Otimismo sobre acordo comercial dá ganhos às principais praças europeias
Juros aliviam na Zona Euro após disparo na sessão anterior
Petróleo recua com possível aumento da oferta pela OPEP+
Preços do ouro descem com menos expectativas no corte das taxas de juro pela Fed
Euro com quebras face ao dólar e à libra
S&P 500 e Nasdaq renovam máximos com impulso do mercado de trabalho
Euribor desce a três e seis meses para novos mínimos desde novembro e outubro de 2022
Acordo EUA-Vietname dá esperança à Europa. Bolsas pintam-se de verde
Juros das dívidas soberanas aliviam na Europa antes de dados do emprego nos EUA
Dólar afasta-se de mínimos de três anos. Libra recupera
Ouro mantém-se estável com foco nos dados do emprego nos EUA
Petróleo recua sem acordos comerciais à vista
Ásia dividida antes de dados laborais nos EUA. Tarifas de Trump poderão afetar emprego
Otimismo sobre acordo comercial dá ganhos às principais praças europeias
As ações europeias fecharam em alta esta quinta-feira, animadas pelo otimismo de que a UE conseguirá um acordo comercial com os EUA antes do prazo de 9 de julho imposto pela Administração Trump para a aplicação das tarifas recíprocas.
Os investidores também responderam bem ao relatório do Gabinete de Estatística Laboral norte-americano, que concluiu que o mercado de trabalho da maior economia do mundo cresceu acima do esperado: foram criados 147 mil novos empregos, contra os 110 mil antecipados pelos analistas.
Este número foi crucial para aliviar o sentimento de pressão económica que podia existir junto dos investidores, o que se converteu num sentimento de otimismo que refletiu-se nas principais praças europeias.
O Stoxx 600, o índice de referência da Europa, fechou esta quinta-feira a ganhar 0,47% para os 543,76 pontos. Um dos melhores desempenhos do dia foi o espanhol IBEX, que subiu 0,98%. A praça londrina FTSE fechou a ganhar 0,55%, o alemão DAX 0,61% e o francês CAC 40 0,21%. Destaque ainda para o índice grego, que fechou com uma subida de 1,2% – apenas batido pelo português PSI.
"O relatório [do emprego] afasta de forma decisiva a possibilidade de um corte das taxas em julho – a Fed não vai atuar perante este nível de robustez", analisou Patrick Armstrong, diretor de investimentos da empresa Plurimi Wealth, citado pela Bloomberg. A possibilidade de cortes nas taxas continua, no entanto, no horizonte, sublinha.
O dia nas bolsas de valores ficou marcado por um desempenho forte das empresas de retalho (1,41%) e também da banca (1,38%).
Para a confiança geral dos investidores contribuiu também a situação no Reino Unido. Depois de dias de alguma indefinição, o compromisso assumido por Rachel Reeves, a responsável pelas políticas fiscais no Reino Unido, com a disciplina orçamental teve uma boa resposta dos investidores, assim como o facto de, por agora, terem sido afastados os “fantasmas” da sua saída do executivo britânico.
Juros aliviam na Zona Euro após disparo na sessão anterior
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encerraram a sessão desta quinta-feira com grandes alívios, depois de terem disparado no dia anterior devido a preocupações do mercado com as necessidades de financiamento do Reino Unido e o futuro político da ministra das Finanças, Rachael Reeves. O Governo britânico foi obrigado a ceder pelo Parlamento numa série de medidas de cortes de benefícios da Segurança Social, pondo em causa o seu plano para reestruturar esta entidade.
A "yield" das "Gilts" britânicas a dez anos terminou a sessão a cair 7,1 pontos base para 4,538%, depois de ter saltado quase 16 pontos na quarta-feira. Os alívios estenderam-se até à Zona Euro, com o cupão das "Bunds" alemãs com a mesma maturidade - que servem de referência para a região - a ceder 4,3 pontos para 2,611%, e os juros das obrigações francesas, também a dez anos, a caírem 4,8 pontos para 3,272%.
