Reabertura de terminal na Turquia faz cair preços do petróleo. Europa no verde
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
- Europa na linha de água. Vermelho pinta fecho de sessão na Ásia
- Ouro desliza à espera dos dados da inflação norte-americana
- Petróleo perde mais de 1%. Gás em mínimos de quase quatro semanas
- Iene em queda antes de ser conhecido o novo governador do Banco do Japão
- Juros aliviam na Zona Euro
- Euribor sobem a 3 e 12 meses para novos máximos de mais de 14 anos
- Wall Street começa semana no verde. Sorrento Therapeutics afunda 40%
- Ouro desvaloriza com investidores de olho na inflação nos EUA
- Euro ganha ao dólar antes da divulgação da inflação dos EUA
- Juros da Zona Euro mistos com perspetivas de crescimento mais otimistas
- Petróleo desvaloriza com retoma de fornecimento na Turquia
- Bolsas europeias no verde depois de revisão em alta das perspetivas económicas
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 permanecem praticamente inalterados e a Ásia fechou predominantemente em terreno negativo, no arranque de uma semana marcada pela divulgação dos números da inflação nos EUA e dos dados adicionais sobre a evolução da economia na Zona Euro no quarto trimestre do ano passado.
Pela Ásia, na China, o Hang Seng desvalorizou 0,5% enquanto Xangai somou 0,7%. No Japão, o Topix caiu 0,5% e o Nikkei deslizou 0,88%. Por fim, na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,7%.
Os investidores estão a avaliar até que ponto as taxas de juro diretoras podem subir este ano.
Os dados do emprego e da inflação nos EUA podem fornecer pistas sobre o futuro da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed), numa altura em que em que o mercado aposta que o pico da taxa dos fundos federais pode alcançar os 5,2% em julho.
O ouro desliza, um dia antes da serem divulgados os dados da inflação nos EUA, numa altura em que os investidores procuram pistas sobre o futuro da política monetária levada a cabo pela Reserva Federal norte-americana (Fed).
O metal amarelo cai 0,25% para 1.860,82 dólares a onça. Prata e platina seguem esta tendência negativa, enquanto o paládio sobe.
Na sexta-feira, o antigo secretário do Tesouro dos EUA, Lawrence Summers, afirmou que a Fed necessitava de endurecer mais a política monetária, para lá do que é esperado pelo mercado.
O mercado aposta que o pico da taxa dos fundos federais pode alcançar os 5,2% em julho.
O petróleo recua, numa altura em que os investidores avaliam o futuro da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed), um dia antes de serem divulgados os dados da inflação nos EUA.
Este movimento ocorre depois de uma forte subida do crude na sexta-feira, motivada pela retaliação de Moscovo contra as sanções ocidentais, anunciando um corte na oferta de ouro negro russo.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – perde 1,09% para 78,85 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – desvaloriza 1,01% para 85,52 dólares por barril.
Esta terça-feira é divulgado o índice de preços no consumidor em janeiro nos Estados Unidos, depois de a inflação ter descido para 6,5% em dezembro, numa altura em que os investidores tentam antecipar o futuro da política monetária do banco central liderado por Jerome Powell.
No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) – "benchmark" para o mercado europeu – cai 2,9% para 52,38 euros por megawatt-hora, renovando mínimos de quase quatro semanas.
A Suécia reduziu o risco de apagão no país de "real" para "baixo", um sinal interpretado pelo mercado como um símbolo de que o pico da crise energética já pode ter passado. Além disso, vários reatores nucleares voltaram a funcionar em França, a par da reabertura do reator Emsland na Alemanha.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – negoceia na linha de água (0,05%) para 103,68 pontos, antes de serem divulgados esta terça-feira os dados da inflação nos EUA.
Por sua vez, o euro recua ligeiramente contra a nota verde (-0,07%) para 1,0671 dólares.
Por fim, o iene cai 0,69% para 0,0075 dólares, um dia antes de ser oficialmente conhecido o nome do novo governador que vai liderar o Banco do Japão, uma autoridade monetária que tem primado por uma política monetária acomodatícia.
