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Europa faz pausa no "rally" e termina dividida. Burberry dispara mais de 15%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.

Bolsas, mercados
Bolsas, mercados AP
14 de Maio de 2025 às 17:55
Tecnológicas foram catalisador na China. Futuros europeus pouco alterados

Os principais índices asiáticos aumentaram os ganhos pelo quarto dia consecutivo. O índice de referência MSCI Ásia-Pacífico avançou quase 1%, impulsionado pelo setor tecnológico, com os investidores a aguardarem os resultados de algumas das maiores empresas tecnológicas chinesas esta semana. Um índice regional que agrega empresas do setor avançou mais de 2%, depois de fabricantes de semicondutores dos EUA terem recuperado na terça-feira. No que toca ao Velho Continente, os futuros europeus mantêm-se pouco alterados.

A empresa mais valiosa da China, a Tencent Holdings (+2,37%) anunciará os seus resultados durante o dia de hoje, e a Alibaba (+2,54%) apresentará contas durante o dia de amanhã. Os investidores estarão atentos à divulgação destes números, de forma a perceber como estão estas empresas a lidar com a incerteza geopolítica e comercial.

O Shanghai Composite avançou 0,83% e o Hang Seng de Hong Kong seguiu a mesma tendência e acabou por subir quase 2%.

"Uma boa série de lucros tecnológicos da China seria certamente um catalisador para estimular novos ganhos", disse à Bloomberg Frederic Neumann, economista-chefe para a Ásia do HSBC em Hong Kong. "À medida que os riscos macroeconómicos diminuem, os investidores voltarão a prestar mais atenção aos lucros e às perspetivas de uma força renovada na tecnologia", acrescentou o especialista.

Já no Japão, o Topix acabou por ceder 0,32% e o Nikkei recuou 0,17%. No país, destaque para a Sony, que registou uma subida de 3,67%, depois de a empresa ter anunciado que iria recomprar até 1,7 mil milhões de dólares de ações durante o próximo ano. O anúncio foi feito no momento em que a empresa divulgou um lucro operacional para o ano inteiro que não correspondeu às estimativas dos analistas.

Hostilidade contra o Irão leva petróleo a recuar

O petróleo está a perder algum terreno, depois de quatro sessões consecutivas a subir. A hostilidade de Trump em relação ao fornecimento de petróleo por parte do Irão parece estar a afetar as negociações

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde a esta hora 0,41% para os 63,41 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,30% para os 66,43 dólares por barril.

A subida do barril de petróleo observada nas últimas negociações representa um novo máximo desde outubro, impulsionada pelo otimismo comercial que se vive com a suspensão das tarifas entre EUA e China.

Durante a visita à Arábia Saudita, Trump afirmou que os EUA iam exercer pressão sobre as exportações de energia do Irão, caso não haja acordo sobre o programa nuclear entre os membros da OPEP. 

Os futuros do ouro negro, aponta a Bloomberg, recuperaram de mínimos de quatro anos no arranque da semana, mas ainda acumulam uma queda superior a 10% desde o início do ano.

"O otimismo comercial e as ameças de sanções ao Irão têm proporcionado fortes impulsos ao mercado de petróleo", apontou o analista Warren Patterson da ING Groep NV à Bloomberg. 

"Contudo, à medida que a história das tarifas se dissipa, a atenção vai voltar-se para o fornecimento da OPEP+ e se o grupo continuará com os agressivos aumentos de fornecimento em julho", acrescenta. 

A analista Priyanka Sachdeva da Phillip Nova indica à Reuters que a redução significativa nas tarifas "pode ter criado uma narrativa capaz de revigorar a procura num cenário de otimismo cauteloso".

Atratividade do ouro recua com alívio da tensão comercial
Atratividade do ouro recua com alívio da tensão comercial

Os preços do ouro registam recuos esta manhã, à medida que o alívio das tensões comerciais entre as duas maiores economias mundiais faz reduzir a procura por ativos refúgio, como é o caso do metal amarelo. Isto enquanto os "traders" analisaram dados relativos à inflação nos EUA para tentar perceber qual será o rumo da política monetária no país.

O ouro cede a esta hora 0,46%, para os 3.235,360 dólares por onça.

No que se refere aos dados económicos, o Departamento do Trabalho dos EUA revelou que o índice de preços no consumidor aumentou 0,2% em abril, valor que ficou abaixo das expectativas do mercado, após um declínio de 0,1% registado em março.

Os investidores aguardam agora pelos dados do Índice de Preços no Produtor do lado de lá do Atlântico, divulgados na quinta-feira, para obterem pistas sobre a trajetória das taxas de juro da Reserva Federal (Fed) norte-americana, com o mercado a esperar um retorno da flexibilização monetária em setembro.

