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Sintomas ligeiros de Trump dão fôlego à Europa. Petróleo afunda e juros italianos rondam mínimos históricos

Acompanhe aqui o dia nos mercados.

bolsas operadores
bolsas operadores Andy Rain/EPA
02 de Outubro de 2020 às 17:20
Futuros descem na Europa e EUA

Os futuros das ações da Europa e Estados Unidos estão em queda esta sexta-feira, prolongando o pessimismo da sessão asiática, depois de o presidente Donald Trump ter anunciado que tanto ele como a sua mulher Melania Trump testaram positivo para a covid-19.

Ambos fizeram o teste depois de a conselheira de Trump, Hope Hicks, ter recebido um resultado positivo no teste ao coronavírus.

Os futuros do Nasdaq estão a descer 2%, o dólar a cair e o petróleo a prolongar as perdas.

"É um grande choque - estes são eventos completamente exógenos", disse David Page, diretor de macroeconomia da AXA Investment Managers, à Bloomberg TV. "É bastante natural ver um pouco de aversão ao risco".

No Japão, as ações eliminaram os ganhos iniciais e caíram cerca de 1% depois de as negociações na Bolsa de Tóquio terem sido retomadas após os problemas de quinta-feira. Os mercados na China, Hong Kong, Taiwan, Índia e Coreia do Sul estão fechados devido a feriados.

Ações europeias penalizadas pela notícia da infeção de Trump

As bolsas europeias estão a negociar em queda nesta última sessão da semana, depois de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ter dito que está infetado com coronavírus, anunciando um período de quarenta com a primeira-dama, Melania Trump, também ela infetada.

Por esta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx 600, assume uma queda de 0,87% para os 358,67 pontos, com as praças europeias a desvalorizarem entre 0,4% em Amesterdão e 1,15% em Frankfurt.

O anúncio de Trump, feito através do seu Twitter, acontece a meio da corrida às eleições presidenciais norte-americanas, com o próximo debate presidencial a decorrer daqui a 13 dias.

"Toda esta incerteza em torno da infeção de Trump está a passar nos mercados dos EUA. Agora levantam-se muitas questões sobre como a corrida presidencial irá prosseguir, mas apenas o tempo dirá como os eleitores reagem às notícias", diz Stephanie Kelly, analista da ASI, numa nota.

Jeffrey Halley, analista da OANDA, refere o "potencial impacto negativo para os mercados" desta notícia, que "pode muito bem interromper quaisquer negociações que estejam a decorrer sobre o novo pacte orçamental, por exemplo".

Isto depois de ter sido aprovado na Câmara dos Representantes, com maioria Democrata, o apoio de 2,2 biliões de dólares à economia do país, apesar da rejeição do Partido Republicano. Agora, não se espera que passe no crivo do Senado, que tem maioria republicana.

Jeffrey Halley, analista da OANDA, refere o "potencial impacto negativo para os mercados" desta notícia, que "pode muito bem interromper quaisquer negociações que estejam a decorrer sobre o novo pacte orçamental, por exemplo".

Petróleo afunda mais de 2% após Trump anunciar que está infetado
Petróleo afunda mais de 2% após Trump anunciar que está infetado

Os preços do petróleo alargaram as quedas depois do anúncio, com os dois ativos a perderem mais de 2%, numa altura em que a procura pela matéria-prima continua a pesar na negociação.

O Brent - negociado em Londres e que serve de referência para Portugal - desvaloriza 2,47% para os 39,92 dólares por barril, e o WTI (West Texas Intermediate) cai 2,53% para os 37,74 dólares por barril. 

Antes das notícias, o preço dos dois ativos estava já negativo, uma vez que não se espera que o pacote orçamental dos Estados Unidos seja anunciado antes das eleições marcadas para 3 de novembro. 

O lado sanitário continua a ser um entrave para a prestação do petróleo, uma vez que a procura continua a ser sucessivamente ameaçada pela propagação do coronavírus em todo o mundo, com o medo de que novos confinamentos possam decretar uma forte diminuição no consumo de petróleo. 

Juros da Zona Euro beneficiam com alergia ao risco

Os juros da dívida dos países da Zona Euro estão a negociar em queda, revertendo a tendência das últimas duas sessões, num dia em que os investidores estão a fugir dos ativos considerados mais arriscados como é o caso do mercado de ações e a refugiar-se no mercado da dívida, tradicionalmente mais seguro.

Assim sendo, os juros da referência para o bloco - a Alemanha - caem 0,2 pontos base para os -0,539%, enquanto que os de Itália perdem 0,7% para os 0,815%.

Por cá, a "yield" de Portugal a dez anos cai 0,7 pontos base para os 0,233% e a de Espanha perde 0,9 pontos base para os 0,218%.

Ouro serve de refúgio para os investidores e avança

O preço do metal precioso está a ganhar força na sessão desta sexta-feira, num dia em que os investidores estão à procura de ativos considerados mais seguros para se refugiar.

É o caso do ouro, que aproveita para valorizar 0,26% para os 1.910,93 dólares por onça.

Euro cai antes de possível deflação na região

A prestação do euro está a ser impactada pela negativa pela divulgação dos dados referentes à inflação na Zona Euro, onde se prevê deflação para o mês de setembro.

"A inflação de setembro da Zona Euro aponta para uma dinâmica fraca nos preços (...) mantendo vivas as expectativas de baixas taxas de juro", pode ler-se numa nota matinal do ING, que adianta que o euro deverá cair para o patamar dos 1.1700 dólares ainda hoje.

Por esta altura, a moeda única da União Europeia deprecia 0,23% para os 1,1721 dólares.