Por sua vez, entre os países do sul da Europa, a rendibilidade da dívida portuguesa a dez anos cedeu 4,5 pontos base para 3,040%, enquanto os juros das obrigações do país vizinho e das obrigações italianas caíram 4,8 pontos para 3,225% e 3,446%, respetivamente.
Fora da Europa, os juros das "Tresuries" norte-americanas negoceiam em tendência contrária, avançando 5,7 pontos para 4,334%, depois de novos dados terem apontado para um mercado laboral mais resiliente do que antecipado, o que levou os investidores a diminuírem as expectativas em torno do alívio da política monetária do país.
Petróleo recua com possível aumento da oferta pela OPEP+
Os preços do petróleo continuam a recuar esta quinta-feira, penalizados pela expectativa de um aumento da oferta por parte dos produtores da OPEP+.
O Brent, referência europeia, desce 0,22% para 68,96 dólares por barril, enquanto o WTI, referência norte-americana, recua 0,37%, para os 67,20 dólares.
Apesar de ambas as referências terem tocado máximos de uma semana na sessão anterior, com o escalar das tensões entre o Irão e o Ocidente, o sentimento voltou a ser afetado pela possibilidade de não serem concluídos a tempo os acordos comerciais com parceiros, como a União Europeia e o Japão, antes do prazo de 9 de julho, imposto por Donald Trump.
Ao mesmo tempo, a expectativa de que a OPEP+ avance este fim de semana com um novo aumento de produção, na ordem dos 411 mil barris por dia, também pressiona os preços.
Segundo a Reuters, um aumento inesperado dos inventários nos EUA reforça os sinais de fragilidade da procura do maior consumidor mundial de petróleo bruto, com os dados da Administração de Informação Energética a mostrarem um acréscimo de 3,8 milhões de barris, contrariando as previsões de uma redução.
A atividade nos serviços da China também abrandou para o ritmo mais lento em nove meses, aumentando os receios de arrefecimento da procura no maior importador mundial de petróleo.
Preços do ouro descem com menos expectativas no corte das taxas de juro pela Fed
Esta quinta-feira, o metal amarelo apresenta um comportamento descendente. A esta hora, o ouro cede 0,91% para 3.326,33 dólares a onça. Durante o dia, o ativo de refúgio chegou a cair 1%, consequência dos dados sobre o mercado de trabalho norte-americano, mais fortes do que esperado e que fazem parecer que a Reserva Federal não procederá a cortes nas taxas de juro tão cedo.
“Os números de emprego melhores do que o esperado significam que vemos uma menor probabilidade de um corte nas taxas da Reserva Federal mais cedo do que estava previsto. Como resultado, o dólar fortaleceu-se, o que adiciona mais pressão ao mercado do ouro”, comentou David Meger, diretor de “trading” de metais da High Ridge Futures. A possibilidade de um corte ainda em julho está, desta maneira, “fora de questão”, completa o diretor. O ouro, por ser um ativo de refúgio, tende a ter bom desempenho num ambiente com taxas de juro baixas.
Para além disso, os Estados Unidos da América e o Vietname chegaram, na quarta-feira, a um acordo, dias antes das tarifas de Donald Trump entrarem em vigor, a 9 de julho. Os republicanos também avançam com o enorme projeto de lei de redução de impostos e gastos de Trump, que se estima que possa adicionar 3,4 biliões de dólares à dívida do pais. “À medida que a dívida dos EUA continua a crescer, os investidores podem ficar mais preocupados com o dólar americano, o que deve beneficiar o ouro a longo prazo”, acrescentou Carsten Menke, analista da Julius Baer.
Euro com quebras face ao dólar e à libra
O euro recua esta quinta-feira, com a moeda única a perder 0,35% para 1,1758 dólares e 0,37% para 0,8621 libras. Isto num dia em que a presidente da Comissão Europeia disse esperar alcançar um acordo comercial com os EUA no prazo de seis dias, mostrando-se, no entanto, preparada caso as negociações não correm de forma positiva.
