Europa encerra quarta sessão consecutiva no verde e em máximos de duas semanas
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.
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Europa encerra quarta sessão consecutiva no verde e em máximos de duas semanas
Os principais índices europeus encerraram a quarta sessão consecutiva em alta, impulsionados por um "outlook" económico mais positivo nos EUA e por um recuo das tensões comerciais tanto entre EUA e China como Washington e Bruxelas. Dirigindo-se aos jornalistas após um encontro com Friedrich Merz, chanceler alemão, Donald Trump revelou-se otimista em relação a um acordo com a União Europeia, apesar de continuar com a narrativa de que o bloco de 27 países tem de importar mais petróleo e gás norte-americano.
Neste contexto, o Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, avançou 0,32% para 553,64 pontos, alcançando máximos de mais de duas semanas e impulsionado pelos ganhos do setor dos serviços financeiros e ações ligadas à saúde. O principal índice europeu fechou, assim, a semana com um saldo positivo de cerca de 0,6% - a quarta semana consecutiva de ganhos.
Frankfurt foi a única praça a acabar a sessão no vermelho, desvalorizando 0,08%. Já Madrid ganhou 0,31%, Londres cresceu 0,31%, enquanto Amesterdão subiu 0,48%, Milão pulou 0,55% e Paris saltou 0,19%.
As praças da região já recuperaram inteiramente do 'sell-off' provocado pelas tarifas "recíprocas" de Trump, com o "benchmark" a valorizar mais de 9% este ano - deixando os seus pares norte-americanos bastante para trás. Várias casas de investimento continuam a ver espaço para os mercados europeus crescerem, citando os bons resultados das empresas da região e os estímulos que se antevêm para o setor da defesa.
Entre as principais movimentações de mercado, a UBS chegou a subir 6%, tendo acabado a sessão a crescer 3,80% para 27,88 dólares, depois de as autoridades suíças terem anunciado uma nova regulação referente aos requisitos de capital que obrigam o banco a manter capital adicional de 26 mil milhões em CET1. Com as regras a serem aplicadas na íntegra apenas em 2033, os analistas consideram que o UBS terá capacidade para cumprir, bem como continuar a dar dividendos e fazer recompras de ações.
Já a portuguesa Galp, que ganhou 4,33% para 15,3 dólares, registou o segundo melhor desempenho do Stoxx 600, depois de a CEO da Petrobras ter indicado que a empresa brasileira foi ultrapassada pela francesa TotalEnergies na corrida à exploração com a Galp do petróleo na Namíbia.
Juros aliviam na Zona Euro após disparo na sessão anterior
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram maioritariamente esta sexta-feira, com Portugal a destoar deste cenário. Os movimentos ligeiros desta sessão acontecem após um disparo das "yields" europeias, com o Banco Central Europeu (BCE) a sinalizar uma pausa no ciclo de alívio da política monetária.
Como explicam Jordan Rochester e Evelyne Gomez-Liechti, analistas da Mizuho, à Reuters, o 'sell-off' de quinta-feira foi uma "reação exagerada" do mercado aos sinais "hawkish" vindos do BCE. Apesar de estarem menos convencidos, os investidores continuam a ver o banco central a cortar, pelo menos, mais uma vez as taxas de juro, apontando uma nova redução para o último mês do ano.
Neste contexto, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a Zona Euro, e os juros da dívida francesa recuaram ambos 0,5 pontos base para 2,571% e 3,243%, respetivamente, enquanto a "yield" da dívida espanhola e da dívida italiana cederam 0,6 pontos para 3,149% e 2,5 pontos para 3,499%. Já em Portugal, os juros da dívida soberana avançaram 0,1 pontos para 3,041%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das "Gilts" britânicas com a mesma maturidade aumentaram 2,7 pontos base para 4,641%, enquanto os juros das "Tresuries" norte-americanas disparam 9,1 pontos 4,482%.
Novos dados económicos dão força o dólar. Euro deve fechar semana com ganhos
A recuperação que o dólar está a registar esta sexta-feira não está a ser suficiente para salvar a "nota verde" de uma semana com um saldo negativo. Apesar de o mercado laboral norte-americano estar a arrefecer, não o está a fazer ao ritmo previsto pelos analistas, o que permite à Reserva Federal (Fed) ter mais algum espaço de manobra na próxima reunião.
