Europa fecha em alta com "earnings season" a todo o gás. Deutsche Bank dispara 9%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
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Europa fecha em alta com "earnings season" a todo o gás. Deutsche Bank dispara 9%
As bolsas europeias fecharam mais uma sessão em terreno positivo, após uma enchente de resultados trimestrais das grandes cotadas do bloco.
O S&P 500 subiu 0,24% para 551,55 pontos, impulsionado pelas ações do setor das telecomunicações e da banca, que ganharam 2,4% e 1,64%.
O Deutsche Bank disparou mais de 9% para máximos de uma década, depois de ter apresentado uma subida nos lucros, acima das estimativas do mercado. O Sabadell ganhou também 0,6% após ter atingido lucros recorde de 975 milhões de euros no primeiro semestre. Já o BNP Paribas ganhou 0,4% mesmo depois de ter apresentado uma queda nos lucros no semestre, ainda que tenha subido no último trimestre.
Nas telecomunicações, a BT Group também acelerou mais de 10% após resultados sólidos, enquanto o sub-índice de alimentação, bebidas e tabaco foi arrastado por um relatório pessimista da Nestlé, cujos lucros recuaram mais de 10% no primeiro semestre para 5,4 mil milhões de euros. As ações cederam 4,64%.
Além da atenção à "earnings season", os investidores reagiram ainda a mais uma decisão de política monetária por parte do Banco Central Europeu, que manteve as taxas de juro pela primeira vez em mais de um ano, deixando as taxas em 2%. Ainda assim, a presidente do banco central, Christine Lagarde, diz que agora é tempo de a entidade esperar para ver como é que as tensões comerciais com os EUA se desenrolam e se há possíveis riscos associados para o bloco.
A União Europeia e os EUA devem chegar a acordo em breve, segundo o Financial Times, e os produtos europeus que entrarem em território norte-americano deverão ser taxados a 15% - o que está a contribuir para o otimismo.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX ganhou 0,23%, o britânico FTSE 100 valorizou 0,85%, o neerlandês AEX registou ganhos de 0,57% e o espanhol IBEX 35 pulou 1,34%. Em contraciclo, o italiano FTSEMIB perdeu 0,24%, o francês CAC-40 caiu 0,41%.
Investidores vendem obrigações e Juros da dívida da Zona Euro disparam
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro subiram de forma significativa esta quinta-feira, isto depois de o Banco Central Europeu ter baixado as expectativas dos investidores de um possível corte das taxas de juro em setembro. Hoje, decidiu deixar as taxas inalteradas em 2%.
As apostas numa flexibilização em setembro caíram de 40% ontem registadas para 25% esta quinta-feira, segundo dados da Bloomberg.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 8 pontos-base, para 3,128%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 7,8 pontos, para 3,304%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu 7,9 pontos-base para 3,376%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 6,3 pontos para 2,699%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas, também a dez anos, contrariaram a tendência e caíram 1,2 pontos-base para 4,620%, depois de os dados terem mostrado uma desaceleração no setor privado no Reino Unido, aumentando a possibilidade que o Banco de Inglaterra possa reduzir as taxas de juros no próximo mês.
Euro desce contra o dólar após decisão do BCE
O euro está a perder terreno face ao dólar, uma vez que os investidores recuaram nas apostas sobre futuros cortes nas taxas de juro pelo Banco Central Europeu, depois de o banco central ter mantido as taxas inalteradas em 2% esta quinta-feira, a primeira vez em mais de um ano. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o banco central está agora em modo de "esperar para ver".
"O pico da postura 'dovish' do BCE ficou para trás", disse Camilleri, analista da Manulife Investment Management, à Bloomberg. Caso haja outro corte até ao final do ano, a analista diz que será mais pelos acordos comerciais do que pela inflação no bloco.
A moeda única chegou a subir face ao dólar logo após o anúncio de Lagarde, mas está agora a perder 0,05% para 1,1767 dólares. Face à divisa nipónica avança 0,17% para 172,76 ienes e 0,46% para 0,8710 libras.
O índice do dólar, que mede a força da nota verde face às restantes divisas, ganha 0,19% para 97,39 pontos. A moeda norte-americana ganhou impulso após os dados dos pedidos de subsídio de desemprego no bloco, que foram abaixo do esperado pelo mercado.
