Vários membros de bancos centrais discursam no primeiro dia da semana. Da parte do Banco Central Europeu (BCE), Piero Cipollone, membro da comissão executiva com a pasta do euro digital, falará sobre a inovação no setor dos pagamentos, enquanto Isabel Schnabel, membro da mesma comissão, vai avaliar o ponto atual da política monetária. Já o economista-chefe Philip Lane discursa em Frankfurt sobre as dinâmicas da inflação ao longo deste ano. Ainda na cidade sede do BCE estará David Ramsden do Banco de Inglaterra (BoE). Do outro lado do Atlântico três governadores da Reserva Federal (Fed), de Nova Iorque, Saint Louis e Atlanta, vão ter aparições públicas.

O montante a que os bancos avaliam as casas para conceder crédito aumentou em julho para 1.945 euros por metro quadrado, uma subida de 34 euros face ao registado em junho e de 18,7% face ao mesmo mês de 2024. Os dados de agosto, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) deverão dar continuidade a esta subida que acontece de forma quase ininterrupta desde 2023. 

Depois de agosto ter sido o quinto mês em que a inflação acelerou em Portugal, para 2,8%, as atenções vão centrar-se nos números de setembro. Além do índice de preços no consumidor o foco também vai estar na inflação subjacente, que exclui os produtos mais sujeitos a grandes variações de preços (alimentos frescos e energia), e que se tem mostrado mais estável.

A subsidiária da Zijin Mining tinha planeado uma oferta pública inicial (IPO) para esta segunda-feira, mas a entrada em bolsa foi adiada um dia devido ao supertufão Ragasa. A Zijin Gold pretende angariar 3,2 mil milhões de dólares através da venda de 349 milhões de ações, no que pode ser um dos maiores IPO em Hong Kong este ano.

O Banco de Portugal atualiza na terça-feira as taxas de juro do crédito à habitação e dos depósitos, relativas a agosto. Em julho, a taxa de juro média das novas operações de crédito para a casa caiu pelo sexto mês consecutivo, passando para 2,88%, enquanto os juros dos depósitos diminuíram pelo 19.º mês consecutivo, passando de 1,43%, em junho, para 1,39%.

Um dia depois das grandes economias da Zona Euro, como França, Itália, Alemanha e Espanha revelarem os dados da inflação de setembro é a vez de ser conhecido o número conjunto do bloco, que é divulgado pelo Eurostat. Os dados de agosto deram conta de que a inflação ficou nos 2%, em linha com a meta desejada pelo Banco Central Europeu.

A taxa de desemprego na Zona Euro foi de 6,2% em julho, o que representa uma descida de 0,2 pontos percentuais face a igual período do ano passado. A questão é se o número de pessoas desempregadas continuou a abrandar em agosto. Apesar de o Banco Central Europeu não ter o duplo mandato que inclui o pleno emprego, como a Reserva Federa, este é, mesmo assim, um indicador importante para avaliar a robustez das economias europeias.

Vários sindicatos por França têm manifestações anti-austeridade e greves marcadas para esta quinta-feira. Os últimos protestos contra a austeridade resultaram, a 18 de setembro, em pelo menos três feridos e 140 detidos.

O relatório do emprego nos Estados Unidos relativo a setembro é o primeiro desde que a Reserva Federal começou a descer juros. Caso a criação de emprego continue a abrandar, como é esperado pelos analistas, os mercados podem reforçar expectativas de que a Reserva Federal possa voltar a cortar os juros no final de outubro.

Já com os números da inflação na Zona Euro relativa a setembro do seu lado, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursa pela segunda vez na semana. Desta vez na despedida do governador dos Países Baixos, Klaas Knot, que tem como título "a Europa no mundo - desafios e oportunidades". Os investidores vão procurar pistas sobre o futuro da política monetária do bloco da moeda única. O BCE volta a reunir-se no final de outubro.