A esta hora, o euro perde 0,51% para 1,1387 dólares, enquanto a libra recua 0,35% para 1,3522 dólares. Por sua vez, a divisa dos EUA avança quase 1% para 144,94 ienes, numa altura em que o mercado parece estar a aliviar a aposta contra ao dólar. "Os dados do emprego foram mais fortes do que o previsto e estas boas notícias são, na realidade, más notícias, uma vez que os juros a dez anos voltaram a subir, sinalizando que o corte não vem já", explica Eugene Epstein, analista da Moneycorp, à Reuters.
O movimento do dólar face ao euro pode ainda ser explicado como um movimento de correção, depois de na sessão anterior a moeda comum europeia ter atingido uma máximos de seis semanas, impulsionada por comentários mais "hawkish" da presidente do Banco Central Europeu (BCE). Apesar de a autoridade monetária ter cortado os juros 25 pontos base - uma redução já incorporada no mercado -, Christine Lagarde sinalizou que este ciclo de alívio das taxas diretoras está prestes a chegar ao fim.
Além dos fatores já referenciados, o recuo das tensões comerciais entre os EUA e a China também está a dar alguma força à divisa norte-americana. Após uma conversa de uma hora e meia na sexta-feira, Donald Trump e Xi Jinping mostraram-se mais disponíveis para avançar com negociações e chegar a acordo em relação às suas políticas comerciais.
Alívio das tensões comerciais penaliza ouro. Prata em máximos de 13 anos
O ouro está a perder força no mercado internacional, pressionado por um recuo das tensões comerciais que retiram algum do prémio de risco sobre o metal precioso. Nem um mercado laboral norte-americano em arrefecimento - que, mesmo assim, acabou por demonstrar menos debilidade do que antecipado - está a conseguir conter as perdas da matéria-prima, numa altura em que Donald Trump renova pressões para a Reserva Federal (Fed) voltar a cortar nas taxas de juro.
O metal amarelo recua 0,79% para 3.326,28 dólares por onça, enquanto a prata avança 1,13% para 36,21 dólares por onça, renovando máximos de mais de 13 anos. Os ganhos do metal são explicados, em parte, por "um movimento especulativo provocado pela diferença de preço em relação ao ouro, com a valorização acima dos 35 dólares a amplificar o movimento", explica Giovanni Staunovo, analista da UBS, à Reuters.
Apesar do mercado laboral norte-americano estar a perder força, a magnitude da queda não está a ser suficiente para pressionar a Fed a cortar as taxas de juro já na próxima reunião. Os investidores estão a apostar que os membros do banco central devem esperar, pelo menos, por setembro para voltar a aliviar os juros, à espera de perceber os impactos das novas políticas da administração Trump - que vão desde as tarifas à imigração e isenções fiscais.
Na frente comercial, Pequim e Washginton voltaram a aproximar-se esta quinta-feira, depois de uma troca de acusações no fim de semana. Donald Trump e Xi Jinping concordaram em retomar as negociações o mais rápido possível e trocaram convites para cada líder visitar o país oposto. Também o Canadá parece dar passos em frente para resolver a disputa comercial com os EUA.
Petróleo avança mais de um dólar com impulso das negociações EUA-China
O barril de petróleo está a valorizar mais de um dólar esta sexta-feira e encaminha-se para registar a primeira semana no verde em três, numa altura em que os investidores estão bastante otimistas em relação a um recuar das tensões comerciais. Donald Trump e Xi Jinping tiveram uma conversa telefónica na quinta-feira - a primeira desde que o republicano assumiu as rédeas dos EUA - e prometeram abrir, de novo, uma janela de negociação, com convites mútuos para os líderes visitarem o país oposto.
Neste contexto, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança a esta hora 1,88% para os 64,56 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 1,56% para os 66,36 dólares por barril. No conjunto da semana, o Brent cresceu 2,75%, enquanto o WTI disparou quase 5%.
Após a conversa telefónica, que durou uma hora e meia, Trump afirmou que os EUA estão "em ótima forma com a China e prontos para alcançar um acordo" comercial. Esta sexta-feira, também a ministra canadiana da Indústria revelou que o primeiro-ministro do país tem estado em contacto direto com o Presidente norte-americano, sinalizando uma possível "trégua" entre as duas potências.
O petróleo está ainda a beneficiar de "um possível aumento das sanções dos EUA ao crude venezuelano e de um possível ataque de Israel às infraestruturas iranianas", como explicam os analistas da BMI, numa nota acedida pela Reuters. No entanto, é expectável que estas valorizações sejam de curto prazo, uma vez que "a procura em queda e o aumento da produção por parte da OPEP+ vão pressionar os preços nos próximos trimestres".
Wall Street em alta com impulso do mercado laboral. Tesla recupera após pior sessão em quatro anos
Os principais índices norte-americanos arrancaram a derradeira sessão da semana em alta, impulsionados por um mercado laboral mais resiliente do que antecipado. Apesar de uma desaceleração do emprego dar mais argumentos para a Reserva Federal (Fed) cortar nas taxas de juro, os investidores estão receosos com a vitalidade da economia norte-americana, numa altura em que a política comercial de Trump continua a assombrar os mercados.
Novos dados revelam que, em maio, os EUA criaram 139 mil postos de trabalho, um valor que fica ligeiramente acima das expectativas dos analistas, que apontavam para apenas 130 mil, mas bastante abaixo dos 177 mil criados em abril. "As coisas estão a desacelerar, mas não estão a colapsar - e isso são boas notícias. Ainda não estamos a ver uma séria degradação do mercado laboral", explica Art Hogan, estratega de mercados da B Riley Wealth, à Reuters.
Neste contexto, o S&P 500 acelera 1,23% para 6.012,95 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cresce 1,39% para 42.907,31 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite avança 1,42% para 19.573,02 pontos. Na sessão passada, Wall Street foi penalizada pela troca de acusações entre Elon Musk, CEO da Tesla e antigo consultor do Presidente dos EUA, e Donald Trump, que atirou a fabricante de veículos elétricos para a pior sessão em quatro anos.
As ações da Tesla chegaram a tombar mais de 17%, tendo encerrado com uma queda de 14,2%, nos 284,90 dólares, o que retirou o estatuto de "billion dollar baby" à empresa, ao perder cerca de 150 mil milhões em capitalização bolsista. Esta sexta-feira, a Tesla ensaia uma recuperação parcial, ao valorizar 4,91% para 298,67 dólares, apesar de Trump e Musk continuarem em rota de colisão.
Entre as principais movimentações, a Broadcom - conhecida por ser a "oitava magnífica - cede 2,40% para 253,70 dólares, apesar de até ter registado um aumento homólogo dos lucros de 44% para 7,8 mil milhões de dólares no seu segundo trimestre fiscal. No entanto, os investidores ficaram desiludidos com as previsões para o terceiro trimestre da empresa, que foram ligeiramente menos otimistas do que o consenso dos analistas.
Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses
A Euribor subiu hoje a três meses, invertendo, assim, a tendência das últimas 10 sessões, mas desceu a seis e a 12 meses.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 1,959%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,036%) e a 12 meses (2,041%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu hoje, ao ser fixada em 2,036%, menos 0,010 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou, ao ser fixada em 2,041%, menos 0,003 pontos do que na quinta-feira.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2% desde 30 de maio passado, inverteu hoje a tendência das últimas 10 sessões e subiu para 1,959%, mais 0,005 pontos.
Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).
A média da Euribor em maio desceu 0,150 pontos para 2,099% a três meses, 0,082 pontos para 2,120% a seis meses e 0,062 pontos para 2,091% a 12 meses.
O Banco Central Europeu (BCE) reuniu-se na quinta-feira em Frankfurt, Alemanha, e desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.
Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.
A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa negoceia sem rumo definido. Negociações entre EUA e China em foco
Os principais índices europeus negoceiam sem tendência definida, com os investidores a procurarem novos catalisadores nas negociações comerciais entre os EUA e a China, enquanto aguardam pelo relatório sobre o emprego nos EUA.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – avança 0,03%, para os 552,05 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX cai 0,24%, o britânico FTSE 100 sobe 0,15%, o espanhol IBEX 35 ganha 0,09%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,35%, o holandês AEX cede 0,19% e o francês CAC-40 regista perdas de 0,13%.
Os índices europeus já recuperaram dos mínimos de abril, depois de Donald Trump, Presidente norte-americano, ter decidido suspender algumas tarifas, com o Stoxx 600 a subir 8,7% no conjunto do ano até agora.