Na próxima semana é a vez da Reserva Federal se reunir para mais uma decisão de política monetária. "A recuperação do dólar será limitada, em parte porque a perspetiva de esperar para ver da Fed é ofuscada pela pressão política para baixar a taxa de juros", disse Elias Haddad, estratega da Brown Brothers Harriman, à Bloomberg. É esperada ainda uma visita do Presidente dos EUA, Donald Trump, ao banco central.
Petróleo em alta com otimismo comercial e queda nos inventários nos EUA
Os preços do petróleo seguem a valorizar esta quinta-feira, impulsionados por sinais positivos nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia, bem como por uma redução inesperadamente acentuada nos inventários norte-americanos de crude.
O Brent, referência para o mercado europeu, sobe 0,57% para 68,90 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, avança 0,78% para 65,76 dólares.
“O recuo nos inventários de crude dos EUA e o progresso nas negociações comerciais estão a dar suporte aos preços”, explicou Janiv Shah, analista da Rystad, à Reuters.
De acordo com dados divulgados pela Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA), os stocks de petróleo caíram 3,2 milhões de barris na última semana, para um total de 419 milhões. A queda superou largamente a expectativa dos analistas, que apontavam para uma diminuição de apenas 1,6 milhões de barris.
A contribuir para a tendência positiva está também a suspensão das exportações de crude do Azerbaijão a partir do porto turco de Ceyhan, onde foram detetados níveis elevados de cloretos em alguns tanques. A BP informou que o carregamento continua em tanques cujos níveis se mantêm dentro dos parâmetros normais e que o funcionamento do oleoduto BTC permanece ativo.
Além disso, um breve bloqueio nas operações de carregamento nos principais portos russos do Mar Negro também deu suporte adicional às cotações, ainda que essa interrupção já tenha sido resolvida.
Apesar do otimismo momentâneo, analistas alertam para potenciais travões à subida dos preços. “A incerteza em torno das conversações entre os EUA e a China, bem como as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, limitam os ganhos adicionais”, afirmou Hiroyuki Kikukawa, estratega-chefe da Nissan Securities Investment. O especialista antevê que o WTI deverá manter-se num intervalo entre os 60 e os 70 dólares.
As atenções voltam-se agora para os dados da procura, numa altura de pico sazonal. “Qualquer surpresa positiva ou negativa nesse campo terá impacto direto nas margens de refinação”, concluiu Janiv Shah.
Ouro continua a cair com alívio de tensões comerciais
Os preços do ouro estendem as quedas registadas na sessão anterior, enquanto os acordos comerciais dos EUA com os principais parceiros continuam a afastar o apetite dos investidores por ativos seguros, como o metal amarelo.
Após ter perdido 1,3% na sessão anterior devido à notícia do Financial Times que um pacto entre os EUA e a União Europeia poderá estar cada vez mais próximo, o metal amarelo cede esta tarde 0,48% para 3.371 dólares por onça.
A travar maiores quedas esta quinta-feira estão as mais recentes afirmações de Donald Trump. O Presidente dos EUA ameaçou impor tarifas entre os 15% e 50% a produtos importados de alguns países, como a Índia e a Coreia do Sul, que ainda tentam chegar a acordo com a maior economia do mundo.
O mercado estará atento às negociações entre Washington e Pequim - sendo a China o maior consumidor de metais -, que arrancam este fim de semana em Estocolmo. Além disso, Donald Trump vai visitar, de forma inesperada, a Reserva Federal. A notícia, confirmada pela Casa Branca, adicionou uma camada de incerteza às perspetivas políticas, já que ocorre depois de repetidas críticas de Trump ao presidente da Fed, Jerome Powell, por não cortar os juros de forma mais agressiva. O banco central reúne na próxima semana para mais uma decisão de política monetária e a expectativa é que mantenha os juros inalterados.
"Uma potencial interferência na independência da Fed é favorável ao ouro a médio e longo prazo", disse Aakash Doshi, da State Street Investment Management, à Reuters.
S&P 500 e Nasdaq estendem máximos históricos. Tesla derrapa 9% após pior trimestre em 10 anos
As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão em terreno misto, numa altura em que os investidores pesam os resultados das gigantes de tecnologia Alphabet e Tesla, que esta quarta-feira apresentaram contas.
