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S&P 500 e Nasdaq voltam a atingir recordes. Corte da Fed é praticamente certo

A flexibilização monetária desta quarta-feira está dada como certa entre o mercado, levando a que as bolsas norte-americanas terminassem a sessão pintadas de verde. Tesla subiu 3% após compra de ações do CEO.

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wall street bolsa mercados traders Peter Morgan/AP
21:13

As bolsas norte-americanas terminaram a primeira sessão de uma importante semana com ganhos, em que os investidores continuaram a incorporar o corte das taxas de juro pela Reserva Federal que é dado como certo no mercado. Dois dos três principais índices estenderam os máximos históricos. 

O banco central, liderado por Jerome Powell, começa esta terça-feira a reunião de política monetária que culminará no dia seguinte com uma descida das taxas de juro em 25 pontos-base, ao que tudo aponta. As apostas estão elevadas, pelo que os investidores só aguardam a oficialização do corte pela entidade monetária. 

Assim, o foco do mercado vai para os próximos meses: vai o banco central continuar a baixar os juros até ao próximo ano? Em quantos pontos-base? "A  discussão vai centrar-se na agressividade com que a Fed irá agir", afirmou Chris Larkin, do Morgan Stanley, em declarações à Bloomberg. O tom do número um da Fed e as projeções do "dot plot" vão centrar atenções, sobretudo quando se abordar o mercado de trabalho e a inflação. 

Este será ainda o primeiro corte nas taxas de juro desde que Donald Trump reassumiu a liderança da Casa Branca. O Presidente dos EUA tem, aliás, assumido uma posição bastante dura contra a Reserva Federal, procurando demitir uma governadora e insistindo em corte rápidos e agressivos nas taxas de juro. A fricção criada com Jerome Powell levante preocupações entre os investidores sobre quão independente é a Reserva Federal do Governo dos EUA.

O S&P 500 bateu o anterior recorde durante a sessão, ao chegar aos 6.619,62 pontos, tendo fechado também em máximo, nos 6.611,81 pontos, após uma subida de 0,47%. O tecnológico Nasdaq Composite acompanhou o "rally": atingiu um recorde intradiário nos 22.352,25 pontos e de fecho nos 22.348,75 pontos, ao ganhar 0,94%. Ainda que sem atingir valores históricos, o Dow Jones somou 0,11% para 45.883,45 pontos. 

Embora o mercado acionista tenha ignorado alguns indicadores fracos para se focarem nos recordes históricos em bolsa, os estrategas do JPMorgan alertam que essa tendência se pode reverter assim que a Fed oficializar a primeira descida de 2025. "Assim que a flexibilização for retomada, as ações podem ficar mais cautelosas por algum tempo e antecipar mais riscos de queda, reajustando a postura atual", escreveu uma equipa liderada por Mislav Matejka, numa nota a que a Bloomberg teve acesso.

Entre os principais movimentos de mercado, a Tesla ganhou mais de 3%, após o fundador, ao comprar 2,5 milhões de títulos no valor de mil milhões de dólares. As ações chegaram a saltar 7,5%, a maior subida intradiária desde 22 de janeiro. 

A Alphabet terminou a sessão com ganhos de mais de 4%, juntando-se à Nvidia, Apple e Microsoft que já integravam a lista exclusiva. A dona do iPhone e a do Windows registaram subidas de quase 1%. 

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