número de imóveis captados, que poderia indicar um aumento da oferta disponível. Porém, no segundo trimestre, esse número voltou a descer - em 13% face ao período anterior em cadeia, - apesar de se manter 11% acima na comparação com o segundo trimestre de 2022.
Estados Unidos no top 5
A ERA adianta ainda que o número de novos contactos e clientes em base de dados continua a subir face aos períodos anteriores, apresentando um crescimento superior a nível de clientes vendedores (10%) do que compradores (+6%).
O perfil principal dos clientes continua a ser maioritariamente português, mas houve alterações no que toca às nacionalidades estrangeiras.
Brasil, Reino Unido, França, Angola, Estados Unidos, Alemanha e Países Baixos (por esta ordem) continuam a liderar a compra de casas através da ERA, que conta com mais de 200 agências em Portugal. As novidades de 2023 prendem-se com o crescimento nas nacionalidades italiana e chinesa, tendência não identificada no TOP10 desde 2020, e a subida dos EUA ao TOP5.
Olhando para o futuro, o CEO da ERA, Rui Torgal, refere que "os indicadores preditivos dão-nos uma perspetiva muito positiva para os próximos meses. A nossa estratégia de expansão, em curso desde o início do ano e já com mais de uma dezena de aberturas de novas lojas nestes primeiros seis meses, deixa-nos ainda mais confiantes para o que resta de 2023", conclui Rui Torgal.
Mais lidas