Fecho dos mercados: Bolsas mundiais sobem para máximos de cinco meses com optimismo na guerra comercial
O acordo alcançado entre o México e os EUA leva os investidores a reduzirem as probabilidades de acontecer uma guerra comercial global, o que beneficia os activos de maior risco, como as acções e as matérias-primas.
Os mercados em números
PSI-20 cedeu 0,17% para 5.511,79 pontos
Stoxx 600 avança 0,11% para 385,99 pontos
S&P 500 valoriza 0,09% para 2.899,41 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 4 pontos base para 1,87%,
Euro aprecia 0,35% para 1,1719 dólares
Petróleo valoriza 0,16% para 76,33 dólares, em Londres
Bolsas prolongam ganhos na Europa e nos EUA
O acordo comercial fechado entre os Estados Unidos e o México continua a animar os mercados accionistas, com os investidores a apostarem que este desenvolvimento vem afastar o cenário de uma escalada na guerra comercial. Numa sessão em que os activos de maior risco registaram o melhor desempenho, o índice MSCI para medir a evolução das principais bolsas mundiais atingiu esta terça-feira um novo máximo de cinco meses.
Em Wall Street, o S&P500 e o Nasdaq renovaram os máximos históricos fixados na véspera e na Europa os índices estão também em terreno positivo, com o Stoxx600 a tocar em máximos de duas semanas, com ganhos de 0,11% para 385,99 pontos.
"As tensões com o comércio global têm sido sem qualquer dúvida o maior factor de risco de 2018. O acordo entre o México e os EUA parece estar a aumentar a confiança que a guerra comercial está mais perto de caminhar para um final e a pergunta que agora se impõe é quem será o próximo país a fechar um acordo com Trump", comentou à Reuters Hussein Sayed, "chief market strategist" da FXTM.
A praça portuguesa não acompanhou o sentimento positivo, com o PSI-20 a valorizar 0,17% para 5.511,79 pontos, devido à queda de 2% das acções da Jerónimo Martins.
Juros da dívida portuguesa sobem pela quinta sessão
Os juros das obrigações soberanas portuguesas estão de novo em alta, a acompanhar a tendência de agravamento das "yields" da dívida pública a nível global. O juro das obrigações do tesouro a 10 anos sobe 4 pontos base para 1,87%, o que representa o nível mais elevado desde 27 de Junho, nesta que foi já a quinta sessão seguida de agravamento de juros na dívida portuguesa, o que já não acontecia desde Março de 2017. Com a "yield" das bunds a registar um aumento mais ténue, o prémio de risco da dívida portuguesa está a subir para 150 pontos base.
Euribor a 6 meses desce
As taxas Euribor a seis e nove meses desceram hoje, enquanto nos restantes prazos ficaram inalteradas, com destaque para a maturidade a três meses, que se se mantém há 22 sessões, em -0,319%. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação desceu hoje para -0,266%, contra -0,265% na segunda-feira, sendo o seu actual mínimo -0,279%, valor registado pela primeira vez em 31 de Janeiro de 2018. A nove meses, a Euribor desceu para -0,207%.
Dólar recua para mínimo de quatro meses
Com os investidores a privilegiarem os activos de maior risco devido ao cenário mais brando na guerra comercial, a moeda norte-americana está a ser das mais penalizadas na sessão desta terça-feira. O índice do dólar (que mede a evolução da moeda contra um cabaz de divisas) desvaloriza 0,2%, tendo ao longo da sessão fixado um mínimo de quatro meses. O euro valoriza 0,35% para 1,1719 dólares.
Petróleo acima dos 76 dólares em Londres
As matérias-primas também beneficiam das perspectivas mais favoráveis para o comércio global, sendo que o petróleo esteve esta manhã em Londres a negociar em máximos de 11 de Julho, embora tenha cedido terreno da parte da tarde. O Brent valoriza 0,16% para 76,33 dólares e na Bolsa de Nova Iorque o WTI cede 0,06% para 68,83 dólares.
Bitcoin acima dos 7 mil dólares
As criptomoedas continuam a recuperar nos mercados. A bitcoin está esta terça-feira em alta pela quarta sessão consecutiva, negociando pela primeira vez desde 6 de Agosto acima dos 7 mil dólares.
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