Porto mergulha no "Shark Tank" da saúde digital

O Digital Health Venture Forum estreia-se em Portugal a 23 e 24 de maio para acrescentar conhecimento e capital aos projetos inovadores neste setor. Conheça as startups portuguesas e a lista de 21 investidores no evento.
tonicapp, startup
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António Larguesa 22 de Maio de 2019 às 12:00

Uma aplicação móvel que se apresenta como "a Google dos médicos", outra que previne doenças cardíacas a partir dos 40 anos, um software para nutricionistas registarem informação e utilizarem nas consultas e outro que promete melhorar a análise da saúde óssea. Estes são alguns dos projetos embrionários que vão estar em competição por protagonismo e capital no Digital Health Venture Forum, que pela primeira vez se realiza em Portugal.

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Entre os dias 23 e 24 de maio, as instalações da Porto Business School recebem esta espécie de "Shark Tank" do setor da saúde digital e das tecnologias médicas, que junta mais de uma dezena de investidores de várias nacionalidades e 39 startups que estão a tentar inovar com soluções nestas áreas. Selecionadas entre as 88 candidatas iniciais estão as portuguesas Helppier, Masdima, ShopAI, Perceive3D, Nutrium, PeekMed e Tonic App.

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Lançada em março de 2017, um ano após a criação da empresa, que emprega oito pessoas e tem sede na Founders Founders, na cidade Invicta, a Tonic App agrega várias ferramentas e conteúdos úteis para os médicos, juntando recursos clínicos, como algoritmos de diagnóstico e tratamento, e não clínicos, como notícias da área da saúde e emprego médico. Ao Negócios, a fundadora e diretora executiva, uma neurorradiologista de 42 anos com MBA e doutoramento em neurociências, garantiu que 24% dos médicos em Portugal já estão registados na plataforma.

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daniela seixas, tonicapp
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Daniela Seixas, que é a acionista maioritária e tem como sócios a Portugal Venture – a capital de risco pública investiu meio milhão de euros em 2016 – e a aceleradora americana The Venture City, quer aproveitar para fechar a segunda ronda de financiamento junto de um sindicato de investidores estrangeiros. "Está 90% decidido, mas podem juntar-se outros neste evento, que reúne alguns dos melhores investidores na área de saúde digital, tanto de capital de risco como de investimento estratégico. Acabámos de entrar em Espanha, França e Reino Unido e este dinheiro será para atravessarmos geografias mais rapidamente, pois somos um produto ‘mobile’ em que a velocidade é fundamental", resumiu a empreendedora.

 

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"Coaching" antes do "pitch", com passado de dez milhões

 

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Esta iniciativa, que tem o digital como denominador comum, é organizada pela TechTour – uma organização europeia que trabalha no desenvolvimento de empresas na área da tecnologia – em parceria com a Universidade do Porto. Em declarações ao Negócios, o vice-reitor, Helder Vasconcelos, detalhou que as start-ups vão primeiro "poder adquirir conhecimentos, através de sessões de "coaching" ou para praticar o ‘pitch’, havendo depois sessões por áreas, em que apresentam o modelo de negócio aos investidores e podem identificar investidores".

 

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Helder Vasconcelos, Universidade do Porto
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"A grande vantagem é o contacto com os investidores. Outro grande benefício é que as melhores podem participar na European Venture Academy, um evento em dezembro de 2019 também organizado pela TechTour", descreveu Helder Vasconcelos, que é professor catedrático da Faculdade de Economia (FEP), acrescentando que nas ultimas três edições deste evento – duas realizadas em Espanha e a outra na Dinamarca –, houve 13 empresas de vários setores de atividade a levantar um total de dez milhões de euros de financiamento.

 

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