Meta fecha maior negócio de sempre. Compra energia nuclear à operadora líder dos EUA
A Constellation Energy concordou em vender energia de uma central nuclear em Illinois à dona do Instagram. O contrato a 20 anos espelha o apetite das gigantes de tecnologia em operar centros de dados em inteligência artificial.
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A Meta Platforms está na corrida aos centros de dados de inteligência artificial e marca esta terça-feira posição entre as gigantes de tecnologia. A dona do Facebook, Instagram e Whatsapp acaba de assinar um acordo para adquirir energia nuclear à maior operadora da área nos EUA - a Constellation Energy. Segundo o responsável pela energia da Meta, Urvi Parekh, este é o maior negócio alguma vez fechado pela "big tech", mas não revela valores.
O contrato tem uma duração de 20 anos, onde a Meta irá comprar a energia que sairá da central nuclear de Clinton, no estado de Illinois, a partir de meados de 2027, para dar mais um passo em frente no investimento em inteligência artificial (IA).
A "big tech" vai comprar aproximadamente 1,1 megawatts de energia, o que representa toda a produção da central da Constellation e o suficiente para abastecer cerca de um milhão de casas. Além disso, a Meta vai ainda apoiar financeiramente as operações no local, tratar do novo licenciamento e investir no aumento da produção da central em 30 megawatts. Sem este compromisso, a energética corria, aliás, o risco de encerrar.
O acordo reflete o apetite das empresas de tecnologia por centrais de energia de forma a dominarem a produção em centros de dados em IA. A energia nuclear tem sido a aposta favorita destas empresas, já que não polui o ar e funciona em permanência.
O contrato surge depois de, em dezembro passado, a dona do Facebook ter dito que estava "cada vez mais interessada" em comprar energia nuclear. Recebeu, desde então, cerca de 50 propostas - uma delas da Constellation.
Este não é o primeiro acordo que a energética assina com uma "big tech". A Constellation disse no ano passado que vai investir 1,6 mil milhões de dólares para reativar a sua central de Three Mile Island, na Pensilvânia, e vender toda a produção à Microsoft.
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