O ouro, tradicionalmente visto como uma proteção contra a inflação, tende a prosperar num ambiente de taxas diretoras baixas, por não render juros.

No plano comercial, os EUA vão reduzir para 30% a tarifa "de minimus" para as encomendas de baixo valor provenientes da China, de acordo com uma ordem executiva da Casa Branca e especialistas do setor citados pela Reuters, atenuando ainda mais a escalada da guerra comercial entre Washington e Pequim.

"Os desenvolvimentos positivos na política comercial dos EUA [estão] a diminuir a atração pelo ouro a curto prazo", explica à Reuters Kyle Rodda, analista da Capital.com. "Penso que se houver um progresso contínuo nas negociações comerciais e nos acordos entre os EUA e os seus parceiros comerciais, o ouro pode recuar ainda mais. 3.200 dólares é um nível de apoio bastante crítico", acrescentou o especialista.

Inflação compromete recuperação do dólar
Inflação compromete recuperação do dólar

O dólar continua a perder terreno face aos seus principais concorrentes, depois de ter registado a maior queda em três semanas na sessão anterior. Com a inflação a desacelerar nos EUA, os investidores estão mais confiantes numa redução de maior magnitude das taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana – isto, numa altura em que as tensões globais parecem estar a dar um passo atrás.  

Na terça-feira, os dados do Gabinete de Estatísticas Laborais revelaram que o índice de preços no consumidor (IPC) em abril subiu em cadeia e 2,3% em termos homólogos, valores que ficam abaixo das expectativas dos economistas. No entanto, é expectável que os preços aumentem nos próximos meses apesar do acordo comercial entre EUA e Reino Unido e da "trégua" com a China.  

Neste contexto, o euro avança 0,16% para 1,1203 dólares, enquanto a libra ganha 0,08% para 1,3317 dólares. Por sua vez, a "nota verde" perde 0,28% para 147,06 ienes e recua 0,10% para 0,8387 francos suíços. Já o índice do dólar desvaloriza 0,12%, depois de ter chegado a saltar 1% na segunda-feira, embalado pela suspensão de grande parte das tarifas entre as duas maiores economias do mundo.  

"Consideramos que existe um bom cenário para o dólar no curto prazo, com os investidores a reavaliarem as perspetivas para a economia norte-americana na sequência da 'trégua' temporária entre EUA e China", começa por explicar o Commonwealth Bank of Australia, numa nota acedida pela Reuters. Os analistas do banco preveem uma valorização entre os 2% e os 3% para o dólar "nas próximas semanas".  

Juros das dívidas soberanas europeias dividem-se entre subidas e descidas

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro dividem-se entre subidas e descidas, numa altura em que os investidores têm virado o foco para uma maior aposta em ativos de risco com o abrandamento das tensões comerciais entre a China e os EUA a dar alento aos mercados bolsistas ao nível mundial.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviam 1 ponto-base, para 3,174%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento segue a mesma tendência e cai 0,8 pontos para 3,287%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresce 0,4 pontos-base para 3,347%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 0,1 pontos para 2,678%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e sobem 0,3 pontos-base para 4,670%.

Europa negoceia dividida em busca de novo catalisador. Burberry salta 7%

Os principais índices do Velho Continente negoceiam sem rumo definido esta manhã, com os investidores à espera de novos catalisadores para a recuperação vivida nos últimos dias nos mercados acionistas, depois de ter sido anunciada uma "trégua" comercial entre os EUA e a China.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – recua 0,17%, para os 544,26 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX regista perdas de 0,18%, o britânico FTSE 100 sobe 0,08%, o francês CAC-40 perde 0,55%, o espanhol IBEX 35 valoriza 0,47%, o italiano FTSEMIB avança 0,26% e o holandês AEX cede 0,16%.

Desde o início da semana, a guerra comercial entre Washington e Pequim abrandou, os resultados das empresas cotadas estão a ser melhores do que o esperado e a inflação nos EUA continuou a abrandar em abril, mesmo depois de as tarifas anunciadas no "Dia da Libertação" terem entrado em vigor.

"À medida que recebemos mais notícias positivas, devemos ver os investidores a tentar perseguir a recuperação, o que faz subir os ativos de risco", disse à Bloomberg Mohit Kumar, economista-chefe da Jefferies International. Os EUA "poderão ter um desempenho superior ao da Europa a curto prazo", acrescentou o especialista.

