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IMF – Zona Euro: Produção industrial caiu em agosto

Zona Euro: Produção industrial caiu em agosto; Economia do Reino Unido cresceu ligeiramente; Petróleo renovou mínimos de maio de 2025; Ouro permanece em alta

20 de Outubro de 2025 às 13:02

| Zona Euro: Produção industrial caiu em agosto

A produção industrial na zona euro caiu 1,2% em agosto face a julho, revertendo o aumento de 0,3% registado no mês anterior. Os dados, que beneficiaram de uma forte subida de 9,8% na produção industrial na Irlanda, foram melhores do que a queda esperada de 1,6%. A Alemanha, a Itália e a Grécia registaram descidas superiores a 2%, enquanto França e Espanha recuaram menos de 1%. Por outro lado, os Países Baixos foram outro destaque pela positiva, com um aumento de 2,3%. Em termos homólogos, a produção industrial abrandou de 1,8% em julho para 1,1% em agosto. Numa outra nota, a inflação harmonizada de setembro foi confirmada em 2,2%, depois de ter permanecido inalterada em 2% nos últimos 3 meses. Por outro lado, a inflação harmonizada subjacente foi revista em alta de 2,3% para 2,4%.

O Eur/Usd iniciou a semana a dar continuidade às perdas da semana anterior, tendo, inclusive, renovado mínimos de 2 meses pelos $1,1540. Nesse momento, e quando parecia que o par poderia aproximar-se do seu suporte robusto as $1,14, Jerome Powell, o presidente da FED, deu a entender que a deterioração do mercado de trabalho poderia antecipar cortes de taxas, o que permitiu ao euro recuperar terreno. Desde então, o Eur/Usd valorizou durante algumas sessões consecutivas, até renovar novos máximos do início do mês, pelos $1,1728. Entretanto, na última sessão da semana, e após Donald Trump afirmar que as tarifas sobre a China são insustentáveis, o euro corrigiu novamente.

Taxa de câmbio Euro/Dólar e produção industrial na Zona Euro

| Economia do Reino Unido cresceu ligeiramente em agosto

A economia do Reino Unido voltou a crescer em agosto, com um aumento ligeiro de 0,1% face ao mês anterior. Contudo, a leitura do crescimento do PIB de julho foi revista em baixa para uma queda de 0,1%, quando antes tinha sido de 0%. Este crescimento, em linha com as previsões dos analistas, oferece algum alívio à Ministra das Finanças, Rachel Reeves, antes do orçamento a apresentar em novembro. É de assinalar que o FMI previu recentemente que o Reino Unido será a segunda economia do G7 com maior crescimento em 2025, atrás apenas dos EUA, embora a taxa anual de 1,3% ainda exija potenciais subidas de impostos. Recentemente, Reeves mencionou que gostaria de ter uma margem orçamental maior para lidar com a instabilidade dos mercados mundiais. Numa outra nota, a taxa de desemprego subiu ligeiramente para 4,8% em agosto, acima dos 4,7% esperados e observados no mês anterior.

O Eur/Gbp vinha a acompanhar uma linha de tendência ascendente (vermelha) desde o início do mês de junho. Recentemente, essa linha foi quebrada, fazendo com que o par perdesse terreno e renovasse mínimos de cerca de mês, pelas £0,8654. No entanto, na última semana, e após a divulgação de dados do mercado de trabalho piores do que o esperado, a libra perdeu alguma força, o que fez que com o par voltasse a transacionar acima das £0,87 e a aproximar-se da linha de tendência menciona anteriormente.

Euro/UK Pound Sterling FX Cross Rate reflete dados da produção industrial da Zona Euro e economia do Reino Unido

| Petróleo renovou mínimos de maio

O petróleo iniciou a semana a recuperar parte das perdas da semana anterior, mas nas sessões seguintes, a matéria-prima regressou à tendência de quedas que tem apresentado. Esta descida foi impulsionada pela Agência Internacional de Energia (AIE), que reviu em alta o crescimento da oferta mundial e reduzido as projeções de procura, antecipando um possível excedente de até 4 milhões de barris por dia já em 2026. Além disso, o anúncio de Donald Trump de que se irá reunir em breve com Vladimir Putin para discutir o fim da guerra na Ucrânia também contribuiu para a desvalorização do petróleo.

Após ter encerrado a semana anterior em mínimos de cinco meses, o petróleo iniciou a nova semana a recuperar algum terreno, testando a resistência dos $60/barril. No entanto, após não conseguir ultrapassar esse nível, a matéria-prima voltou a perder valor, quebrando inclusive o suporte dos $58 por barril e atingindo novos mínimos desde 5 de maio de 2025, nos $56,60/barril.

Petróleo renova mínimos de maio, refletindo queda na produção industrial da Zona Euro

| Ouro permance em alta

O preço do ouro apresentou mais uma semana de com ganhos consideráveis, atingindo novos máximos históricos, embora tenha corrigido na sexta-feira. Isto deveu-se, principalmente, ao seu estatuto de ativo de refúgio que, face a diversos fatores como as expectativas de corte nas taxas de juro da FED na próxima reunião (29 de outubro), e os problemas relatados pelos bancos regionais dos EUA nos últimos dias semana, levou os investidores a procurarem-no como um porto seguro. Tem havido forte procura por investimento em ouro. Na sexta-feira, o ouro apresentou uma pequena correção, após o presidente dos EUA dizer que as tarifas sobre a china são “insustentáveis”.

O ouro voltou a valorizar ao longo da última semana, tendo, por diversas vezes, renovado novos máximos históricos. O metal preciso transaciona agora em torno dos $4 250/onça, abaixo do seu pico, nos $4 478/onça.

Ouro em alta, acima de 4254 USD, após queda da produção industrial na zona euro

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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