Já do lado do dolar, os dados positivos de criação de emprego nos EUA – bem acima das expectativas dos analistas, com 140 mil novos postos de trabalho – estão a dar força à divisa nos mercados. De acordo com a Bloomberg, os pedidos iniciais de subsídio de desemprego semanais foram também inferiores ao esperado, o que contribui para os resultados positivos do dólar. O dólar segue também a ganhar (0,93%) face ao iene.
O índice do dólar, que mede a força da divisa norte-americana, sobe 0,5% nesta quinta-feira, o que reduz para 0,1% as perdas semanais.
Já a relação entre a libra e o dólar está equilibrada, com ganhos de 0,05% para 1,3643 dólares.
S&P 500 e Nasdaq renovam máximos com impulso do mercado de trabalho
Os principais índices norte-americanos arrancaram a última sessão desta semana em alta, numa altura em que o mercado laboral mostra-se bastante mais resiliente do que antecipado. Apesar de os novos dados reduzirem as expectativas em torno do número de cortes nas taxas de juro que a Reserva Federal (Fed) vai adotar este ano, representam um alívio em relação ao impacto que a política comercial de Donald Trump está a ter na maior economia do mundo.
Em junho, os EUA criaram mais 147 mil novos postos de trabalho, um valor que fica bastante acima do esperado pelos analistas e representa uma aceleração ao número de empregos criados no mês anterior. Estes dados vêm ainda contrariar o cenário pintado na quarta-feira pela ADP, uma empresa privada de processamento de salários, que apontava para uma redução no número de postos de trabalho na economia norte-americana.
Neste contexto, o S&P 500 avança 0,51% para 6.259,98 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cresce 0,59% para 20.513,26 pontos, com os dois índices a registarem novos máximos históricos. Já o industrial Dow Jones sobe 0,51% para 44.711,97 pontos. O volume de negociação desta quinta-feira deve ser bastante inferior ao habitual, uma vez que a sessão termina mais cedo (18h de Lisboa) e na sexta-feira Wall Street está encerrada devido às celebrações do Dia da Independência.
“Estávamos à espera que os dados começassem a mostrar algumas fissuras [no mercado laboral] e realmente não vimos isso com este relatório”, explica Brian Klimke, estratega de mercado da Cetera Investment Management LLC, à Reuters. "Isto coloca a Fed em pausa e dá ao banco central mais tempo para cortar os juros, uma vez que o mercado de trabalho está realmente resiliente", conclui.
Na Câmara dos Representantes, o megapacote fiscal de Trump, que se prevê que vai ter um impacto superior a 3 biliões de dólares, vai avançar para a votação final, com os republicanos a conseguirem vencer algumas divisões internas e dúvidas em torno desta legislação. O mercado tem reagido de forma negativa aos possíveis impactos deste pacote na sustentabilidade das contas públicas.
Entre as principais movimentações de mercado, a Tripadvisor salta 12,5%, depois de o Wall Street Journal ter revelado que o investidor ativista Starboard Value reforçou a sua posição na empresa para mais de 9%. Por sua vez, a Datadog dispara 10%, após ter sido anunciado que a empresa vai entrar no S&P 500 e substituir a Juniper Networks.
Euribor desce a três e seis meses para novos mínimos desde novembro e outubro de 2022
A Euribor desceu hoje a três e a seis meses, em relação a quarta-feira, e atingiu novos mínimos desde 22 de novembro de 2022 e 14 de outubro de 2022, respetivamente, enquanto a taxa a 12 meses subiu.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que recuou para 1,937%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,031%) e a 12 meses (2,062%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu hoje, ao ser fixada em 2,031%, menos 0,002 pontos do que na quarta-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.
No prazo de três meses, a taxa Euribor, que está abaixo de 2% desde 24 de junho, desceu hoje para 1,937%, menos 0,019 pontos do que na quarta-feira.
