Esta quinta-feira, o Banco de Portugal divulga os dados de agosto sobre os depósitos das famílias. Em julho, o stock voltou a bater máximos históricos, totalizando 197,8 mil milhões de euros, ou seja, mais 1.975 milhões face a junho. Apesar da subida, a taxa de crescimento anual abrandou para 4,9%, depois dos 5,2% do mês anterior, num sinal de desaceleração pelo nono mês consecutivo. O comportamento das poupanças continuará a ser acompanhado de perto, já que reflete tanto a prudência das famílias perante a conjuntura económica como a procura reduzida por alternativas de investimento.

O Banco Nacional da Suíça reúne-se esta quinta-feira e deverá manter a taxa de juro de referência em 0%, após seis cortes consecutivos desde 2023. A inflação permanece negativa e as projeções de crescimento económico foram revistas em baixa, para 1,3% em 2025. Depois de anos com juros negativos e um pico de 1,75% em 2023, a política do banco central é observada de perto pelos investidores, sobretudo pela importância do franco suíço como moeda de refúgio em tempos de incerteza. A intervenção do presidente Martin Schlegel poderá dar pistas sobre os próximos passos.

Esta quinta-feira, o Departamento do Comércio dos EUA publica a terceira estimativa do PIB do segundo trimestre, acompanhada da revisão anual das contas nacionais. A leitura anterior apontou para um crescimento de 3,3% em termos anualizados, acima dos 3% da estimativa inicial, impulsionado pelo investimento empresarial e pela forte queda das importações. A revisão de hoje poderá trazer alterações relevantes a indicadores como os lucros corporativos e o PIB por setor. Qualquer surpresa terá impacto imediato nas expectativas sobre os próximos passos da Reserva Federal, numa altura em que Powell não deu sinais de cortes de juros no discurso de terça-feira.

A BP apresenta esta quinta-feira o seu outlook energético anual, com projeções até 2050. O relatório ganha especial relevância por atualizar as perspetivas sobre a procura de petróleo, que a empresa previa atingir o pico já em 2025. A atenção recairá também sobre o ritmo esperado de expansão das renováveis, em particular da energia solar e eólica, que no ano passado foram apontadas como os principais motores de crescimento. Para investidores e governos, estas projeções são uma referência para medir a velocidade da transição energética e os riscos associados ao setor dos combustíveis fósseis.

São também conhecidos os dados de confiança dos consumidores na Alemanha e em França. Na última leitura, o indicador alemão recuou para –23,6 pontos, refletindo maior pessimismo em relação ao emprego e ao rendimento disponível. Já em França, a divulgação surge num momento em que a confiança na Zona Euro registou uma ligeira melhoria em setembro, ainda que permaneça bem abaixo da média histórica. Estes dados são acompanhados de perto por investidores e decisores, já que a resiliência do consumo privado é crucial para sustentar o crescimento europeu.