Portugal "em linha" com o mundo na digitalização
Ver um programa de televisão e usar uma aplicação em tempo real que o afecta. Poder usar diferentes serviços de "streaming". Aceder aos conteúdos em inúmeras plataformas. Estas são possibilidades que os portugueses já têm pela frente e que mostram, segundo um estudo da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que Portugal está a seguir o que acontece no resto do mundo no que diz respeito à digitalização dos media.
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"Têm-se destacado, neste âmbito, diversos grupos nacionais que desenvolveram o seu negócio para uma vertente digital, promovendo serviços e produtos/conteúdos inovadores, em linha com as tendências internacionais. Tal tem-se observado através da presença em multiplataforma e personalização junto ao consumidor final, através da utilização de novas tecnologias", indica o estudo "A Economia Digital em Portugal – o Estado da Nação de 2016" que, na área de media, contou com a autoria de representantes da Altran, Deloitte, Media Capital e Ericsson.
Apesar de algumas lacunas no mercado nacional, como a "não" existência de "empresas portuguesas comparáveis à Netflix ou à Hulu", o estudo assinala que as operadoras têm tentado abandonar os formatos tradicionais para apostar em serviços "streaming"– em que uma empresa disponibiliza produtos de terceiros.
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Tudo isto deverá acontecer com uma perspectiva: a de entregar produtos a um consumidor final único, que tem exigências específicas.
Segundo o estudo, que será apresentado esta quarta-feira no congresso da APDC, as empresas do sector deverão garantir "a produção e/ou a distribuição de conteúdos personalizados e acessíveis numa experiência ininterrupta em multiplataforma". #
No trajecto, a personalização dos conteúdos deverá, de acordo com os autores, levar ao surgimento de novos "players" no mercado, nomeadamente juntando as operadoras com "novos parceiros em novas áreas de tecnologia".
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A recolha de dados e a análise da web são exemplos das áreas digitais que permitem a referida entrega ao consumidor "único". Com essa tendência e com a experiência multiplataforma, o estudo da APDC acredita que o consumo de conteúdos em vídeo irá aumentar em frequência e em tempo despendido.
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