A dona da Google superou as expectativas dos analistas, com as receitas a atingirem 96,43 mil milhões de dólares, uma subida de 14% face ao trimestre homólogo, contra previsões de 93,97 mil milhões. A empresa reforça ainda o investimento em inteligência artificial, movimento que tem definido o tom do mercado. As ações sobem 2%.
Já a fabricante de Elon Musk perde quase 9%, depois de ter reportado um recuo de 12% nas receitas para 22,5 mil milhões, abaixo do apontado pelo mercado. É, aliás, a maior queda na receita em pelo menos uma década. Elon Musk disse ainda que a sua empresa iria enfrentar "tempos difíceis", já que a Administração dos EUA cortou os apoios fiscais para o incentivo à compra de elétricos. Já Trump acaba de escrever na rede social Truth Social que não quer destruir a Tesla e quer que o antigo líder do DOGE prospere.
Neste contexto, o S&P 500 sobe 0,08% para 6.371,190 pontos e o Nasdaq salta 0,26% para 21.107,83 pontos - ambos em máximos históricos. Em contracilco, o Dow Jones recua 0,64% para 44.732,72 pontos, pressionado pela queda das ações da IBM (-9%), da Honeywell (-5%) e da UnitedHealth (-2%).
O aumento do investimento da Alphabet em IA impulsionou outras ações das "sete magníficas": a Nvidia sobe 1,5%, a Apple ganha 0,2%, a Amazon salta 1,2% e a Microsoft soma 0,35%.
Até agora, 83% das empresas do S&P 500 que divulgaram resultados conseguiram superar as expectativas de lucros, de acordo com dados compilados pela Bloomberg Intelligence.
A negociação de ontem tinha já sido impulsionada pelo acordo comercial dos EUA com o Japão e um com Bruxelas cada vez mais próximo. O prazo de 1 de agosto aproxima-se e o Presidente dos EUA, Donald Trump, terá dito que não iria impor uma tarifa abaixo de 15%. As delegações dos EUA e da China também devem juntar-se em Estocolmo na próxima semana para a terceira ronda de negociações comerciais. Enquanto isso, a Casa Branca e a Coreia do Sul discutiram a criação de um fundo para investir em projetos norte-americanos como parte de um pacto comercial, semelhante ao firmado com o Japão.
Taxa Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três e a seis meses e desceu a 12 meses em relação a quarta-feira e no prazo mais curto manteve-se abaixo de 2%.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 1,948%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,037%) e a 12 meses (2,036%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 2,037%, mais 0,003 pontos que na quarta-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,32% e 25,57%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor caiu, ao ser fixada em 2,036%, menos 0,002 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou hoje, para 1,948%, mais 0,009 pontos do que na sessão anterior.
Hoje termina a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt.
Os investidores aguardam com expectativa a reunião de política monetária do BCE desta semana, que deverá manter as taxas, pelo que as atenções estarão centradas na possibilidade de a presidente da entidade, Christine Lagarde, dar alguma pista sobre os próximos passos.
Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho, em Frankfurt, o BCE desceu as taxas de juro em 0,25 pontos, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.
Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.
As médias mensais da Euribor voltaram a cair em junho nos dois prazos mais curtos, menos intensamente do que nos meses anteriores e de forma mais acentuada a três meses.
Já a 12 meses, a média mensal da Euribor manteve-se em 2,081%.
A média da Euribor em junho desceu 0,103 pontos para 1,984% a três meses e 0,066 pontos para 2,050% a seis meses.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa negoceia com ganhos na expectativa de acordo entre UE e EUA. Deutsche Bank avança mais de 6%
Os principais índices europeus negoceiam com ganhos esta manhã, à exceção de Itália, prolongando as valorizações desta quarta-feira, dia em que o Stoxx 600 registou a melhor sessão em cerca de um mês. Fortes resultados de algumas das cotadas da região, assim como sinais de que um acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos (EUA) poderá estar para breve, seguem a impulsionar o sentimento dos investidores.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – avança 0,49% para os 552,93 pontos e está agora a cerca de 2% do seu máximo histórico atingido em março.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX ganha 0,90%, o italiano FTSEMIB perde 0,30%, o francês CAC-40 soma 0,39%, o britânico FTSE 100 valoriza 0,54%, o holandês AEX regista ganhos de 0,48% e o espanhol IBEX 35 pula 1,17%.
