A semana em oito gráficos: Bolsas mundiais em queda com Fed a dar o mote

As bolsas mundiais tiveram uma semana com saldo negativo, depois de as perspetivas de uma política monetária mais dura por parte da Reserva Federal dos EUA terem ofuscado a pausa na subida dos juros do Banco de Inglaterra.

Stoxx 600 cai com dias turbulentos

Uma maior aversão ao risco ditou perdas nas principais bolsas europeias, depois das perspetivas da Reserva Federal norte-americana de que os juros irão permanecer em níveis elevados durante mais tempo do que o anteriormente previsto.

PSI regressa ao vermelho

A bolsa de Lisboa não escapou ao pessimismo que assombrou as principais praças e rematou a última semana com perdas. O PSI cedeu mais de 0,5% no acumulado da semana, tendo caído para níveis abaixo da fasquia dos 6.200 pontos. A queda mais expressiva foi na passada segunda-feira, em que perdeu 1,24%.

Energia penaliza Lisboa

O setor da energia foi o que mais penalizou o índice lisboeta, com a Greenvolt e a EDP Renováveis entre as empresas que mais perderam no acumulado da semana. As companhias caíram mais de 3%, acompanhando o desempenho do setor na Europa, que cedeu 2%.

SG pressiona Stoxx600

O Société Générale foi um dos títulos que mais recuou no Stoxx600, depois de o banco francês ter apresentado um novo plano estratégico para 2026 que dececionou alguns analistas. O plano prevê um crescimento anual médio das receitas entre 0% e 2% durante esse período.

Moderna penaliza S&P500

A farmacêutica norte-americana Moderna foi a que mais caiu esta semana entre as cotadas do Standard & Poor’s 500, após o diretor financeiro da Pfizer ter previsto uma procura mais fraca para as vacinas contra a covid este ano.

Dólar sobe com Fed mais "hawkish"

As perspetivas de uma política monetária restritiva da Fed durante mais tempo empurraram os investidores para a moeda norte-americana, que é vista como um ativo-refúgio. O dólar brilhou face à libra esterlina e ao iene, apesar de ter registado perdas muito ligeiras perante o euro.

Petróleo cede ligeiramente em Londres

Os preços do Brent recuaram 0,28% em Londres no cômputo de uma semana em que se reavivaram os receios de uma menor procura devido à subida dos juros diretores pelos bancos centrais. A travar maiores perdas esteve a proibição russa das exportações de combustível.

Fed dita menor procura por obrigações

Numa semana em que o banco central dos EUA se mostrou a favor de manter as taxas de juro elevadas durante mais tempo, os investidores fugiram às obrigações e às ações e priveligiaram aivos-refúgio como o ouro, a prata e o dólar. “Yield” da dívida soberana italiana foi a que mais subiu.