Lisboa inicia semana no vermelho. Setores do papel e retalho pressionam
As cotadas do setor do papel e do retalho pressionaram o índice, numa sessão de perdas para a maioria dos índices europeus. BCP e grupo EDP travaram maiores perdas para o PSI.
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A bolsa de Lisboa iniciou a semana em baixa, numa sessão maioritariamente de perdas a nível europeu, enquanto se mantêm as incertezas comerciais globais, antes de uma reunião de alto nível em Londres entre as delegações dos EUA e da China.
O índice de referência nacional, o PSI, desceu 0,38% para 7.425,75 pontos, com 11 dos seus 15 títulos no vermelho, numa semana marcada por dois feriados, que poderão retirar algum impeto à negociação.
A Semapa liderou as perdas, com um tombo de 7,73% para 16,24 euros, que se deveu a uma correção técnica por ter entrado em ex-dividendo.
Na tabela de perdas, seguiram-se a Altri, também do setor do papel, com um recuo de 3,03% para 5,120 euros, e a Navigator, que perdeu 1,65% para 3,344 euros.
O setor do retalho também contribuiu para as perdas, com a Sonae a descer 0,98% e a Jerónimo Martins a cair 0,93%.
Entre os pesos pesados, a Galp fechou ligeiramente abaixo da linha de água, ao descer 0,13% para 15,28 euros.
Já o BCP e as empresas do grupo EDP foram as únicas cotadas a fechar no verde. O banco ganhou 1,04% para 0,6784 euros, enquanto a casa-mãe EDP subiu 0,43% para 3,538 euros e a subsidiária EDP Renováveis liderou os ganhos ao avançar 1,36% para 9,29 euros.
O banco foi impulsionado por uma subida do preço-alvo pelo Deutsche Bank para 0,73 euros, que justificou a decisão com a melhoria das perspetivas para a margem financeira e a atividade na Polónia.
Já a empresa de energias limpas conseguiu liderar os ganhos apesar de um corte do "target" para 14,20 euros pelo Santander, após rever as perspetivas de crescimento da EDPR.
Contudo, o grande destaque do dia surgiu fora do principal índice. A Pharol disparou 24,09% para 0,068 euros, atingindo máximos de março, depois de na sexta-feira ter sido anunciado que a Davidson Kempner comprou os 10% detidos pela Oi no capital da antiga PT SGPS.
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