A Semapa registou lucros de 39,6 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma quebra de 17,9% face aos 48,2 milhões apurados em março de 2024, afetados pelo recuo de 25,7% registado pela sua participada Navigator. Já a Secil apresentou uma subida de 31,7% do lucro atribuível a acionistas da Semapa e os outros negócios –Triangle’s e ETSA- um aumento de 116,3%.

Em comunicado à CMVM, a holding liderada por Ricardo Pires (na foto) indica que  o volume de negócios consolidado foi de 728,1 milhões de euros, aumentando 1,8% face ao período homólogo de 2024, tendo 529,3 milhões sido gerados pela empresa de pasta e papel, 171,6 milhões pela cimenteira e 27,4 milhões pelo outros negócios.

As exportações e vendas no exterior no mesmo período ascenderam a 553,3 milhões de euros, o que representa 76% do volume de negócios.

Segundo explica, o aumento do volume de negócios do grupo teve o contributo da Secil, que registou um aumento de 5,2%, pela variação positiva na Tunísia e no Líbano, assim como dos outros negócios, onde a subida foi de 72,8%. Já o volume de negócios da Navigator apresentou uma redução de 1,3% devido à diminuição do volume de vendas de papel de impressão e escrita e da menor disponibilidade de pasta para mercado fruto da paragem programada da fábrica de Aveiro, explica.

Até março, o EBITDA da Semapa totalizou 159,5 milhões de euros, menos 6,6% face ao período homólogo. Já a margem EBITDA consolidada atingiu 21,9%, menos 2 pontos percentuais face a março de 2024. "O EBITDA foi impactado pela performance negativa da Navigator (menos 13,3%), parcialmente compensado pela Secil (mais 12%) e pelos outros negócios (mais 252,9%)", salienta.

No segmento de cimento, a evolução positiva do EBITDA resulta da contribuição positiva de todas as geografias, mas sobretudo de Tunísia e Portugal, diz.

No primeiro trimestre a Semapa  investiu um total de 93 milhões de euros, dos quais 35 milhões de euros em investimentos em participações financeiras, "prosseguindo a execução dos planos estratégicos das diferentes subsidiárias", afirma, destacando a entrada da ETSA numa nova geografia, Espanha, através da conclusão da aquisição da Barna em 22 de janeiro.

O investimento em ativos fixos ascendeu a 58 milhões de euros.

No final do primeiro trimestre, a dívida líquida remunerada consolidada atingiu 1.103,4 milhões de euros, superior em 11,7 milhões de euros relativamente ao final de 2024, "o que demonstra a forte capacidade de geração de caixa do grupo, tendo em conta o período recente de forte investimento e a distribuição de dividendos pela Navigator em Janeiro de 2025".

A 31 de março, o total de disponibilidades consolidadas ascendia a 393,7 milhões de euros.