Portugal entre os países mundiais com maior taxa de adoção de IA
Portugal está na vanguarda da adoção da inteligência artificial (IA). Quem o diz é a Microsoft no mais recente estudo "AI Diffusion Report: Where IA is most used, developed and built", onde o impacto e a adoção desta tecnologia ganham destaque. Nesta lista, Portugal surge em 35º lugar na lista de países mundiais com a maior taxa de adoção de IA e na 20ª posição quando analisados apenas os países europeus.
O relatório da Microsoft, elaborado pelo laboratório AI For Good Lab, demonstra que 22,4% da população ativa em Portugal está a utilizar ferramentas de IA no seu dia-a-dia, abaixo de países como Suécia, Dinamarca, Estados Unidos, Coreia do Sul e Qatar. Contudo, Portugal posiciona-se acima de economias como Grécia, Japão, Índia e China.
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Este ranking é dominado pelos Emirados Árabes Unidos, que somam uma adoção entre 59,4% da sua população, Singapura (58,6%), Noruega (45,3%), Irlanda (41,7%) e França (40,9%). Em sentido inverso, o Camboja ocupa o último lugar da lista.
O estudo evidencia que a IA tem tido uma adoção massiva e rápida entre a população ativa dos vários países. A Microsoft adianta que no espaço de três anos, mais de mil milhões de pessoas a nível mundial já eram utilizadores frequentes deste tipo de tecnologia.
O relatório utilizou três índices para avaliar o comportamento das economias: IA Frontier, que avalia os modelos avançados em desempenho e inovação, Infraestrutura de IA, que mede a capacidade de construir, treinar a escalar a IA, e a Difusão da IA, que indica a percentagem da população activa que já utiliza estas ferramentas.
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A difusão da tecnologia de IA está diretamente relacionada com o Produto Interno Bruto dos países analisados, evidenciando as fortes desigualdades entre as geografias. Por exemplo, a adoção é variável mediante as disparidades de difusão, como por exemplo o acesso à eletricidade, presença de centros de dados, conectividade à internet, competências digitais e a disponibilidade de conteúdos nas línguas locais.
O estudo mostra então que a adoção é francamente mais lenta onde estas bases fundamentais não existem, com quase metade da população mundial (quatro mil milhões de cidadãos) a não ter os requisitos básicos para conseguir utilizar IA.
Assim, o relatório da Microsoft evidencia que os países do norte têm o dobro da taxa de adoção dos países do sul global, com as disparidades a acentuarem-se em economias em que o PIB per capita é inferior a 20 mil dólares.
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