pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

IMF – BCE cortou taxas de juro, como era esperado

BCE cortou taxas de juro, como era esperado; Banco do Canadá manteve taxas inalteradas; Petróleo com semana positiva; Ouro em máximos de quase 1 mês

09 de Junho de 2025 às 14:40

| BCE cortou taxas de juro, como era esperado

O BCE cortou as taxas de juro de referência em 25 pontos base, como o esperado, levando a taxa de depósitos para 2%. A decisão só teve 1 membro dissidente. O Banco Central reduziu as suas previsões de inflação média para 2% em 2025 (2,3% antes) e 1.6% em 2026 (1.9% antes) e 2027. O BCE manteve a previsão de um crescimento da Zona Euro de 0.9% em 2025 e espera +1,1% em 2026 (1,2% antes) e +1,3% em 2027. A instituição indicou que um escalar das tensões comerciais e dos conflitos geopolíticos poderá levar a crescimento e inflação abaixo do previsto, mas que um recuo nas tarifas teria um efeito contrário. Christine Lagarde, presidente do BCE, prevê que as tarifas elevadas e um euro forte dificultem as exportações, mas espera que o investimento em defesa e infraestruturas apoie o crescimento. Lagarde afirmou que as previsões da inflação estão mais incertas que o habitual, mas que o BCE está numa boa posição para enfrentar a incerteza. Por fim, comentou que uma taxa neutra não foi discutida, visto apenas ser apropriada na ausência de choques. O mercado atribui agora uma probabilidade de 80% a uma manutenção das taxas na próxima reunião em julho.

O Eur/Usd iniciou a última semana com uma valorização, que levou o par desde perto de $1.1350 para níveis acima dos $1.14. Mais tarde, o par continuou a ganhar terreno, até na quinta-feira renovar máximos de 22 de abril ligeiramente abaixo dos $1.15. No entanto, na sexta-feira, após os dados do emprego dos EUA mais fortes que o esperado, o par corrigiu, voltando a transacionar abaixo dos $1.14. O indicador MACD continuou a apontar para uma compra e a média móvel a 200 dias subiu para perto de $1.0815.

Taxa de câmbio Euro/Dólar americano e análise MACD

| Banco do Canadá manteve taxas inalteradas

O Banco Central do Canadá (BoC) manteve a taxa de juro de referência inalterada em 2.75%, como o esperado, pela 2ª reunião consecutiva, indicando ser possível um novo corte no futuro. Tiff Macklem, Governador do BoC, citou o conflito comercial iniciado pelos EUA como o maior obstáculo para a economia canadiana e descreveu a política comercial americana como “altamente imprevisível”. Macklem considera que a economia canadiana tem estado mais fraca e observou que a inflação subjacente pode ser mais forte do que o Banco Central suspeitava. Mais tarde, foi divulgado que o défice comercial do Canadá cresceu em abril para um máximo histórico de C$7.1 mM, uma vez que as tarifas impostas por Donald Trump reduziram a procura por produtos canadianos nos EUA. Deste modo, as exportações do Canadá para o resto do mundo aumentaram, mas não conseguiram compensar a queda de 15.7% nas exportações para os EUA, no seu 3º declínio mensal consecutivo. O Canadá enviou 76% do total das suas exportações para os EUA no ano passado e o comércio entre os 2 países ultrapassou um bilião de dólares canadianos pelo 3º ano consecutivo em 2024.

Desde inícios de março que o Eur/Cad apresenta uma tendência de lateralização entre o suporte dos C$1.54 e a resistência perto dos C$1.5950. A última semana não foi exceção, com o par a rondar os C$1.56 ao longo da mesma, oscilando de acordo com as notícias divulgadas. O indicador MACD apresenta um sinal de venda e a média móvel a 200 dias tem vindo a subir, encontrando-se agora perto dos C$1.5170.

Taxa de câmbio Euro/Dólar Canadiano: valor atual de 1,5594 CAD

| Petróleo com semana positiva

O preço do petróleo iniciou a semana passada em alta, beneficiando da decisão da OPEP+ de não acelerar o seu aumento de produção, de um maior risco geopolítico e de um dólar mais fraco. Durante o resto da semana, o preço do petróleo oscilou de acordo com as preocupações com um aumento da produção por parte da OPEP e as perspetivas de mais uma negociação entre os EUA e a China.

O petróleo registou uma semana positiva, tendo, na segunda-feira, ressaltando do suporte dos $60/barril e valorizado até perto dos $63/barril. Nas sessões seguintes, a matéria-prima permaneceu estável, a transacionar ligeiramente abaixo dos $64/barril.

Cotação do petróleo com semana positiva e ouro em máximos de um mês

| Ouro em máximos de quase 1 mês

O ouro registou uma valorização ligeira, beneficiando, no início da semana, de um enfraquecimento do dólar e de uma maior procura por ativos de refúgio devido ao aumento dos riscos geopolíticos e da incerteza. No final da semana, o ouro foi penalizado por um dólar ligeiramente mais forte e por um Relatório de Emprego dos EUA melhor que o esperado.

O ouro abriu a última semana a ganhar terreno, tendo posteriormente estabilizado perto dos $3380/onça. Na quinta-feira, o metal precioso renovou máximos de quase 1 mês ligeiramente acima dos $3400/onça, tendo posteriormente corrigido para os $3350/onça.

Ouro atinge máximos de 1 mês, impulsionado por decisão do BCE sobre taxas de juro

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio