Europa pintada de vermelho. Investidores questionam se corte de juros da Fed será demasiado tarde
Juros aliviam de forma significativa na Zona Euro
Dólar desce acentuadamente após dados do emprego. EUA vivem "estagnação muito séria"
Petróleo cai com expectativa de aumento da oferta da OPEP+
Ouro renova máximos com dados mais fracos do mercado laboral dos EUA
Wall Street acelera com mercado laboral estagnado. Broadcom dispara 12%
Euribor desce a três, seis meses e 12 meses
Europa divide-se entre ganhos e perdas. Hexagon dispara 7%
Juros das dívidas europeias recuam, Alemanha pressionada por dados industriais
Dólar perde fôlego antes dos dados do emprego nos EUA
Ouro perto de máximos históricos em dia de dados do emprego nos EUA
Petróleo continua a descer com foco na reunião da OPEP+
Ásia e Europa em alta à espera de nova leitura do mercado laboral dos EUA
Europa pintada de vermelho. Investidores questionam se Fed irá tarde demais para cortar juros
As bolsas europeias terminaram a última sessão da semana mergulhadas no vermelho, isto porque os dados do emprego do lado de lá do Atlântico levantaram preocupações quanto a fissuras ainda maiores na maior economia do mundo - os EUA.
O relatório da criação de emprego nos EUA em agosto foi visto de dois pontos de vista: se por um lado é praticamente dado como certo um corte nas taxas de juro pela Reserva Federal na reunião de política monetária deste mês, por outro o abrandamento do mercado laboral norte-americano deixou os investidores "pé atrás" quanto à saúde da economia do país no futuro e se o banco central do país não deveria já ter descido os juros. E este último cenário parece ter tomado conta dos mercados, com mais incerteza instaurada, os investidores fugiram dos ativos de risco, como as ações.
"Inicialmente, o foco estava nas expectativas de corte de juros da Reserva Federal, mas isto parece ter-se transformado em preocupações sobre o que os dados significam para a economia dos EUA e se a Fed está realmente atrasada", disse Fiona Cincotta, analista da City Index, à Reuters.
Neste contexto, o Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, perdeu 0,16% para 549,21 pontos, pressionado sobretudo pelos setores do petróleo e gás e automóveis, que registaram quedas de mais de 1%.
Nos resultados por praça, o alemão DAX perdeu 0,73%, o italiano FTSEMIB desvalorizou 0,91%, o britânico FTSE 100 recuou 0,09%, enquanto o neerlandês AEX cedeu 0,17%. Já o francês CAC-40 caiu 0,31% e o espanhol IBEX 35 recuou 0,45%.
De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, citada pela Reuters, os "traders" esperam pelo menos três cortes nas taxas dos EUA até o final do ano.
Entre os principais movimentos de mercado, a Hexagon saltou mais de 7%, depois de a empresa ter anunciado que vai vender a sua unidade de design e engenharia à Cadence Design Systems por 2,7 mil milhões de euros.
Já a Temenos, uma tecnológica suíça, derrapou quase 16% para a última do Stoxx 600 após a saída do CEO, Jean-Pierre Brulard.
O próximo teste dos mercados europeus será a moção de confiança ao Governo francês, que decorre na próxima segunda-feira, e que está em risco de cair, já que não conta com apoio parlamentar.
Juros aliviam de forma significativa na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu terminaram a sessão com alívios significativos, após uma semana marcada por grande volatilidade no mercado obrigacionista, devido às preocupações levantadas entre os investidores sobre a capacidade de reembolso do Estado francês e britânico, sobretudo, já que os dois países atravessam crises políticas.
Aliás, na próxima segunda-feira, o Executivo de François Bayrou enfrenta uma moção de confiança que, sem apoio parlamentar, deverá ditar a queda do Governo, mesmo depois da tentativa do Presidente Emmanuel Macron para evitar novas eleições.
Os investidores parecem ter preferido ativos seguros como as obrigações, também depois de o Eurostat ter confirmado o crescimento de 0,1% no PIB da Zona Euro, apesar da contração maior na Alemanha, com uma queda de 0,3% em cadeia.
Em França, os juros da dívida soberana a dez anos desceram assim 4,2 pontos base para 3,447%, enquanto os juros das "Bunds" alemãs - referência para a Zona Euro - recuaram 5,6 pontos base para 2,660%. Em Itália, o alívio foi de 6,6 pontos para 3,501%.
Na Península Ibérica, os juros dos títulos do Tesouro com a mesma maturidade perderam 5,4 pontos base para 3,079%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola registou uma descida de 5 pontos para 3,251%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas, com maturidade a dez anos, foram as que mais aliviaram: 7,5 pontos base para 4,643%.
Dólar desce acentuadamente após dados do emprego. EUA vivem "estagnação muito séria"
O dólar norte-americano está a perder significativamente face às outras moedas, isto depois de os dados do emprego do lado de lá do Atlântico terem reforçado a aposta dos investidores num corte das taxas de juro pela Reserva Federal, já que os empregadores americanos contrataram menos trabalhadores do que o esperado pelos analistas.
O euro sobe 0,82% para 1,1744 dólares, e face à divisa nipónica, o dólar perde mais de 1% para 146,96 ienes. O índice do dólar DXY recua 0,82% para 97,544 pontos.
Os "payrolls” não-agrícolas, indicador central da evolução do emprego, aumentaram apenas 22 mil no mês passado, muito aquém da previsão de 75 mil, segundo o Gabinete de Estatísticas Laborais (BLS na sigla em inglês). Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego subiu para 4,3%, o nível mais alto desde 2021.
"Os dados comprovam o que se temia, ou seja, que o que as empresas vivenciaram ao longo do ano devido às mudanças na política comercial gerou custos adicionais em termos de tarifas", disse Juan Perez, diretor de negociação da Monex USA, à Reuters. "Esses custos só podem ser absorvidos por tempo limitado e o que está a manifestar-se é que as empresas estão com dificuldades para contratar", acrescentou, dizendo ainda que os EUA estão perante uma estagnação "muito séria".
Petróleo cai com expectativa de aumento da oferta da OPEP+
O petróleo prolonga a queda pelo terceiro dia consecutivo esta sexta-feira, pressionado pela perspetiva de maior oferta e pela inesperada subida das reservas de crude nos Estados Unidos. A esta hora, o Brent recua 1,99% para 65,66 dólares por barril, enquanto o WTI derrapa 2,11% para 62,14 dólares, encaminhando-se para a primeira perda semanal em três semanas, segundo a Reuters.
As reservas norte-americanas de crude aumentaram 2,4 milhões de barris na última semana, contrariando as previsões de descida. Ao mesmo tempo, cresce a expectativa de que a OPEP+ avance já este domingo com um novo aumento de produção, antecipando em mais de um ano a reversão parcial dos cortes de 1,65 milhões de barris por dia. “Se os oito países da OPEP+ chegarem a acordo para subir a produção, isso colocará uma pressão significativa nos preços”, referiram analistas do Commerzbank, citados pela Reuters.
Apesar da pressão de oferta, riscos geopolíticos continuam a dar algum suporte às cotações. O presidente norte-americano, Donald Trump, insiste que os líderes europeus deixem de comprar petróleo russo, o que poderia reduzir exportações de Moscovo e elevar novamente os preços.
Ouro renova máximos com dados mais fracos do mercado laboral dos EUA
O ouro volta a renovar máximos históricos esta sexta-feira, impulsionado por dados mais fracos do mercado laboral norte-americano, que reforçaram as expectativas de um corte nas taxas de juro da Reserva Federal ainda este mês. O metal amarelo avança 1,33% para 3.593,16 dólares por onça, depois de já ter tocado nos 3.582,71 dólares, segundo a Reuters. Nos contratos de futuros de dezembro, o metal sobe 0,9% para 3.637 dólares.
A publicação dos dados do emprego dos EUA demonstra um abrandamento acentuado da criação de postos de trabalho em agosto e uma subida da taxa de desemprego para 4,3%. Estes sinais de enfraquecimento da economia norte-americana “selaram o caso para um corte de juros pela Fed”, o que, de acordo com a Reuters, deu novo fôlego ao ouro.
Entre os outros metais preciosos, a prata ganha 1,54% para 42,06 dólares, acumulando a terceira semana consecutiva de valorização, enquanto a platina avança 1,64% para 1.399,64 dólares.
Wall Street acelera com mercado laboral estagnado. Broadcom dispara 12%
Os principais índices norte-americanos arrancaram a derradeira sessão da semana no verde, com o S&P 500 a renovar máximos históricos, depois de o mais recente relatório da criação de emprego nos EUA ter apontado para um mercado laboral em rápido arrefecimento. Os dados estão a alimentar as expectativas em torno de um alívio nas taxas de juro nas próximas reuniões, com alguns investidores a considerarem agora um corte “jumbo” em setembro por parte da Reserva Federal (Fed).
No mês passado, foram criados apenas 22 mil postos de trabalho nos EUA – um valor bastante inferior ao de julho, quando foram adicionados 79 mil, e muito abaixo das expectativas dos analistas, que apontavam para 75 mil. A taxa de desemprego continua em ascensão, tendo alcançado os 4,3%.
Neste contexto, o S&P 500 arrancou a sessão com ganhos de 0,42% para 6.529,34 pontos, tendo chegado a atingir um novo máximo nos 6.532,45 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite acelera 0,70% para 21.859,30 pontos. Por sua vez, o industrial Dow Jones segue a mesma tendência e avança, a esta hora, 0,17% para 45.698,69 pontos.
“[Estes dados] mostram que o mercado de trabalho está estagnado a tal ponto que podemos começar a assistir a uma retração no emprego nos próximos meses - e isto deve-se muito à incerteza em torno das tarifas” da administração Trump, explica Peter Cardillo, economista-chefe da Spartan Capital Securities, à Reuters. “Isto talvez levante algumas especulações de que a Fed poderá reduzir [as taxas de juro] em 50 pontos base” na próxima reunião, adiciona.
Além do aumento das expectativas em torno de uma flexibilização da política monetária, as ações tecnológicas estão ainda a receber impulso do bom desempenho em bolsa da Broadcom. A empresa dispara 12,72% para 345,04 dólares, depois de ter apresentado um “guidance” para o quatro trimestre bastante superior às expectativas dos analistas e ter previsto um crescimento “significativo” nas receitas com inteligência artificial para 2026.
A Broadcom está ainda próxima de assinar um acordo com a OpenAI para o fabrico de um “chip” próprio para a dona do ChatGPT. O projeto, que está a ser conduzido em sigilo, não prevê a comercialização do chip no curto prazo, já que este será utilizado exclusivamente para as operações internas da empresa.
Já a Tesla avança 4,17% para 352,66 dólares, numa altura em que a empresa está a propor um pacote salarial avaliado em um bilião de dólares a Elon Musk para assegurar a liderança por parte do magnata nos próximos dez anos. A compensação será faseada e está dependente de objetivos – mas pode vir a enfrentar problemas judiciais, tal como a proposta em 2018.
Euribor desce a três, seis meses e 12 meses
As taxas Euribor desceram hoje nos prazos de três, seis e 12 meses face a quinta-feira.
A taxa a três meses baixou 0,025 pontos para 2,053%, o que compara com 2,078% na véspera, mantendo-se abaixo das taxas a seis (2,100%) e a 12 meses (2,178%).
A taxa Euribor a seis meses, que em janeiro do ano passado passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje 0,003 pontos, para 2,100%, contra 2,103% na sessão anterior.
No caso da Euribor a 12 meses, por sua vez, recuou 0,012 pontos face a quinta-feira, para 2,178%.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,96% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses acumulavam, respetivamente, 32,09% e 25,51%, respetivamente.
Em agosto, a Euribor a três meses atingiu uma média de 2,021%, a seis meses de 2,084% e a 12 meses 2,114%, contra, respetivamente, 1,986%, 2,055% e 2,079% em julho.
Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa divide-se entre ganhos e perdas. Hexagon dispara 7%
As principais praças europeias arrancaram a derradeira sessão da semana divididas entre ganhos e perdas, num dia em que todas as atenções estão viradas para o outro lado do Atlântico. Esta sexta-feira, vão ser conhecidos os dados da criação de emprego relativos a agosto, que devem continuar a apontar para um mercado laboral em arrefecimento - a prova final que os investidores precisam para apostarem tudo num corte nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana já este mês.
“As ações ficam sempre animadas com a perspectiva de taxas [de juro] mais baixas, mas, se os mercados começarem a preocupar-se com a inflação, isso será um fator de pressão para as ações”, explica Frederique Carrier, diretora de estratégia de investimento da RBC Wealth Management, à Reuters.
A esta hora, o Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, avança uns ligeiros 0,15% para 550,93 pontos, com o setor tecnológico a dar gás ao índice. O "benchmark" deve terminar a semana com um saldo marginalmente positivo, depois de ter vivido várias sessões marcadas por grande volatlidade - principalmente no arranque da semana, quando um "sell-off" no mercado da dívida pressionou as ações globais.
O setor tecnológico está a beneficiar dos ganhos da Hexagon, que dispara 7,26% para 110 coroas suecas, depois de a empresa ter anunciado que vai vender a sua unidade de design e engenharia à Cadence Design Systems por 2,7 mil milhões de euros. Também a ASML está a dar gás ao setor, ao avançar 2,13% para 661,40 euros, depois de o UBS ter revisto em alta as previsões para a tecnológica.
Por sua vez, a Orsted valoriza 0,60% para 200,20 para coroas dinamarquesas, isto apesar de a empresa dinamarquesa ter revisto em baixa as suas perspetivas de lucro para o resto do ano, citando uma menor produção de energia eólica.
Nos resultados por praça, o alemão DAX soma 0,14%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,05%, o britânico FTSE 100 cresce 0,08%, enquanto o neerlandês AEX soma 1,34%. Já o francês CAC-40 cai 0,03% - ainda pressionado pela instabilidade política no país - e o espanhol IBEX 35 recua 0,01%.
