PSI segue quedas europeias penalizado por derrocada de quase 9% da Altri

A bolsa de Lisboa não resistiu à onda vermelha que atingiu as praças europeias, depois de Donald Trump ter ameaçado a UE com tarifas de 50% e criticado as dificuldades nas negociações comerciais.

O índice de referência nacional, o PSI, desceu 0,61% para 7.330,90 pontos, com 11 dos seus 15 títulos no vermelho, sendo ainda assim menos penalizado do que a maior das principais praças europeias. O índice acabou por fechar a semana com ganhos em torno de 1,3%.    

A derrocada da Altri, que afundou 8,86% para 5,66 euros, contribuiu para a queda do índice, depois de ontem ter apresentado os seus resultados do trimestre. O preço da pasta e as tarifas levaram o lucro da Altri a recuar 65% no primeiro trimestre deste ano, para 7,6 milhões de euros.

A cotada foi ainda penalizada por um corte do preço-alvo e da recomendação pelo Santander, registando a pior sessão em cerca de três anos e atingindo mínimos de janeiro.

As restantes cotadas ligadas ao setor do papel - Navigator e Semapa - seguiram-se na tabela de perdas, com uma desvalorizações de 3,46% para 3,516 euros e 2,71% para 17,92 euros, respetivamente.

Os pesos pesados Jerónimo Martins e Galp também pressionaram o índice. A retalhista recuou 0,64% para 21,88 euros e a petrolífera perdeu 0,69% para 13,72 euros.      

A compensar maiores perdas, esteve o BCP, que liderou os ganhos com uma valorização de 1,13% para 0,6622 euros. Na quinta-feira, o banco reportou uma subida de 3,9% nos lucros trimestrais, tendo renovado nesta sessão máximos do final de 2015 e fechado acima dos 10 mil milhões de capitalização bolsista, depois de ontem ter superado essa fasquia em termos intradiários pela primeira vez em 17 anos.

As cotadas do grupo EDP também fecharam acima da linha de água, com ganhos de 0,63% para 3,500 euros (EDP) e de 0,94% para 8,63 euros.