A UE e os EUA estarão a avançar para um acordo que fixaria uma tarifa de 15% para a maioria das importações dos produtos do bloco pelos EUA. “Os mercados estão provavelmente a assumir que um acordo comercial entre os EUA e a UE não está longe e isso está a contribuir para o otimismo nos mercados”, disse à Bloomberg Geoff Yu, do BNY Mellon.
Entretanto, a época de resultados continua, com as ações do BNP Paribas (+2,75%) e do Deutsche Bank (+6,40%) a registarem avanços, depois de ambas as instituições financeiras terem superado as estimativas do mercado nas respetivas apresentações de resultados.
No plano da política monetária, esta quinta-feira o Banco Central Europeu (BCE) deverá deixar as taxas de juro inalteradas pela primeira vez em mais de um ano, enquanto aguarda por maior clareza quanto ao impacto das tarifas na inflação. "O fim da incerteza estimularia a atividade económica. O apoio adicional virá da flexibilização monetária do Banco Central Europeu e da estabilidade contínua do mercado de trabalho", explicou à Bloomberg Ulrich Urbahn, do Berenberg.
Quanto aos setores, o das telecomunicações (+1,36%) regista a maior valorização, seguido da banca (+1,20%). Por outro lado, o alimentar (-0,87%) lidera as perdas, com o imobiliário (-0,66%) a ser também pressionado.
Já entre os movimentos do mercado, a Nestlé segue a perder mais de 3%, depois de ter apresentado resultados. Entre outras métricas, a empresa registou um declínio das vendas na China. Já a multinacional britânica Reckitt segue a ganhar mais de 9%, após ter aumentado o "guidance” para o ano, dizendo que espera que as suas maiores marcas cresçam mais do que o previsto.
Juros das dívidas soberanas europeias registam fortes agravamentos
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registam fortes agravamentos em toda a linha esta manhã, em dia de reunião do Banco Central Europeu e numa altura em que os investidores aumentam as suas apostas em ativos de risco e empurram os índices de ações europeus para valorizações, na esperança de que os EUA e a UE cheguem a um acordo comercial em breve.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 4,7 pontos-base, para 3,095%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 4,2 pontos, para 3,267%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 4,5 pontos-base para 3,342%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 4,3 pontos para 2,679%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e avançam 2,1 pontos-base para 4,653%.
Euro perde para o dólar à espera do BCE e acordo comercial
O Banco Central Europeu (BCE) reúne nesta quinta-feira para decidir sobre a taxa diretora. O consenso dos analistas é que o BCE deverá fazer uma pausa na descida das taxas de juro, sobretudo numa fase em que a inflação dos países da União Europeia está estabilizada em torno do objetivo dos 2%.
Se do lado do BCE existe alguma previsibilidade sobre o desfecho da reunião, os mercados continuam com alguma incerteza face ao acordo comercial entre os EUA e a UE. As notícias mais recentes dão conta de um possível acordo em torno das tarifas de 15%.
A combinação destes elementos está a influenciar a negociação cambial na manhã desta quinta-feira. O índice do dólar americano (DXY), que compara o valor da moeda norte-americana com outras divisas, está a avançar 0,09% para 97,3010 pontos.
O euro segue a perder 0,08% para os 1,1764 dólares, estando a avançar 0,06% para 0,8675 libras esterlinas. A libra perde 0,11% para 1,3561 dólares.
Noutros pares de câmbio, o dólar está em quebra face à divisa japonesa (-0,06% para 146,43 ienes) e ganha face à suíça (0,09% para 0,7936 francos suíços). O euro recua 0,13% para 172,25 ienes.
Ouro pressionado por menor procura enquanto ativo refúgio
O ouro segue a negociar com perdas esta manhã, à medida que progressos nas conversações entre os EUA e alguns dos seus principais parceiros comerciais pressionam a procura por ativos refúgio.
O ouro perde agora 0,32%, para os 3.376,490 dólares por onça.
