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TAP "não utiliza espaço aéreo ucraniano"

A companhia aérea portuguesa TAP - Air Portugal informou que "não utiliza o espaço aéreo ucraniano", onde, no leste do país, se despenhou um avião da Malaysian Airlines, alegadamente abatido por um míssil.

TAP aviao
TAP aviao
17 de Julho de 2014 às 22:24

Após várias companhias aéreas europeias e uma norte-americana terem anunciado a suspensão dos voos sobre o leste da Ucrânia e de a organização europeia de segurança e navegação aérea (Eurocontrol) ter restringido este espaço, a TAP - Air Portugal esclareceu à agência Lusa que não o utiliza.

O Governo francês pediu hoje às companhias aéreas para evitarem o espaço aéreo ucraniano, a seguir ao despenhamento de um avião da Malaysian Airlines, enquanto a alemã Lufthansa, a norte-americana Delta Airlines e várias companhias aéreas russas também anunciaram a decisão de evitar o espaço aéreo ucraniano.

Entretanto, a organização europeia de segurança e navegação aérea (Eurocontrol) anunciou o encerramento do espaço aéreo do leste da Ucrânia, na sequência do despenhamento do avião.

O Boeing 777 da Malaysia Airlines fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur com 295 pessoas a bordo e desapareceu dos radares da Ucrânia a uma altitude de 10.000 metros.

O aparelho perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk, e palco de combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes federalistas pró-russos.

Entretanto, as autoridades de Kiev e os rebeldes acusaram-se mutuamente de estarem na origem do míssil que terá causado a catástrofe.

O Presidente ucraniano, Petro Porochenko, já afirmou que este foi "um acto terrorista", admitiu a possibilidade de o avião "ter sido abatido" e assegurou que "as forças armadas ucranianas não efectuaram tiros susceptíveis de atingir alvos no ar".

Por seu lado, um conselheiro do ministro do Interior ucraniano, Anton Guerachtchenko, foi mais preciso e disse que o avião foi abatido por um míssil Bouk "graciosamente oferecido aos terroristas (os rebeldes pró-russos) pelo (presidente russo Vladimir) Putin".

O "primeiro-ministro" da autoproclamada "República Popular de Donetsk", Alexandre Borodai, disse que o aparelho foi abatido pelas forças aéreas ucranianas e que se tratou de uma "provocação deliberada".

A notícia da queda do aparelho foi já abordada entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o chefe de Estado norte-americano, Barack Obama, que já lamentou "a tragédia".

"O Presidente russo informou o Presidente dos Estados Unidos de informações de controladores aéreos que tinham chegado momentos antes da conversação telefónica e que indicavam que o avião se tinha despenhado na Ucrânia", disse o Kremlin através de comunicado.

Entretanto, "vários holandeses" e quatro franceses, "no mínimo", estavam entre os passageiros, segundo as autoridades dos seus países.

Contactado pela Lusa, o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, disse desconhecer, por enquanto, se existiam portugueses a bordo.

"A Direcção-Geral dos Assuntos Consulares está a fazer todas as diligências possíveis no sentido de saber se há portugueses ou lusodescendentes entre os passageiros do avião", afirmou.

O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, anunciou já a abertura de um inquérito ao acidente. Este caso surgiu quatro meses depois de um outro avião da Malaysian Airlines, com 239 passageiros a bordo, ter desaparecido no Oceano Índico e nunca ter aparecido.

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