Wall Street fecha no verde em sessão volátil marcada por especulação sobre Powell

Os principais índices dos EUA registaram ganhos, numa sessão marcada por especulação quanto ao destino do presidente da Fed, que desencadeou uma "tempestade" de curta duração nos mercados financeiros. Entre os movimentos, a Tesla subiu mais de 3% com novos planos para a China.
Wall Street termina sessão com ganhos.
AP
João Duarte Fernandes 16 de Julho de 2025 às 21:15

Os principais índices norte-americanos fecharam a sessão desta quarta-feira com ganhos, depois de a especulação sobre o, Jerome Powell, ter desencadeado uma "tempestade" de curta duração nos mercados financeiros.

O S&P 500 subiu 0,32% para os 6.263,70 pontos, o Dow Jones ganhou 0,53% para 44.254,78 pontos e o Nasdaq Composite somou 0,25% para 20.730,49 pontos.

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A volatilidade dos índices acabou por ser atenuada depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter dito que não tem planos para demitir o líder do banco central. Isto depois de um responsável da Casa Branca citado pela Bloomberg ter referido que . E, aliás, essa , porque é preciso responder a requisitos muito específicos para poder demitir o líder do banco central.

Trump e os seus aliados têm vindo a o presidente da Fed, sobretudo porque consideram que o banco central norte-americano já deveria ter avançado com cortes nas taxas de juro ao longo deste ano.

“Agora que Trump diz que ‘não está a planear’ despedir Powell, temos de nos perguntar se a primeira história foi um balão de ensaio para ver como os mercados reagiriam", disse à Bloomberg Steve Sosnick da Interactive Brokers.

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Entretanto, a atividade económica dos EUA “aumentou ligeiramente” entre o final de maio e o início de julho, referiu a Fed no seu Livro Bege, um inquérito informal a empresas e agentes económicos feito pelo banco central. O relatório refere ainda que “a incerteza permaneceu elevada, contribuindo para a atual cautela das empresas”.

Ainda esta quarta-feira, dados revelaram que o índice de preços no produtor (IPP) se manteve inalterado em junho em termos correntes, após um aumento revisto em alta de 0,3% em maio. Ainda assim, os mercados já não esperam que a Fed corte juros na reunião de julho e projetam antes uma probabilidade de 56% de um corte em setembro, com a próxima redução prevista para a reunião de outubro.

“A desinflação mantém-se, mas a Fed não se deixará intimidar e manterá as taxas estáveis até setembro”, explicou à Bloomberg Jamie Cox, do Harris Financial Group. “Enquanto o mercado de trabalho se mantiver forte e resiliente, não é provável que as taxas baixem significativamente”, acrescenta.

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Entre os movimentos do mercado, a Tesla subiu mais de 3%, depois de notícias terem revelado que a fabricante de carros 100% elétricos estará a preparar-se para lançar uma versão mais longa e com seis lugares do Model Y na China, onde a empresa de Elon Musk tem vindo a perder terreno para os fabricantes nacionais.

Quanto às “big tech”, a Nvidia subiu 0,39%, a Alphabet somou 0,37%, a Amazon desvalorizou 1,40%, a Microsoft deslizou 0,040%, a Meta perdeu 1,05% e a Apple avançou 0,50%.

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