Wall Street cai com notícia de que Trump tem covid-19
Wall Street cai com notícia de que Trump tem covid-19

As bolsas do outro lado do Atlântico abriram em baixa, pressionadas pelo anúncio de que o presidente norte-americano testou positivo para a covid-19.

 

O Dow Jones segue a ceder 0,57% para 27.659,16 pontos e o Standard & Poor’s 500 recua 0,88% para 3.350,91 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 1,36% para 11.172,75 pontos.

 

O último relatório do emprego antes das eleições deveria ser a grande notícia desta sexta-feira, mas o anúncio de que o presidente Donald Trump e a primeira-dama Melania contraíram o novo coronavírus mudou tudo, sublinha a CNN Business.

 

O tweet de Trump a dar a notícia contribuiu para a queda das bolsas a nível mundial, já que trouxe mais uma dose de incerteza para o mercado.

 

Os investidores estão a tentar perceber o que significa o diagnóstico de Trump para as eleições presidenciais de 3 de novembro e para a possibilidade de haver ou não mais estímulos económicos por parte de Washington.

 

O governo dos EUA anunciou esta manhã que houve mais 661.000 contratações em setembro, numa altura em que a economia recupera lentamente do pico da pandemia registado na primavera. No entanto, os economistas esperavam mais empregos.

 

Já a taxa de desemprego caiu para 7,9%, contra 8,4% em agosto, quando a expectativa dos inquiridos pela CNN era de 8,2%.

Petróleo afunda mais de 5%  

O petróleo volta a cair em força, numa semana que se adivinha de largas perdas, terminando com uma nota de forte incerteza, decorrente de o presidente Donald Trump ter confirmado que contraiu covid-19.

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, está a desvalorizar 4,37% para os 39,14 dólares, tendo atingido um mínimo de junho durante a sessão. O norte-americano West Texas Intermediate cai 4,44% para os 37 dólares, mas já ultrapassaram ambos a fasquia dos 5% nas quedas.

Com os casos de coronavírus a voltarem a disparar um pouco por todo o mundo e agora com o resultado positivo de Trump para a doença, "não há muito a que se agarrar no curto prazo", defendem os analistas do Standard Chartered, citados pela Bloomberg.

Ouro recua com valorização do dólar

O metal amarelo inverteu para a baixa, penalizado pela valorização da nota verde.

 

O ouro a pronto (spot) segue a perder 0,33% para 1.898,76 dólares por onça no mercado londrino.

 

No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro ganham 0,51% para 1.898,60 dólares por onça.

 

A valorização do dólar está a contribuir para uma menor aposta no metal precioso, uma vez que é denominado na moeda norte-americana e fica menos atrativo como investimento alternativo.

 

Durante a manhã, o ouro ganhou terreno devido à notícia de que o presidente norte-americano testou positivo para a covid-19, mas o dólar acabou por ser um valor-refúgio mais procurado, especialmente depois de se ter sabido que Donald Trump se sente bem (assim como a primeira-dama Melania, que também contraiu o novo coronavírus).

 

Donald e Melania Trump "estão bem" e "planeiam permanecer na Casa Branca" durante o período de quarentena. Esta foi a garantia do médico do presidente dos EUA, Sean P. Conley, através de comunicado da Casa Branca citado pela CNN, em que adiantou que acredita que Trump vai continuar a exercer as suas funções sem interrupções.

Euro volta a perder fôlego

A moeda única europeia segue a ceder terreno face à nota verde, numa sessão em que o dólar vê reforçado o seu estatuto de valor-refúgio.

 

O facto de o novo pacote de estímulos orçamentais nos EUA não ter sido objeto de acordo bipartidário está a ajudar à valorização do dólar, bem como a notícia de que o presidente Donald Trump testou positivo para a covid-19.

 

O euro segue a ceder 0,32% para 1,1710 dólares.

Europa termina semana com nota positiva

As bolsas europeias terminaram esta semana otimistas, depois de ser divulgado que o presidente dos Estados Unidos testou positivo para a covid-19 mas que está apenas com sintomas ligeiros.

O índice que agrega as 600 maiores praças europeias, o Stoxx600, subiu 0,25% para os 362,69 pontos, o que permite um saldo positivo de 2,02% nos últimos cinco dias.

Madrid, Londres e Amesterdão juntaram-se no verde, tal como Paris, embora a bolsa francesa tenha ficado muito próxima da linha de água. Lisboa e Frankfurt não saíram do vermelho.

Os investidores começaram o dia pessimistas, acordando para a notícia de que Trump está infetado com covid-19. Contudo, durante a tarde o presidente divulgou que terá apenas sintomas ligeiros da doença, apesar de ser um paciente de risco, dada a idade e obesidade.

Paralelamente, a democrata Nancy Pelosi afirmou que as negociações de um novo pacote de estímulos vão continuar, sendo que o facto de Trump ter sido infetado poderá ajudar a enfatizar a gravidade da pandemia e facilitar um acordo.

Juros italianos têm segundo registo mais baixo de sempre

Os juros da dívida a dez anos em Itália terminaram com um recuo de 3,7 pontos base para os 0,782%, descendo a um mínimo de 12 de setembro. Dia 12 do mês passado ficou marcado como aquele em que os juros transalpinos tocaram o valor mais baixo de sempre. Esta sexta-feira tornou-se o dia em que a remuneração exigida pelos investidores tocou o segundo nível mais baixo, os 0,778%.

A tendência de alívio foi sentida também no resto da Europa. Em Lisboa, os juros cederam 2,6 pontos base para os 0,215%, um mínimo de novembro de 2019. Na Alemanha, que é a referência à escala europeia, desceu 0,1 pontos base para os -0,538%.

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