Tecnológicas deixam Wall Street com nervos em franja. Amazon tem pior dia desde 2006
As bolsas norte-americanas encerraram em forte baixa, penalizadas sobretudo pelas tecnológicas, com destaque para a queda de mais de 14% da Amazon.
O índice industrial Dow Jones fechou a cair 2,77% para 32.977,21 pontos e o Standard & Poor’s 500 encerrou a recuar 3,63% para 4.131,93 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite mergulhou 4,17% para 12.334,64 pontos.
Esta foi uma sessão em que as tecnológicas estiveram a pesar significativamente no pessimismo dos investidores, depois de algumas gigantes do setor terem reportado esta semana contas trimestrais aquém do que se esperava. Foi o caso da Apple e da Amazon – com a empresa de comércio eletrónico a registar o pior dia desde 2006 ao afundar 14,05% no fecho para 2.485,63 dólares.
A Tesla foi uma das cotadas que se destacou pela positiva na primeira parte da sessão, depois de o CEO da fabricante de veículos elétricos, Elon Musk, ter dito que não pretende vender mais ações da empresa.
No entanto, as vendas dos últimos dias pesaram mais e a cotada fechou a ceder 0,77% para 870,76 dólares. Sublinhe-se que Musk vendeu mais 4 mil milhões de dólares em ações da Tesla na terça e quarta-feira, e esta sexta-feira foi divulgado que ainda se desfez ontem de mais 4,5 mil milhões de dólares de títulos da fabricante.
A atarefada semana de divulgação de resultados de grandes tecnológicas ajudou a temperar as perdas decorrentes dos receios em torno do endurecimento dos bancos centrais, mas houve deceções.
Além disso, o receio de um aumento substancial dos juros diretores por parte da Fed tem penalizado as ações de grande crescimento (como é o caso das tecnológicas) e intensificado os riscos em torno dos lucros futuros.
As tecnológicas norte-americanas deverão revelar uma contração de 1,2% nos lucros do primeiro trimestre, contra um crescimento de 12% no resto do mercado, segundo Jonathan Golub, analista do Credit Suisse. Quanto às gigantes deste setor, os lucros foram em média superiores em 2,3% ao esperado, quando nas cotadas dos restantes setores essa melhoria foi de 8,6%.
Mais lidas