Easyjet confirma Áustria para subsidiária europeia

Portugal está oficialmente fora da corrida para receber a sede europeia da Easyjet, como resposta ao “Brexit” e a um eventual fim do acordo aéreo. As exigências da companhia aérea de baixo custo terão ditado este rumo.
Easyjet confirma Áustria para subsidiária europeia
Wilson Ledo 14 de Julho de 2017 às 10:28

A Easyjet escolheu a Áustria para instalar a sua subsidiária europeia e assim assegurar um certificado de operador aéreo comunitário.

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A informação foi oficializada esta sexta-feira, 14 de Julho, pela companhia aérea, confirmando assim a notícia do Negócios de que Portugal tinha não sido escolhido neste processo, apesar de estar bem posicionado.

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Em comunicado, a Easyjet define as negociações com as autoridades austríacas como um "processo rigoroso e abrangente", esperando "receber o Certificado de Operador Aéreo e a licença a curto prazo". A Easyjet voa para este destino há 11 anos.

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Dados esses passos, a Easyjet vai poder continuar a operar voos domésticos no espaço comunitário depois da saída do Reino Unido da União Europeia. Ainda assim, a transportadora defende que deverá ser atingido um acordo de aviação durante as negociações do "Brexit".

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Actualmente, a companhia tem sede em Luton, nos arredores de Londres, e tem também uma delegação suíça. A nova subsidiária, com sede em Viena e de nome Easyjet Europe, criará novos postos de trabalhos mas não representará uma deslocação ou eliminação de empregos em Luton, assegura a companhia.

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O que será transferido, passando por um processo de certificação por parte do regulador da aviação austríaco, é uma frota com cerca de 150 aeronaves. Eram esses mesmos aviões que poderiam ter vindo para Portugal, transformando a Easyjet na maior companhia nacional.

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Contudo, como escreveu o Negócios, a indisponibilidade das autoridades portuguesas – a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) e o próprio Governo – em aceitar algumas das exigências da Easyjet terá ditado o fim das negociações. Num dos encontros, a Easyjet terá exigido que a ANAC assinasse um protocolo com o regulador britânico da aviação, o CAA. O mesmo conferiria poder de regulação aos britânicos em Portugal, com impacto na influência nas decisões da ANAC.

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"Os critérios para a seleção passaram por encontrar o regulador mais adequado. O Austro Control [regulador austríaco] tem uma abordagem rigorosa aos regulamentos de segurança, contribuindo para a procura da EASA de regulação sobre segurança futura que dê ênfase a desempenhos de performance baseados na regulação de segurança", justificou a Easyjet.

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A Easyjet transporta cerca de 73 milhões de passageiros por ano. Em Portugal voa para Lisboa, Porto e Faro. Depois de uma passagem de dois anos pelos Açores, abandonará a operação para Ponta Delgada em Outubro.

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