No sentido contrário, a Euribor a 12 meses subiu para 2,062%, mais 0,007 pontos do que na quarta-feira.
Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho, em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.
Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.
A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Acordo EUA-Vietname dá esperança à Europa. Bolsas pintam-se de verde
Os principais índices europeus estão a negociar em alta, impulsionados pelo otimismo de que a União Europeia (UE) e os Estados Unidos (EUA) poderão chegar a algum tipo de acordo comercial antes de 9 de julho, alimentado pelo acordo ontem fechado entre a maior economia do mundo e o Vietname.
Também a impulsionar o sentimento do mercado, os EUA pausaram as restrições às exportações para a China para empresas que desenvolvem software de design de semicondutores e produtores de etano.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – ganha 0,32% para os 542,96 pontos, com todos os setores em alta, à exceção do das telecomunicações e viagens. O "benchmark" está ainda a 3% do seu recorde atingido em março.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX avança 0,29%, o espanhol IBEX 35 valoriza 0,21%, o francês CAC-40 pula 0,12%, o britânico FTSE 100 ganha 0,47% e o holandês AEX sobe 0,29%. Em contraciclo, o italiano FTSEMIB perde 0,29%.
As ações europeias arrancaram julho num tom moderado, devido às preocupações com o enfraquecimento do crescimento económico dos EUA e potenciais tarifas.
Quanto aos movimentos do mercado, a Siemens sobe 1,2%, uma vez que os EUA suspenderam os requisitos de licença de exportação para as vendas de software de conceção de semicondutores na China.
Os investidores aguardam os dados da criação de emprego e taxa de desemprego dos EUA, que serão divulgados no final do dia, para perceber possíveis impactos das tarifas e os próximos passos da Reserva Federal dos EUA quanto a política monetária. O projeto de lei cortes de impostos e gastos dos EUA, que está ainda pendente de uma possível aprovação final pela Câmara dos Representantes, também está em foco.
Joachim Klement, estratega da Janmure Liberum, afirmou à Bloomberg que um relatório do mercado laboral norte-americano mais fraco do que o previsto “poderá desencadear outra mudança de sentimento, do otimismo comercial para o pessimismo económico e pesar sobre os mercados de ações dos EUA e da Europa nas próximas semanas”.
Juros das dívidas soberanas aliviam na Europa antes de dados do emprego nos EUA
Esta quinta-feira, os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registam um alívio generalizado, num contexto de maior prudência nos mercados antes da divulgação dos dados do emprego nos Estados Unidos, que podem ditar o rumo da política monetária da Reserva Federal.
As “bunds” alemãs a dez anos, referência para a região, recuam 2,7 pontos base para 2,627%, enquanto as obrigações francesas aliviam 3,6 pontos para 3,284% e as italianas descem 3,9 pontos para 3,472%. Por sua vez, os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade recuam 3,1 pontos base para 3,054%, acompanhados por uma descida de 3,2 pontos nas “yields” espanholas, que se fixam nos 3,242%.
Fora da Zona Euro, destaque para o forte alívio das “gilts” britânicas, que caem 9,1 pontos base para 4,519%.
Segundo a Bloomberg, os mercados obrigacionistas beneficiam de um movimento de recuperação esta quinta-feira, num ambiente de “otimismo cauteloso” antes do relatório de emprego não agrícola norte-americano. A expectativa é de uma desaceleração no ritmo de contratações e a taxa de desemprego mais elevada desde 2021, com os analistas atentos aos impactos crescentes das políticas comerciais e migratórias da administração de Trump.
“Os mercados podem estar a antecipar-se em demasia se os números forem negativos”, alerta Susana Cruz, estratega da Panmure Liberum, citada pela agência. “Powell foi claro ao dizer que qualquer decisão sobre cortes de juros dependerá dos dados – e ainda é cedo para os avaliar, especialmente os da inflação.”
