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Cidades são habitat natural do veículo eléctrico

Portugal oferece boas condições para servir de "laboratório vivo" para a experiência da mobilidade eléctrica.

27 de Maio de 2011 às 10:31

À reduzida dimensão do território - as distâncias entre as principais cidades são apontadas pelos especialistas como favoráveis ao teste de soluções de mobilidade eléctrica - alia-se a propensão dos portugueses para a inovação e estão reunidos os ingredientes para fazer de Portugal um espaço de teste e experimentação.

Sob esse ponto de vista, a mobilização de 25 municípios por todo o País para integrar a Rede Piloto da Mobilidade Eléctrica é paradigmática da abertura de Portugal para encontrar novas soluções. E que, inclusivamente, já levou à celebração de parcerias com empresas internacionais de referência.

As cidades são, de resto, apontadas pelos especialistas como o local de eleição para os veículos eléctricos circularem, uma vez que é nesses espaços que a poluição (atmosférica e sonora) é mais significativa. A baixa autonomia dos veículos também contribui para o carácter citadino dos mesmos.

O painel de debate contou com intervenientes pertencentes às grandes construtoras automóveis, empresas de "software", de comunicação e escritórios de advogados, entre outros.

As conclusões alcançadas foram variadas (ver caixa ao lado), com destaque para o foco no utilizador enquanto uma característica-chave no processo de implementação da mobilidade eléctrica, e a utilização dos futuros modelos de negócio resultantes da nova realidade enquanto ferramentas de gestão e planeamento do território.

"Car-sharing" cada vez mais presente

Uma temática muito abordada no contexto de reformulação do centro das cidades e optimização dos percursos percorridos foi a questão do "car-sharing". A hipótese de haver zonas definidas da cidade onde haja veículos disponíveis para as pessoas os utilizarem consoante as suas necessidades foi apontada por mais que um interveniente como uma boa solução para carro eléctrico no futuro. Christopher Borroni-Bird deixou mesmo a pergunta: "Por que é que as cidades, em vez de comprarem um autocarro, não compram 20 ou 30 carros eléctricos?"

Ideias-chave

Conclusões da sessão "Infra-estrutras e território"

Enfoque no utilizador

As novas gerações obrigam a que o enfoque primordial seja dado aos utilizadores. Esta característica foi apresentada como chave para a democratização de serviços através da plataforma Mobi.E.

Ferramenta de gestão e planeamento do território

Os modelos de negócio resultantes da experiência, se construídos de acordo com uma perspectiva da mobilidade como um serviço integrado, serão também importantes ferramentas de gestão e pleaneamento do território - uma exigência das gerações futuras.

Principal activo: a informação

A informação gerada pela rede será, por si só, um activo e uma fonte de novos serviços. Toda a informação gerada pela interacção dos utilizadores com a rede é um importante activo desta e significa a mudança de paradigma segundo a qual as novas gerações deixam de ser apenas utilizadores de informação para passarem a ser também produtoras.

Preocupações ambientais

A preocupação com o ambiente é mais vincada nas gerações futuras, pelo que a evolução do modelo de negócio para a integração da perspectiva de "consumos evitados" será uma das áreas a explorar.

Espaço de criação de novas soluções

O sistema Mobi.E é uma plataforma sobre a qual se construirão novas soluções tecnológicas e aplicações, com o objectivo de responder às necessidades das gerações futuras.

Portugal: espaço de teste e experimentação

Olhar para Portugal como um espaço de teste e experimentação envolvendo os agentes do território e os utilizadores e comunidades locais será um elemento distintivo, que permitirá testar soluções para os mercados internacionais.

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