Famalicão garante criação de mais 500 empregos
O concelho de Famalicão, líder em exportações da região Norte nos últimos seis anos, está apostado em não deixar fugir o título, garantindo mais investimento empresarial e criação de emprego.
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Ainda hoje, 25 de Janeiro, o presidente da autarquia assinou protocolos com um conjunto de 14 empresas, onde estas, aproveitando diferentes instrumentos de financiamento comunitário, assumem a intenção de aplicar, até 2020, cerca de 250 milhões de euros, que "implicam a criação de perto de 500 novos postos de trabalho".
O investimento previsto resulta da soma de cerca de 55 milhões de euros de novos investimentos aos já aprovados pelos programas Norte2020 (regional) e pelo Compete2020 (nacional), assim como os projectos que estão a ser geridos directamente pela Comissão Europeia, como é o caso da Continental Mabor.
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O município e as empresas subscritoras esperam então "ter aqui um argumento de peso" para que a União Europeia dê luz verde à candidatura que a Câmara de Famalicão vai apresentar aos fundos comunitários para a construção de duas novas estradas: uma de ligação entre a Estrada Nacional 14 (Porto-Famalicão) e a Zona Industrial de Lousado, onde estão empresas como a Continental e a Leica; e outra de ligação à zona industrial de Ribeirão, onde estão sediadas empresas como a Salsa, a Tiffosi e a Caxiave.
"Estamos num tempo em que os fundos comunitários, mais do que nunca, têm que ser aplicados em função do retorno que podem gerar ao nível dos investimentos privados. É o que está aqui garantido à partida, pois a força empresarial já existe - esta zona é uma das maiores da região -, e quer crescer", enfatiza o presidente da autarquia, Paulo Cunha, falando em investimentos de relevância nacional que podem "alimentar melhor o PIB, exportar mais e criar emprego".
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O protocolo assinado, que foi ainda subscrito pelo Centro Nanotecnologia Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI) e o Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário (CITEVE), "é assim uma garantia para a União Europeia de que existem condições e intenções para o crescimento e desenvolvimento industrial, mas é também um alerta para a necessidade de resolução do saturamento das acessibilidades à zona, altamente condicionadas pelo estrangulamento da EN 14", realça a autarquia, em comunicado.
Ângelo Mesquita (na foto com Paulo Cunha), administrador da Cup&Saucer - empresa ligada às porcelanas que emprega 200 pessoas e vai contratar em breve mais 20 -, disse que "luta contra constrangimentos rodoviários diários que dificultam a laboração da empresa e, inevitavelmente, o seu crescimento".
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Já Celso Lopes, da Irmãos Vila Nova, empresa que detém, entre outras, a marca Salsa, afirmou que "as infra-estruturas rodoviárias actuais não estão adequadas à realidade, obrigando a um planeamento diário complexo que não ajuda à actividade produtiva das empresas".
De acordo com o Anuário Estatístico lançado recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre todas as regiões do país, Famalicão é o concelho mais exportador da região Norte há seis anos consecutivos.
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As empresas de Famalicão exportaram durante o ano de 2014 mais 5,4% do que no ano anterior, registando um aumento de exportações superior à média nacional (1,8%) e significativamente superior à média da zona Norte (2,8%). Já em 2013, o volume de exportações do município famalicense havia subido 5%, o que significa um aumento global de 10,4% entre os anos de 2013 e 2014.
O volume total das exportações das empresas de Famalicão ultrapassou a fasquia dos 1,7 mil milhões de euros em 2014, o que significa 10% do volume total das exportações dos 86 concelhos da Região Norte, com um total de 18,2 mil milhões de vendas ao exterior.
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