Dólar afasta-se de mínimos de três anos. Libra recupera
O dólar negoceia à tona face às principais divisas e afasta-se de mínimos de três anos, depois do acordo comercial entre os EUA e o Vietname ter alimentado o otimismo do mercado sobre mais potenciais acordos antes de 9 de julho, quando as tarifas impostas por Donald Trump entrarem em vigor. Os investidores aguardam também os dados da criação de emprego e a taxa de desemprego na maior economia do mundo para avaliar os próximos passos da Reserva Federal.
Já a libra recupera face ao dólar mas estende as perdas em relação ao euro, após uma queda de quase 1% na sessão anterior, depois de o Governo britânico, encabeçado por Keir Starmer, ter sido obrigado a dar um passo atrás em relação aos planos de cortar benefícios da Segurança Social. Ontem, a ministra das Finanças mostrou-se bastante nervosa perante o Parlamento, o que alimentou a preocupação dos investidores com as finanças do país.
"A libra pode continuar sob pressão, a menos que o governo do Reino Unido tome medidas para restaurar a confiança do mercado nas finanças do país", explicou Carol Kong, estratega do Commonwealth Bank of Australia, à Reuters, que acrescenta que os "traders" estão preocupados que Rachel Reeves possa ser substituída por alguém menos comprometido com as regras fiscais e mais disposto emitir dívida.
O euro sobe a esta hora 0,07% para 1,1807 dólares. Já a libra ganha 0,27% para 1,3673 dólares e ganha 0,21% para 1,1580 euros. O índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da "nota verde" face aos pares, está praticamente inalterado nos 96,732 pontos.
Os investidores focam-se agora nos dados da criação de emprego e taxa de desemprego nos Estados Unidos que será hoje divulgada. "Depois do relatório que mostrou que o emprego nas empresas americanas caiu em junho pela primeira vez em mais de dois anos, os mercados estão a preparar-se para surpresas negativas na criação de emprego nos EUA", escreveram os economistas e estrategas do DBS numa nota citada pela Bloomberg.
Os acordos comerciais, como o celebrado entre os EUA e o Vietname esta quarta-feira, “implica a tendência para um dólar mais fraco, a fim de melhorar a competitividade das exportações norte-americanas, reforçado pelo impulso no sentido de cortes agressivos da Reserva Federal”, disseram.
Ouro mantém-se estável com foco nos dados do emprego nos EUA
O preço do ouro mantém-se praticamente inalterado esta quinta-feira, com os investidores a adotar uma postura de cautela antes da divulgação dos dados do emprego nos Estados Unidos, que poderão dar pistas sobre os próximos passos da política monetária da Reserva Federal.
O ouro desce ligeiramente 0,03% para os 3.356,48 dólares por onça, mantendo-se dentro de um intervalo estreito de negociação entre os 3.320 e os 3.360 dólares, segundo a análise da OANDA, citada pela Reuters. “O mercado está a adotar uma abordagem de espera antes de tomar posições mais significativas”, referiu Kelvin Wong, analista sénior da corretora.
Na quarta-feira, os dados da ADP revelaram uma queda inesperada de 33 mil empregos no setor privado norte-americano em junho, a primeira descida em mais de dois anos, sinalizando alguma contenção nas contratações devido à incerteza económica. Ainda assim, a baixa taxa de despedimentos continua a sustentar o mercado laboral.
As atenções estão agora voltadas para o relatório oficial de emprego não agrícola, que será divulgado ainda esta quinta-feira. Os economistas consultados pela Reuters preveem a criação de 110 mil postos de trabalho em junho, abaixo dos 139 mil de maio.
Em paralelo, os investidores estão atentos ao ambiente comercial internacional. O presidente Donald Trump anunciou tarifas de 20% sobre vários bens do Vietname, abaixo do inicialmente prometido, e manteve a pressão para fechar acordos com outras economias como a Índia, mantendo o prazo de 9 de julho.
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