A comunicação social nipónica avança que Tóquio vai nomear Kazuo Ueda, professor e antigo membro do Banco do Japão (BOJ), para liderar a autoridade monetária.
Em declarações públicas, Kazuo Ueda já manifestou que considera necessário cautela na subida das taxas de juro, para que esta medida não seja tomada de forma prematura, o que sugere que o primeiro-ministro japonês poderá não estar à procura de uma mudança drástica.
Os juros aliviam na Zona Euro, no mesmo dia em que a Comissão Europeia reviu em alta as perspetivas de crescimento para a economia europeia.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – alivia 0,9 pontos base para 2,351%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos perdem 1,6 pontos base para 4,187%.
Na Península Ibérica, a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos subtrai 0,4 pontos base para 3,203%.
Os juros da dívida espanhola com a mesma maturidade caem 0,6 pontos base para 3,300%, acima da "yield" nacional.
"Quase um ano depois da invasão russa à Ucrânia, a economia da UE entrou melhor em 2023 do que estava no outono", afirma a Comissão, em comunicado. Nesse sentido, reviu ligeiramente em alta a estimativa de crescimento para os 20 países da moeda única, dos 0,7% esperados anteriormente, para 0,9%.
A taxa Euribor subiu hoje a três, seis e 12 meses, nos prazos mais curto e mais longo para novos máximos desde janeiro de 2009 e dezembro de 2008, respetivamente.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 3,510%, mais 0,045 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho, também avançou hoje, para 3,102%, mais 0,022 pontos, depois de ter subido em 09 de fevereiro para 3,103%, também um novo máximo desde dezembro de 2008.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, ao ser fixada em 2,654%, mais 0,033 pontos, um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 02 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Wall Street arrancou primeira sessão de uma semana recheada de indicadores importantes para os investidores em terreno positivo.
O industrial Dow Jones sobe 0,18% para 33.918,42 pontos, enquanto o S&P 500 cresce 0,13% para 4.095,59 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,20% para 11.741,73 pontos.
A chuva de indicadores começa esta terça-feira, com a divulgação dos números da inflação em janeiro, depois de a inflação ter descido para 6,5% em dezembro, numa altura em que os investidores tentam antecipar o futuro da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O mercado aponta agora para que o pico da taxa dos fundos federais alcance os 5,2% em julho. Mais recentemente, o presidente da Fed de Filadélfia, Patrick Harker, reforçou a ideia do pico poder superar a fasquia dos 5%.
Na semana passada, Neel Kashkari, líder do banco central em Minneapolis, já tinha ido mais longe e admitido que o pico poderia alcançar os 5,4%.
Os investidores vão estar atentos às ações da Sorrento Therapeutics, as quais deslizam 40,33%, após a farmacêutica ter feito um pedido de proteção contra credores, ao abrigo do capítulo 11 da lei de falências dos EUA.
Os preços do ouro seguem a desvalorizar, numa altura em que os investidores aguardam pelos dados da inflação nos Estados Unidos, na expectativa de obter pistas sobre quais os próximos passos da Fed.
O metal amarelo cede 0,52% para os 1.855,92 dólares por onça, ao passo que a platina recua 0,14% para 948,21 dólares e o paládio soma 0,64% para 1.555,58 dólares. Já a prata perde 0,24% para 21,95 dólares. Tudo aponta que o banco central deverá manter-se "hawkish", ou seja, com uma política monetária mais agressiva, durante mais tempo. A corroborar essa perspetiva estão, além das próprias palavras do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, os mais recentes dados económicos, que apontam que a confiança dos consumidores se encontra ainda em níveis elevados. Sendo o objetivo da Fed baixar a inflação, é necessário um arrefecimento da economia.
Tudo aponta que o banco central deverá manter-se "hawkish", ou seja, com uma política monetária mais agressiva, durante mais tempo.
A corroborar essa perspetiva estão, além das próprias palavras do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, os mais recentes dados económicos, que apontam que a confiança dos consumidores se encontra ainda em níveis elevados. Sendo o objetivo da Fed baixar a inflação, é necessário um arrefecimento da economia.
O euro ganhou tração em relação ao dólar em antecipação aos dados da inflação de janeiro dos Estados Unidos, que serão conhecidos na próxima terça-feira. Os analistas esperam um novo abrandamento, o que poderia enfraquecer a nota verde.
O euro avançou 0,25% em relação ao dólar, para 1,0705 dólares, enquanto o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – está a negociar com uma perda de 0,25% para 103,38 pontos, antes da divulgação dos dados da inflação norte-americana de janeiro.
Os analistas esperam que o aumento dos preços abrande de 6,5% em dezembro para 6,2% no mês seguinte, o que poderá enfraquecer o dólar uma vez que o apetite pelo risco tende a aumentar.
Além disso, o euro também está a ganhar 1.28% em relação ao iene para 142.19 ienes, a um dia de ser oficialmente conhecido o nome do novo governador que vai liderar o Banco do Japão, uma autoridade monetária que tem primado por uma política monetária acomodatícia.
A comunicação social nipónica avança que Tóquio vai nomear Kazuo Ueda, professor e antigo membro do Banco do Japão (BOJ), para liderar a autoridade monetária.
Em declarações públicas, Kazuo Ueda já manifestou que considera necessário cautela na subida das taxas de juro, para que esta medida não seja tomada de forma prematura, o que sugere que o primeiro-ministro japonês poderá não estar à procura de uma mudança drástica.
Os juros negociaram mistos na Zona Euro, depois de a Comissão Europeia ter revisto em alta as perspetivas de crescimento para a economia europeia.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – avançou 0,6 pontos base para 2,366%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana com a mesma maturidade perderam 3,7 pontos base para 4,166%.
Na Península Ibérica, a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos subtraíram 0,5 pontos base para 3,202%, enquanto os juros da dívida espanhola caíram 0,6 pontos base para 3,300%, acima da "yield" nacional.
A Comissão Europeia reviu a estimativa dos 20 países da moeda única em alta, de 0,7% esperados anteriormente para 0,9%, uma vez que "quase um ano depois da invasão russa à Ucrânia, a economia da UE entrou melhor em 2023 do que estava no outono", afirmou a Comissão, em comunicado.
Os preços do petróleo seguem a desvalorizar, numa altura em que as exportações de ouro negro a partir do terminal de Ceyhan, na Turquia, foram retomadas, aliviando as preocupação quanto a uma escassez de fornecimento da matéria-prima.
As exportações a partir de Ceyhan foram suspensas durante dias após a ocorrência de um sismo de magnitude 7,8 na escala de Ritcher junto à fronteira do país com a Síria.
Os preços do West Texas Intermediate (WTI) - negociado em Nova Iorque - perdem 0,21% para 79,55 dólares por barril, enquanto os preços do Brent do Mar do Norte - referência para as importações europeias - cedem 0,25% para os 86,17 dólares por barril.
O crude volta assim a negociar no vermelho, depois de na sexta-feira ter visto algum ânimo com o corte de produção da Rússia. Moscovo anunciou que ia reduzir a produção de petróleo em 500 mil barris por dia em março, em retaliação às sanções impostas pela União Europeia.
"Volatilidade tem sido o nome do jogo em 2023, até agora", consideraram os analistas da RBC Capital Markets, numa nota enviada à Bloomberg.
O mercado acionista europeu fechou em alta esta segunda-feira, impulsionado pela revisão em alta das perspetivas de crescimento por parte da Comissão Europeia.
A revisão das perspetivas de crecimento na Europa de 0,7% para 0,9% foi vista com bons olhos pelos investidores europeus, com o índice de referência europeu Stoxx 600 a avançar 0,9%.
Os restantes índices também valorizaram, com o alemão Dax a ganhar 0,58%. Já o francês CAC-40 valorizou 1,11%, enquanto o espanhol Ibex avançou 1,02%. Por sua vez, o Aex, em Amesterdão, aumentou 1,39%, o italiano FTSE Mib subiu 0,63% e o britânico FTSE 100 somou 0,83%.
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