Êxodo rural e população envelhecida justificam aposta
Em 2030 haverá mais 1,5 mil milhões de pessoas a viver nos centros urbanos. Êxodo obriga a mudanças
Se há um ponto comum a todos os intervenientes do painel "Technology Mobi.E", composto por especialistas internacionais e nacionais, é o da causa que justifica a necessidade de reformar a forma como nos deslocamos.
De acordo com o director da General Motors, Christopher Borroni-Bird, dentro de 20 anos, 60% da população mundial residirá em centros urbanos. Actualmente o número situa-se por volta dos 50%, mas dentro de menos de 20 anos os centros urbanos terão que albergar, sensivelmente, mais 1,5 mil milhões de pessoas.
Este dado, aliado ao facto de a população estar num processo de envelhecimento - 16% da população estará acima dos 65 anos em 2050 - leva a que as necessidades de optimização da utilização que se faz da estradas urbanas (com as consequências que isso acarreta ao nível dos acidentes e da segurança) seja, cada vez mais, uma prioridade. "As cidades precisam de melhores condições para as pessoas se deslocarem", afirma Borroni-Bird. Não só porque são cada vez em maior quantidade, mas porque a sua capacidade de locomoção é cada vez mais diminuta com o avançar da idade.
O carro eléctrico é apenas uma parte desse plano de reformular o transporte urbano e procura responder às preocupações de índole ambiental assim como combater a dependência de uma matéria-prima que está reconhecidamente num processo diminuição das reservas existentes. Segundo dados fornecidos por Bastian Fischer, da Oracle, desde 2008 que o número de campos de petróleo em produção está a diminuir, sendo previsível que, em 2030, seja menos de metade daquele que se verificava em 2008.
As cidades aliam, assim, as preocupações ambientais à necessidade de combater a dependência do petróleo.
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