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Europa anuncia seis novas Fábricas de IA. Portugal fora da lista

O projeto EuroHPC anunciou o seu segundo projeto de IA para Espanha, e avançou para o Leste da Europa. Startups, PME, indústria, administração pública e investigação vão beneficiar destas instalações.

Crescimento de centros de dados na Europa com impacto na inteligência artificial
Crescimento de centros de dados na Europa com impacto na inteligência artificial Daniel Karmann / picture-alliance / dpa / AP Images
15:39

A Iniciativa EuroHPC anunciou que seis países foram escolhidos para a instalação das novas Fábricas de IA no continente nos próximos anos. Entre os selecionados estão a República Checa, Lituânia, Países Baixos, Polónia, Roménia e Espanha.

O investimento ascende a 500 milhões de euros por parte dos Estados-membros e União Europeia, mas vai permitir reforçar o papel que estes seis países estão a fazer para implementar o plano de inteligência artificial em ação e .

"As recém selecionadas Fábricas de IA vão juntar-se aos 13 locais previamente escolhidos, formando uma rede interconectada de 'hubs' de IA prontos para impulsionar a inovação em toda a Europa", indica a iniciativa. 

A nova fábrica em Espanha "incluirá uma plataforma experimental que servirá como infraestrutura de ponta para desenvolver e testar modelos e aplicações de IA inovadores, além de promover a colaboração de toda a Europa". 

As novas Fábricas de IA vão juntar-se às 13 já existentes. EuroHPC

Cada uma destas fábricas vai atuar como um balcão a nível nacional, oferecendo às startups, PME, indústria e investigadores apoio para o desenvolvimento das suas soluções.

"Esta expansão fortalece a posição da Europa como líder global em inteligência artificial e garante que soluções de IA possam ser desenvolvidas, testadas e dimensionadas dentro de um ecossistema europeu digitalmente soberano", acrescenta a EuroHPC. 

À semelhança das outras fábricas, estas novas instalações concentradas na Europa de Leste vão ter finalidades específicas.

A LitAI Factory, na Lituânia, vai transformar as capacidades de computação de elevado desempenho numa infraestrutura soberana otimizada para a IA, servindo também para o armazenamento de dados. A cibersegurança e a saúde digital então entre os setor prioritários.

Na República Checa, a CZAI vai apoiar o desenvolvimento e adoção da IA no país. Esta infraestrutura estará ligada à KarolAIna, o supercomputador otimizado para a IA. A CZAI vai concentrar aplicações práticas, infraestrutura tecnológica e o desenvolvimento de habilidades, permitindo a integração do ecossistema de IA checo à rede europeia e a outras iniciativas.

19Fábricas
Com o acréscimo de seis novas Fábricas de IA, a Europa passa a totalizar 19 instalações em 16 Estados-membros.

O NLAIF, nos Países Baixos, é um projeto nacional virado para a Europa, com o intuito de preencher a lacuna existente entre os avanços de investigação de IA e a sua rápida aplicação a grande escala no país e na Europa. O consórcio neerlandês vai operar o recém-adquirido supercomputador.

A Gaia AI Factory, localizado na Polónia, procura acelerar o desenvolvimento e adoção de tecnologias com IA, mas também apoiar investigadores, estudantes, empresas e a administração pública local. 

Na Roménia, a RO AI Factory visa apoiar as PME ao dar-lhes formação e acesso a infraestrutura inteligente, nomeadamente computação de alto desempenho, alojamento de dados e bibliotecas de algoritmos e ainda o desenvolvimento e treino de modelos de IA. 

Já em Espanha, a Fábrica de IA vai localizar-se na Galiza e focar-se no desenvolvimento de IA aplicada à saúde humana. A One-Health AI Factory vai aportar projetos de investigação farmacêutica, saúde ambiental e medicina personalizada, mas também biotecnologia e sistemas agroalimentares. Esta instalação é um complemento à Fábrica de IA em Barcelona, que envolve Portugal, Roménia e a Turquia.

Ainda que Portugal tenha ficado de fora desta lista, o para a Gigafábrica de IA mantém-se ativo e a candidatura já foi, inclusivamente, entregue em Bruxelas. Caso avance, as perspetivas apontam para receitas de 1,6 mil milhões de euros em 2030.

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