pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Moldar o betão

Em 2005, Fernando Ferreira foi considerado o melhor empresário estrangeiro na Austrália. Três anos depois foi a vez da Cotec premiar o seu trabalho, com o Alto Patrocínio do Presidente da República.

31 de Março de 2011 às 15:33

Fernando Ferreira começou por ser servente de pedreiro, mas percebeu que queira trabalhar por conta própria. A Wideform emprega 850 pessoas na Austrália.

Nome Fernando Ferreira

País Austrália

Empresa Wideform

Área de actividade Construção Civil

Sítio www.wideform.com.au

Fernando Ferreira, 62 anos, é proprietário da maior empresa de cofragem (moldes para betão) da Austrália, a Wideform, que emprega 850 colaboradores. Uma visita ao irmão, que já lá vivia, foi o suficiente para se apaixonar pelo país.

Começou por trabalhar em Sydney como servente de pedreiro e cinco meses depois foi destacado para um projecto no Norte. Quando a obra acabou, mudou-se para o Sul.

"Com a entrada do governo trabalhista, os sindicatos aliados a este partido iniciaram uma campanha para aumento de salários e condições de trabalho. As greves repetiam-se e nunca recebíamos uma semana completa. Foi então que eu e dois amigos, um era meu irmão, respondemos a um anúncio feito por uma empresa de construção em Wollongong para fornecimento de mão-de-obra a contrato", conta. Apesar de ser o único que não tinha experiência em trabalho de cofragens, não baixou os braços. Duas semanas depois, foi nomeado líder da equipa. Quando a obra acabou, tinha duas hipóteses: lançar a sua própria empresa ou voltar ao trabalho por conta de outrem. Não teve dúvidas. "Embora os meus colegas não quisessem entrar na nova empresa, eu e meu irmão arriscámos."

Ao longo dos anos, Fernando Ferreira foi enfrentando vários desafios, principalmente com as crises económicas, mas conseguiu superá- -los. "É nas grandes crises que se mede a capacidade de um empresário."

Em 2005, foi considerado o melhor empresário estrangeiro na Austrália e já foi agraciado com a Comenda da Ordem de Mérito pelo Governo Português. O empreendedor acredita que só aqueles que estão preparados para o fracasso conseguem ter sucesso. "Há sempre uma lição que se aprende, um erro que se comete que procuramos não repetir." Por isso, é importante arriscar, reconhecer oportunidades de negócio e actuar em tempo certo. Mais: os empresários devem ser capazes de tomar decisões, liderar e de escolher as pessoas certas, dando-lhes liberdade de decisão dentro das suas funções e remunerá-las de acordo. "Ter capacidade de trabalho, acima de tudo."

O vencedor da primeira edição do Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa participa em diversas iniciativas sociais na Austrália, Portugal e Timor Leste, tendo uma parceria com o Grupo Martifer para o desenvolvimento de novas áreas de negócio, com destaque para os parques eólicos. "Eles procuravam um parceiro para os mercados da Austrália e Timor e apostaram na capacidade da Wideform", explica. Com a crise de 2008, a Wideform teve de fazer uma reestruturação do grupo e concentrar-se no "core business". "Estamos numa fase de grande expansão nesta área de negócios e temos um plano a cinco anos para a sua consolidação.

Depois, vamos enveredar novamente por uma fase de expansão para outras áreas a definir", revela.

Fernando Ferreira começou por ser servente de pedreiro, mas percebeu que queira trabalhar por conta própria. A Wideform emprega 850 pessoas na Austrália.

Nome Fernando Ferreira

País Austrália

Empresa Wideform

Área de actividade Construção Civil

Sítio www.wideform.com.au

Fernando Ferreira, 62 anos, é proprietário da maior empresa de cofragem (moldes para betão) da Austrália, a Wideform, que emprega 850 colaboradores. Uma visita ao irmão, que já lá vivia, foi o suficiente para se apaixonar pelo país.

Começou por trabalhar em Sydney como servente de pedreiro e cinco meses depois foi destacado para um projecto no Norte. Quando a obra acabou, mudou-se para o Sul.

"Com a entrada do governo trabalhista, os sindicatos aliados a este partido iniciaram uma campanha para aumento de salários e condições de trabalho. As greves repetiam-se e nunca recebíamos uma semana completa. Foi então que eu e dois amigos, um era meu irmão, respondemos a um anúncio feito por uma empresa de construção em Wollongong para fornecimento de mão-de-obra a contrato", conta. Apesar de ser o único que não tinha experiência em trabalho de cofragens, não baixou os braços. Duas semanas depois, foi nomeado líder da equipa. Quando a obra acabou, tinha duas hipóteses: lançar a sua própria empresa ou voltar ao trabalho por conta de outrem. Não teve dúvidas. "Embora os meus colegas não quisessem entrar na nova empresa, eu e meu irmão arriscámos."

Ao longo dos anos, Fernando Ferreira foi enfrentando vários desafios, principalmente com as crises económicas, mas conseguiu superá- -los. "É nas grandes crises que se mede a capacidade de um empresário."

Em 2005, foi considerado o melhor empresário estrangeiro na Austrália e já foi agraciado com a Comenda da Ordem de Mérito pelo Governo Português. O empreendedor acredita que só aqueles que estão preparados para o fracasso conseguem ter sucesso. "Há sempre uma lição que se aprende, um erro que se comete que procuramos não repetir." Por isso, é importante arriscar, reconhecer oportunidades de negócio e actuar em tempo certo. Mais: os empresários devem ser capazes de tomar decisões, liderar e de escolher as pessoas certas, dando-lhes liberdade de decisão dentro das suas funções e remunerá-las de acordo. "Ter capacidade de trabalho, acima de tudo."

O vencedor da primeira edição do Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa participa em diversas iniciativas sociais na Austrália, Portugal e Timor Leste, tendo uma parceria com o Grupo Martifer para o desenvolvimento de novas áreas de negócio, com destaque para os parques eólicos. "Eles procuravam um parceiro para os mercados da Austrália e Timor e apostaram na capacidade da Wideform", explica. Com a crise de 2008, a Wideform teve de fazer uma reestruturação do grupo e concentrar-se no "core business". "Estamos numa fase de grande expansão nesta área de negócios e temos um plano a cinco anos para a sua consolidação.

Depois, vamos enveredar novamente por uma fase de expansão para outras áreas a definir", revela.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio