A semana em oito gráficos: Bolsas mundiais e petróleo ganham terreno

As bolsas mundiais tiveram uma semana positiva, animadas pelo apetite pelo risco depois dos bons dados macroeconómicos nos EUA, os estímulos económicos na China e a expectativa que ainda existe de que o BCE possa começar a cortar os juros diretores antes do verão, apesar de Christine Lagarde ter dito que é prematuro pensar nisso.

Stoxx 600 em máximos de 2 anos

A época de resultados deu fôlego às bolsas europeias, com o índice de referência Stoxx 600 a atingir na sexta-feira máximos de dois anos e com o maior ganho semanal (3,11%) desde novembro do ano passado. A ajudar estiveram boas contas de empresas como a LVMH.

Pesos pesados penalizam PSI

O principal índice nacional perdeu pela segunda semana consecutiva, pressionado pela maioria dos pesos pesados. A Galp foi a única que resistiu, numa altura de otimismo em torno das descobertas de petróleo na Namíbia. O PSI esteve em contraciclo com as restantes praças europeias, que valorizaram.

Fosun pressiona semana do BCP

O BCP foi fortemente pressionado pela decisão da Fosun de vender 5,6% da participação que detinha na instituição. As ações do banco chegaram a afundar mais de 8% na sessão de terça-feira e o BCP acabou por terminar a semana em mínimos de 5 outubro de 2023.

LVMH anima Europa

A empresa francesa de artigos de luxo Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH) teve o melhor desempenho do Stoxx 600. A cotada mais valiosa da Europa foi sustentada pelo aumento de 10% das receitas do quarto trimestre, à boleia de uma procura resiliente, nomeadamente do mercado chinês.

Netflix dá brilho ao S&P500

A Netflix, plataforma norte-americana de streaming de filmes e séries de televisão, foi a cotada do S&P 500 que mais subiu, impulsionada pelas contas do quarto trimestre, com as receitas acima do esperado pelos analistas e com a maior conquista de novos assinantes desde a pandemia.

Economia britânica impulsiona libra

O otimismo em torno da economia britânica, sustentado por dados económicos divulgados esta semana, está a fomentar expectativas de que o Banco de Inglaterra possa proceder a cortes de juros antes dos seus principais pares. A libra esterlina chegou a tocar máximos de setembro face ao euro.

Petróleo marca segunda semana de ganhos

Petróleo marca segunda semana de ganhos Os preços do Brent subiram perto de 4% em Londres, no acumulado da semana, com a queda dos stocks norte-americanos de crude e os estímulos à economia chinesa a ofuscarem os receios de uma menor procura. As tensões no Médio Oriente também continuaram no radar.

Bolsas desviam investidores da dívida

O bom momento das bolsas norte-americanas, numa semana em que tanto o S&P 500 como o Dow Jones tocaram em máximos históricos, afastou os investidores das obrigações. Na Europa, os juros aliviaram depois de o Banco Central Europeu ter mantido as taxas de juro diretoras inalteradas.