Os investidores mantêm-se atentos às últimas negociações entre Pequim e Washington, com os presidentes de ambas as potências a concordarem prosseguir as conversações comerciais para resolver os desentendimentos sobre os direitos aduaneiros.
“As perspetivas são melhores, mas, ao mesmo tempo, também temos agora um quadro de avaliação, o que significa que temos de ser mais seletivos em termos das empresas europeias em que queremos investir”, disse à Bloomberg Martin Frandsen, gestor na Principal Asset Management.
Já o relatório sobre os pedidos de subsídio de desemprego dos EUA poderá fornecer pistas sobre se a Reserva Federal norte-americana conseguirá satisfazer as expectativas do mercado de mais dois cortes nas taxas de juro este ano.
Também no plano da política monetária, os investidores focar-se-ão na evolução da política do Banco Central Europeu, depois de os comentários de Christine Lagarde, presidente da autoridade monetária, terem ontem sinalizado que a flexibilização das taxas diretoras poderá estar a chegar ao fim.
Entre os setores, o da saúde regista a esta hora a maior valorização (+0,68%), seguido das “utilities” (água, luz, gás) (+0,33%). Por outro lado, o setor dos recursos naturais perde a esta hora (-0,97%), assim como os bens e serviços (-0,37%).
Entre os movimentos do mercado, a Adidas cede em torno de 1%, assim como a Puma, depois de a empresa norte-americana do setor do vestuário desportivo Lululemon Athletica ter registado mais um trimestre dececionante e ter reduzido o "guidance".
Juros das dívidas soberanas europeias com alívios em toda a linha
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro seguem a registar fortes alívios em toda a linha, numa altura em que a maioria dos principais índices europeus registam perdas, enquanto se aguarda a divulgação de dados sobre a evolução do PIB na Zona Euro.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviam 3,4 pontos-base, para 3,005%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento cai 3,8 pontos para 3,117%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresce 3,5 pontos-base para 3,212%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviam 3,7 pontos para 2,539%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência, ainda que de forma menos expressiva, e cedem 1,6 pontos-base para 4,598%.
Euro cede influenciado por tom "hawkish" do BCE. Dólar valoriza
O dólar segue a caminho de uma perda semanal, apesar de estar a registar avanços a esta hora, prejudicado por sinais de fragilidade na economia dos EUA e pela falta de progresso nas negociações entre Washington e os seus parceiros comerciais.
O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – sobe esta hora 0,17% para os 98,906 pontos.
A atenção vira-se agora para os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA, conhecidos esta sexta-feira, que atrairão um maior escrutínio por parte dos “traders” após uma série de dados económicos mais fracos do que o esperado esta semana, sublinhando a incerteza gerada pelas tarifas de Donald Trump.
O iene japonês segue a ceder face ao dólar, numa altura em que a “nota verde” avança 0,27% para os 143,920 ienes.
Por cá, o euro segue com perdas, na sequência de comentários “hawkish” do Banco Central Europeu (BCE) na conclusão da sua reunião de política monetária durante a tarde de ontem, com os mercados a apontarem para mais um corte nas taxas este ano, em setembro, o que baixará a taxa de depósito para 1,75%.
A “moeda única” cede 0,19% para 1,142 dólares, enquanto a libra perde 0,21% para os 1,354 dólares.
Isto depois de a maioria das divisas ter subido em relação ao dólar na quinta-feira, após conhecidas as notícias de que Trump e o Presidente chinês Xi Jinping falaram numa conversa telefónica que durou mais de uma hora.
Ouro valoriza com atenção virada para dados económicos dos EUA
O ouro segue a registar ganhos esta manhã, com uma série de dados económicos mais fracos vindos dos EUA a pesarem sobre o otimismo inicial quanto ao telefonema do Presidente dos EUA, Donald Trump, com seu homólogo chinês Xi Jinping, enquanto os "traders" aguardam pela divulgação dos pedidos iniciais de subsídio de desemprego norte-americanos.
O ouro avança esta manhã 0,26%, para os 3.361,350 dólares por onça.
“Parte do entusiasmo inicial (...) após a chamada Trump-Xi começou a desgastar-se, o que permitiu que o ouro subisse mais”, explica à Reuters Tim Waterer, da KCM Trade.
Economistas consultados pela Reuters preveem que os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA aumentaram em 130 mil postos de trabalho em maio, enquanto a taxa de desemprego deverá manter-se estável nos 4,2%.
Os decisores de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana indicaram que a inflação continua a ser uma preocupação maior do que o arrefecimento do mercado de trabalho, o que sugere que a Fed deverá manter inalteradas as taxas diretoras por um período prolongado. O ouro, visto como um ativo refúgio, tende a ter um bom desempenho durante a incerteza económica e em ambientes de taxas de juro mais baixas.
Petróleo regista quedas, mas principais índices caminham para semana de ganhos
Os preços do petróleo seguem em queda esta sexta-feira, mas continuam a caminho do primeiro ganho semanal em três semanas, depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês Xi Jinping terem retomado as negociações comerciais, aumentando as esperanças de uma maior procura por crude nas duas maiores economias do mundo.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – cai a esta hora 0,74% para os 62,90 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,63% para os 64,93 dólares por barril.
No conjunto da semana, o Brent já avançou 2,1%, enquanto o WTI negoceia 4% mais alto.
No plano comercial, a agência de notícias chinesa Xinhua disse que as negociações comerciais entre Xi e Trump ocorreram a pedido de Washington. Trump disse que a chamada com o seu homólogo chinês teve uma “conclusão muito positiva”, acrescentando que os EUA estavam “em muito boa forma com a China e o acordo comercial”.
O mercado petrolífero continua a oscilar com notícias sobre as negociações tarifárias e dados que mostram como a incerteza comercial e o impacto das tarifas americanas estão a repercutir-se na economia global.
Além disso, como explicaram à Reuters analistas da BMI, "o potencial de aumento das sanções dos EUA na Venezuela para limitar as exportações de crude e o potencial ataque israelita a infraestruturas iranianas aumentam os riscos de subida dos preços". "Mas tanto a procura mais fraca de petróleo como o aumento da produção, tanto dos produtores da OPEP+ como dos não-OPEP, irão aumentar as pressões descendentes sobre os preços nos próximos trimestres", acrescentaram.
Conversa entre Trump e Xi divide índices asiáticos. Futuros europeus cedem
Os principais índices asiáticos terminaram a sessão entre ganhos e perdas, com os investidores à procura de rumo, depois de as conversações entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping não terem conseguido elevar o sentimento dos investidores, que agora se focam nos dados sobre o emprego nos EUA, mais especificamente, os pedidos de subsídio de desemprego. Os futuros europeus apontam para uma queda de 0,2% a esta hora.
Pela China, o Hang Seng de Hong Kong fechou com perdas de 0,24%. Já o Shanghai Composite manteve-se praticamente inalterado, com uma valorização de 0,0074%. No Japão, o Nikkei subiu 0,34% e o Topix avançou 0,39%.
Os investidores abstiveram-se de fazer grandes apostas antes de serem conhecidos os dados do mercado laboral do lado de lá do Atlântico, que pode fornecer pistas sobre se a Reserva Federal (Fed) norte-americana será capaz de satisfazer as expectativas do mercado de dois cortes nas taxas de juro em 2025.
O facto de o telefonema entre Xi e Trump não ter proporcionado grandes avanços na resolução da tensão comercial entre os dois países também pesa no sentimento dos investidores. Trump disse apenas que as conversações começariam em breve num local a ser determinado, uma vez que os países pretendiam resolver disputas sobre tarifas e terras raras.
“O grande evento de risco são os pedidos iniciais de subsídio de desemprego dos EUA hoje à noite”, disse à Bloomberg Josh Gilbert, analista de mercados da Etoro. “O cenário macro incerto continua a ser um obstáculo para o sentimento de risco, e o arrefecimento dos dados económicos dos EUA está a deixar os investidores inseguros”, acrescentou o mesmo especialista.
Ainda pela Ásia, na Índia, o principal índice ganhou 0,8% depois de o Banco da Reserva da Índia ter surpreendido o mercado ao reduzir as taxas de juro mais do que as estimativas dos economistas, de acordo com a Blooomberg.
Já pela Europa, o presidente do HSBC, Mark Tucker, vai deixar o maior banco do continente para assumir um cargo de presidente não-executivo no AIA Group, marcando o seu regresso à seguradora sediada em Hong Kong.
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