Bolsas europeias podem cair 9% caso situação na Ucrânia agrave, diz Goldman Sachs
A tensão geopolítica entre a Rússia e a Ucrânia já tem feito mexer os mercados ao longo das últimas semanas mas, de acordo com os analistas do Goldman Sachs, as desvalorizações poderão não ficar por aqui.
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Assim, caso a situação evolua para um conflito na Ucrânia e surjam "sanções punitivas", os diversos índices de referência poderão registar quedas expressivas. Nestas estimativas citadas pela Bloomberg, os estrategas do Goldman Sachs antecipam que, no cenário mais pessimista, poderão ser registadas quedas de 9% nos índices europeus e japoneses. A acompanhar, o euro poderá tombar 2% face ao dólar, indica esta análise.
O pior cenário desta estimativa refere que as quedas poderão ser mais ligeiras nos Estados Unidos. O S&P poderia recuar até 6% abaixo do fecho da passada sexta-feira, enquanto no tecnológico Nasdaq a depreciação poderia rondar os 10%.
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Já no que diz respeito às divisas, o rublo russo poderia tombar até 10% com um agravamento do conflito, refere o Goldman. Na sessão desta segunda-feira, perante o discurso de Vladimir Putin, o rublo já desvalorizou cerca de 3%.
Em sentido contrário, na possibilidade de um cenário de algum alívio na tensão, estes analistas referem que os índices norte-americanos poderiam somar cerca de 6%. Também o rublo poderia ganhar alguma força caso haja um acalmar de tensão.
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As estimativas do Goldman Sachs para um cenário de agravamento que resulte em conflito são conhecidas depois de Jim Reid, analista do Deutsche Bank, antecipar que um "sell-off" resultante de um conflito geopolítico poderia resultar em quedas entre 6 a 8% no S&P 500.
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