Martifer ganha contrato de 100 milhões no Japão para construir navio em Viana
O grupo Martifer, que faturou em 2022 cerca de 70 milhões de euros no negócio da indústria naval, acaba de firmar um contrato com o grupo japonês Ryobi Holdings Co. para a construção de um navio de cruzeiro de luxo, no valor de 100 milhões de euros, a executar nos próximos três a quatro anos.
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O contrato assinado pela sua participada para a indústria naval determina que o navio, com uma capacidade para cerca de 100 a 150 passageiros, "começará a ser construído nos estaleiros navais de Viana do Castelo da West Sea nas próximas semanas", tendo entrega prevista para 2027.
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Com um comprimento total de "aproximadamente 110-120 metros", o navio nipónico a construir em Viana terá uma boca de 19 metros e um calado de cerca de cinco metros.
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Este luxuoso navio de cruzeiros, que irá operar maioritariamente no Japão e sudoeste asiático, terá "um tamanho e um conceito que permitirá a cada passageiro sentir-se como se fosse o proprietário de um mega-iate, onde pode desfrutar do conforto privado e do toque pessoal de hospitalidade", enfatiza o grupo Martifer, esta quinta-feira, 21 de dezembro, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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"A escolha da West Sea para a construção deste primeiro luxuoso navio de cruzeiros da Ryobi é, simultaneamente, uma satisfação e um orgulho para os estaleiros de Viana do Castelo pelo reconhecimento internacional da sua excelência e capacidade para a concretização de um projeto desta envergadura, suportado na experiência e ‘know how’ que a empresa tem vindo a desenvolver nos últimos anos", afirma a administração do grupo.
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Uma adjudicação que se enquadra no plano estratégico em curso do grupo sediado em Oliveira de Frades, "permitindo o desenvolvimento sustentável do negócio e o reforço do perfil exportador do grupo Martifer em mercados de valor acrescentado diferenciado", remata de gestão liderada por Pedro Duarte.
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Baseada na cidade de Okayama, onde foi fundada em 1910, a Ryobi Holdings desenvolve um vasto número de negócios e operações por todo o Japão, fornecendo serviços como transporte de passageiros por autocarro e táxi, logística, turismo, retalho, imobiliário e IT.
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Contrato nipónico acresce a carteira de encomendas de 179 milhões
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Depois de ter fechado 2022 com uma faturação 211,5 milhões de euros, dos quais 69,6 milhões de euros na área da indústria naval – que agrega os estaleiros da Navalria, em Aveiro -, este último segmento de negócio do grupo obteve rendimentos operacionais de 26,8 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano.
Uma cifra traduz um decréscimo de cerca de 17% em relação ao mesmo período do ano passado, com a construção naval a representar 42% e a reparação naval os restantes 58%. Já o EBITDA desta unidade de negócio da Martifer situou-se nos 2,4 milhões de euros, o que representa uma quebra homóloga de 24%.
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A indústria naval gerou 25% da faturação do grupo no primeiro semestre deste ano, que totalizou 105,4 milhões de euros, mais 2% do que há um ano.
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Desde que iniciou atividade nos estaleiros de Viana do Castelo, a 27 de maio de 2014, até ao final do ano passado, a West Sea já realizou um total de 17 construções navais (10 navios cruzeiros de rio, dois navios militares e três navios polares de expedição, uma draga e uma porta de doca), quatro conversões e a reparação de 320 navios.
No final de junho, a carteira de encomendas da indústria naval cifrava-se em 179 milhões de euros para um total do grupo Martifer de 431 milhões de euros.
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A West Sea pode efetuar a construção e reparação naval de navios até 200 metros de comprimento e 30 metros de boca, contando no seu historial, nos últimos anos, de navios de cruzeiro e de expedição, navios militares e dragas, assim como de conversões de GNL "e todos os tipos de serviços relacionados", em particular, com navios-tanque.
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