Juros das dívidas europeias recuam, Alemanha pressionada por dados industriais
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar nesta sexta-feira, num dia marcado por indicadores económicos na Alemanha, pela iminente crise política em França e com os investidores ainda de olho nos dados económicos sobre o emprego nos EUA que vão ser revelados durante o dia.
As obrigações alemãs a dez anos, tidas como referência para o contexto europeu, estão a descer 0,6 pontos-base para uma taxa de 2,710%. Este acaba por ser o recuo mais tímido entre os países da Zona Euro, isto porque já nesta sexta-feira foi revelado que as encomendas industriais à Alemanha reduziram 2,9% em julho em comparação com junho. Este é já o terceiro recuo seguido das encomendas industriais e o maior recuo desde o início do ano, o que está a penalizar o interesse dos investidores pela dívida alemã.
Já em França, o recuo dos juros da dívida é também tímido, de 0,8 pontos-base para uma taxa de 4,705%. O país está prestes a entrar numa crise política e nem mesmo a tentativa do Presidente Emmanuel Macron para evitar novas eleições parece ter sossegado os mercados.
Em Itália a descida dos juros da dívida é de 1,8 pontos-base para 3,525% de rendibilidade.
A "yield" das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos caem 1,5 pontos para 3,118%. Espanha acompanha a tendência, com os juros da dívida a 10 anos a recuarem 1,3 pontos-base para 3,288%.
No Reino Unido, a rendibilidade das obrigações situa-se nos 4,705%, uma descida de 1,3 pontos-base. Nos EUA, as obrigações seguem com um ligeiro agravamento de 0,4 pontos-base para 4,164%.
Dólar perde fôlego antes dos dados do emprego nos EUA
O dólar está a enfraquecer esta sexta-feira, com o Dollar Index Spot a recuar 0,25% para 98,09 pontos, à medida que as atenções se concentram no relatório do mercado laboral norte-americano, considerado determinante para confirmar as apostas num corte das taxas de juro pela Reserva Federal ainda este mês.
Segundo a Reuters, o dólar “reduziu os ganhos da semana à medida que os mercados obrigacionistas estabilizaram e os investidores aguardam os dados de emprego nos EUA”. O enfraquecimento da moeda norte-americana ocorre num contexto de quedas generalizadas nas “yields”, com os juros das “Treasuries” a voltarem aos níveis mais baixos desde maio.
No mercado cambial, o euro valoriza 0,23% para 1,1676 dólares, enquanto a libra sobe 0,21% para 1,3462 dólares. A nota verde recua 0,18% face ao iene para 148,23 ienes e cede frente ao franco suíço, com queda de 0,25% para 0,8036.
O relatório de emprego de agosto nos EUA será divulgado durante a tarde e poderá, segundo Joseph Capurso, economista do Commonwealth Bank of Australia, “ficar aquém das expectativas e pesar sobre o dólar”, citado pela Reuters.
Ouro perto de máximos históricos em dia de dados do emprego nos EUA
O ouro mantém-se esta sexta-feira próximo de máximos históricos, com os investidores atentos ao relatório de emprego nos EUA, que poderá reforçar as apostas num corte das taxas de juro pela Reserva Federal ainda este mês. A esta hora, o metal precioso valoriza 0,23%, para 3.554,11 dólares por onça, acumulando ganhos semanais próximos de 3%, o melhor desempenho em três meses.
O movimento acompanha a crescente convicção dos mercados de que a Fed avançará com uma redução de 25 pontos-base na reunião de 17 de setembro, após sucessivos sinais de arrefecimento do mercado laboral norte-americano. “A dinâmica continua a favorecer o ouro, com cortes nas taxas provavelmente no horizonte e tensões geopolíticas persistentes”, afirmou Tim Waterer, analista da KCM Trade, citado pela Reuters.
Na quarta-feira, o ouro atingiu o recorde de 3.578,51 dólares por onça, impulsionado pela queda nas ofertas de emprego nos EUA, que levou os investidores a quase descontarem totalmente uma descida nas taxas, sublinha a Bloomberg. A procura por ativos de refúgio, alimentada pelas dúvidas em torno da independência da Fed face às pressões políticas de Donald Trump, tem também sustentado o metal, que já valorizou mais de um terço desde o início do ano.
A Bloomberg acrescenta que, caso a autonomia do banco central fosse comprometida, o ouro poderia escalar até perto dos 5.000 dólares por onça, segundo projeções do Goldman Sachs.
Entre os outros metais preciosos, a prata sobe 0,32%, para 41,55 dólares, acumulando mais de 40% de ganhos desde janeiro, apoiada pela forte procura industrial. O platina avança 0,53%, para 1.384,35 dólares.
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