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Mercado já antecipa Euribor perto de -0,4% até 2023

As projeções para a Euribor têm vindo a tornar-se mais negativas. A maioria do mercado prevê que a taxa a três meses pouco mexa nos próximos trimestres.

Pedro Elias/Negócios
05 de Fevereiro de 2021 às 07:45
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A dois meses de completar seis anos com valores negativos, a Euribor deverá permanecer em valores muito deprimidos nos próximos anos. As estimativas do mercado colocam o indexante a três meses a negociar em níveis próximos de -0,4% até ao final do primeiro trimestre de 2023.

A Euribor a três meses fechou a última sessão em -0,545%, depois de ter tocado num mínimo histórico a 6 de janeiro, nos -0,556%. Já a taxa a seis meses segue nos -0,521% e o indexante a 12 meses – privilegiado nos novos contratos de crédito à habitação – negoceia nos -0,507%.

As estimativas dos economistas consultados pela Bloomberg para a evolução destas taxas interbancárias têm vindo a deteriorar-se. O mercado antecipa agora que a Euribor a três meses negoceie nos -0,45% no final deste ano, ligeiramente acima dos valores atuais, e em -0,36% no final do primeiro trimestre de 2023, não havendo para já qualquer previsão de quando voltará a negociar acima de zero.

A determinar a evolução negativa dos indexantes tem estado a política monetária do Banco Central Europeu (BCE). A entidade monetária do euro, liderada por Christine Lagarde (na foto), voltou a reforçar a sua bazuca na reunião de dezembro, com mais 500 milhões de euros. No total, o programa pandémico do banco central está agora avaliado em 1,85 biliões de euros.

Além de ter reforçado o valor do envelope, Lagarde estendeu ainda o período temporal das compras, alargando-o até ao final de 2022, o que significa que o banco central vai continuar ativo no mercado a comprar dívida. Do lado dos juros, também não são esperadas alterações tão cedo. A expectativa é que as taxas continuem em mínimos históricos.

A taxa de referência do BCE está em zero, enquanto a taxa dos depósitos está em -0,5%, valor para o qual foi reduzida em setembro de 2019. Esta serve habitualmente de referência para as taxas interbancárias, mas a expectativa de uma manutenção dos estímulos monetários por um período mais prolongado tem levado os indexantes do crédito a negociar abaixo da taxa dos depósitos.

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