IMF – Nonfarm Payrolls dos EUA abaixo do esperado

O Relatório de Emprego (Nonfarm Payrolls) dos EUA indicou a criação de apenas 22 mil empregos em agosto, significativamente abaixo dos 75 mil esperados. A leitura de julho foi revista em alta ligeira de 73 mil para 79 mil empregos. As revisões também mostraram que os EUA perderam 13 mil empregos em junho, na primeira queda desde dezembro de 2020, em vez de terem sido criados 14 mil, como anteriormente indicado. Estima-se que a economia dos EUA necessite de criar cerca de 100 mil empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa. A taxa de desemprego subiu de 4.2% para 4.3% (máximos de 4 anos). Estes dados cimentaram as expectativas dos mercados de um corte de 25 pb na próxima reunião da FED.

O Eur/Usd iniciou a última semana a transacionar de um modo horizontal, entre os $1.1600 e os $1.1700. No entanto, na sexta-feira, após dados dececionantes do emprego dos EUA, o par subiu para perto dos $1.1760, onde renovou máximos de mais de 1 mês. É de mencionar que o Eur/Usd tem acompanhado uma linha de tendência ascendente desde inícios de março e conta com um suporte no nível dos $1.1400. O indicador MACD reabriu o seu sinal de compra e a média móvel de 200 dias ultrapassou o nível dos $1.1060.

Com os rendimentos dos títulos do Tesouro de longo prazo a subir a nível mundial, os do Reino Unido atingiram o seu nível mais elevado em 27 anos. Em julho, o órgão independente Office for Budget Responsibility (OBR) informou que, entre 36 economias avançadas, o Reino Unido tem a 6ª maior dívida pública, o 5º maior défice orçamental e o 3º maior custo de financiamento público. Além disso, o Reino Unido tem um défice na balança corrente e está sobrecarregado com passivos externos equivalentes a quase 4 vezes o seu PIB. No entanto, um resgate do FMI poderá não funcionar, dado o elevado tamanho da economia britânica e do balanço soberano. Mais importante ainda, o resgate não é necessário, visto os desequilíbrios económicos serem internos, não externos, e impulsionados pelo governo, não pelo setor privado.

O Eur/Gbp abriu a última semana com ganhos, subindo desde as £0.8650 até às £0.8710, onde renovou máximos de quase 1 mês. No entanto, nas sessões seguintes, o par perdeu algum terreno, voltando a aproximar-se das £0.8670. O Eur/Gbp tem vindo a acompanhar uma linha de tendência ascendente desde inícios de junho e tem um suporte robusto no nível das £0.8600. O indicador MACD manteve o seu sinal de venda aberto e a média móvel a 200 dias subiu para as £0.8462.

O preço do petróleo abriu a semana passada com ganhos, após os EUA imporem sanções que visam diretamente as receitas petrolíferas do Irão. No entanto, posteriormente o petróleo desvalorizou, pressionado por uma subida inesperada nos stocks de crude nos EUA e pelas expectativas de um aumento das metas de produção na reunião agendada da OPEP+.

O petróleo iniciou a última semana em alta ligeira, renovando máximos de quase 1 mês nos $66/barril. No entanto, nas sessões seguintes, o preço petróleo apresentou uma queda significativa, ao ponto de, na sexta-feira, renovar mínimos de 3 meses nos $61.80/barril.

O ouro apresentou uma semana de valorização significativa, beneficiando do seu estatuto de ativo de refúgio e das crescentes expectativas de um corte nas taxas de juro da FEDna reunião deste mês. Apoiando esta narrativa, estiveram os números dececionantes do relatório de emprego de agosto dos EUA na sexta-feira.

O ouro registou uma semana de ganhos significativos, ao ponto de quebrar em alta a resistência dos $3450/onça e renovar máximos históricos sessão após sessão, até na sexta-feira, atingir o máximo de $3597/onça.

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