Entre as negociações comerciais, a União Europeia poderá estar disposta a aceitar tarifas de 15% sobre a maioria dos seus produtos destinados aos EUA. Isto seguiu-se a um acordo semelhante com o Japão, que incluiu uma promessa de investimento de 550 mil milhões de dólares por parte do país asiático na maior economia mundial.
Ainda assim, o sentimento positivo relacionado com estes acordos está a ser, em parte, contido pelas ameaças contínuas do Presidente norte-americano, Donald Trump, de impor taxas aduaneiras entre 15% e 50% a outros países, como a Coreia do Sul e a Índia, que ainda estão a tentar fechar acordos antes de as tarifas recíprocas entrarem em vigor.
Apesar das perdas registadas recentemente, o metal amarelo já subiu mais de um 25% este ano, com a incerteza comercial e os conflitos na Ucrânia, no Médio Oriente e não só a provocarem uma fuga para ativos refúgio que parece agora estar a atenuar.
Petróleo avança com negociações comerciais e queda de "stocks" de crude nos EUA
Os preços do petróleo negoceiam esta manhã com ganhos, impulsionados pelo otimismo em torno das negociações entre os EUA e alguns dos seus parceiros comerciais, mas também por um declínio mais acentuado do que o esperado nos "stocks” de petróleo bruto dos EUA.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – ganha a esta hora 0,67% para os 65,69 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar igualmente 0,60% para os 68,92 dólares por barril.
“As compras foram impulsionadas pelo otimismo de que o progresso nas negociações tarifárias com os EUA ajudaria a evitar o pior cenário possível”, disse à Reuters Hiroyuki Kikukawa, da Nissan Securities Investment. “Ainda assim, a incerteza sobre as negociações comerciais entre os EUA e a China e as negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia está a limitar novos ganhos”, acrescentou o especialista.
Do lado da oferta, dados da Administração de Informação de Energia dos EUA mostraram que as existências de petróleo bruto dos EUA caíram na semana passada em 3,2 milhões de barris, para um total de 419 milhões de barris, superando as expectativas do mercado.
Estes números sugerem que tem havido forte procura por combustíveis nos EUA, o que reduz algumas preocupações em torno da saúde da maior economia mundial.
Entretanto, as tensões geopolíticas mantêm-se em foco, depois de a Rússia e a Ucrânia se terem sentado à mesa em Istambul para discutir novas trocas de prisioneiros, embora os dois lados permaneçam distantes sobre os termos de um cessar-fogo e de uma possível reunião entre os respetivos líderes.
Nesta linha, o secretário da Energia dos EUA disse na terça-feira que considerariam a possibilidade de sancionar o petróleo russo para acabar com a guerra na Ucrânia.
Ásia fecha em alta com Topix a renovar máximos. Futuros europeus avançam
Os índices asiáticos fecharam a sessão em alta, impulsionados ainda pelo acordo comercial entre os EUA e o Japão, com os investidores a ganharem nova convicção de que a maior economia mundial poderá fechar mais acordos dentro dos próximos dias, incluindo com a União Europeia (UE). Por cá, os futuros europeus seguem a avançar 1,3%.
Os principais índices chineses terminaram a sessão com valorizações, com o Shanghai Composite a avançar 0,61% e o Hang Seng de Hong Kong a ganhar 0,60%. Pelo Japão, o Nikkei pulou 1,67% e o Topix subiu 1,81% para os 2.979,40 pontos, um novo máximo histórico.
“O acordo com o Japão e o potencial acordo de 15% com a UE vão estimular a confiança dos investidores de que os efeitos das tarifas não serão tão graves como se temia”, disse à Bloomberg Nick Twidale, da AT Global Markets.
Nesta linha, a UE e os Estados Unidos estarão a avançar para um acordo que fixaria uma tarifa de 15% para a maioria das importações dos EUA de produtos da UE, de acordo com o Financial Times. E embora os negociadores da UE estejam otimistas quanto à possibilidade de se chegar a um acordo, também estão conscientes de que qualquer entendimento terá de ser aprovado por Trump e que a sua decisão final é difícil de prever.
De resto, os investidores estarão hoje a reagir aos resultados da Alphabet, dona da Google, e da Tesla de Elon Musk, que apresentaram ontem contas após o fecho de Wall Street – a dona da Google superou as expectativas de resultados no segundo trimestre, enquanto a Tesla falhou as previsões dos analistas.
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