É improvável que as ações europeias voltem a registar uma grande recuperação, alimentada pelo abrandamento das tensões comerciais globais, de acordo com estrategas do Goldman Sachs. "A subida a partir daqui é limitada, já que as expectativas de crescimento dos lucros por ação são relativamente baixas e as avaliações na Europa já não são baratas em relação à história", escreveu à Bloomberg Sharon Bell, do Goldman. Esta semana, o Stoxx 600 já ficou atrás do S&P 500.

Entre os setores, os bens domésticos (-1%), o automóvel (-79%) e o tecnológico (-0,74%) estão a ser os mais pressionados a esta hora. Já as seguradoras (+0,74%), o imobiliário (+0,65%) e as telecomunicações (+0,62%) registam os maiores avanços esta manhã.

Entre os movimentos do mercado, destaque para a Burberry, que sobe a esta hora mais de 7%, depois de ter superado as estimativas de vendas e ter anunciado cortes de pessoal.

Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses

A Euribor desceu hoje a três meses e subiu a seis e a 12 meses em relação a terça-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,142%, ficou abaixo da taxa a seis meses (2,156%) e da taxa a 12 meses (2,160%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 2,156%, mais 0,025 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu, ao ser fixada em 2,160%, mais 0,053 pontos do que na terça-feira.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, recuou hoje, para 2,142%, menos 0,001 pontos.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).

A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.

A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

* Lusa

Wall Street com ganhos ligeiros à espera de mais acordos dos EUA
Wall Street com ganhos ligeiros à espera de mais acordos dos EUA

As principais bolsas norte-americanas arrancaram a sessão com ganhos, à boleia sobretudo das ações de tecnologia, dando seguimento ao sentimento otimista do início da semana, depois de os EUA e a China terem chegado a um acordo comercial para descer mutuamente as tarifas por um período de 90 dias. 

Os investidores estão agora à espera que o périplo de Donald Trump pelo Médio Oriente resulte em mais acordos para os norte-americanos. Esta terça-feira, a Casa Branca anunciou que a Arábia Saudita vai investir 600 mil milhões de dólares na maior economia do mundo, tendo o príncipe herdeiro admitido que o "cheque" pode chegar a um bilião de dólares.

Depois de esta terça-feira ter finalmente recuperado das perdas anuais, o S&P 500 sobe a esta hora 0,23% para 5.899,85 pontos. No entanto, o índice de referência ainda tem muito a percorrer e está a mais de 4% abaixo dos recordes atingidos no início deste ano. O tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,51% para 19.106,66 pontos. Já o industrial Dow Jones, que terminou ontem a sessão com perdas, avança agora 0,19% para 42.221,46 pontos. 

Aumento de "stocks" nos EUA pressiona petróleo
Aumento de 'stocks' nos EUA pressiona petróleo

Os preços do petróleo estão a recuar esta quarta-feira, depois de o Departamento norte-americano da Energia ter revelado que os "stocks" de crude aumentaram 4,3 milhões de barris por dia na semana terminada a 9 de maio. 

Esta quarta-feira, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reduziu as previsões de crescimento da oferta de petróleo dos Estados Unidos e de outros produtores fora do cartel para 2025. A oferta de países fora da OPEP+ aumentará em cerca de 800 mil barris por dia, abaixo da previsão do mês passado de 900 mil.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde a esta hora 0,31% para os 63,47 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,36% para os 66,39 dólares por barril.

"O petróleo teve uma boa recuperação nos últimos dias. Estamos, provavelmete, a assistir a uma tomada de mais valias", disse Giovanni Staunovo, analista do UBS.

A hostilidade de Donald Trump em relação ao fornecimento de petróleo por parte do Irão parece estar também a afetar as negociações. Durante a visita à Arábia Saudita, o republicano afirmou que os EUA iam exercer pressão sobre as exportações de energia do Irão, caso não haja acordo sobre o programa nuclear entre os membros da OPEP.

Acordo entre EUA e China entra em vigor e ouro afunda 2%
Acordo entre EUA e China entra em vigor e ouro afunda 2%

Os preços do metal amarelo estão a derrapar esta quarta-feira, no dia em que entra em vigor o acordo comercial entre os EUA e a China, devolvendo o apetite pelo risco aos investidores.

A onça de ouro cede 2,06% para 3.183,49 dólares, mínimos de um mês.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse em entrevista esta terça-feira que se pode sentar à mesa das negociações com presidente chinês, Xi Jinping, para limar os detalhes do acordo comercial assinado este fim de semana, em Genebra, Suíça. Trump afirmou ainda que no horizonte estão "potenciais acordos" com a Índia, o Japão e a Coreia do Sul.

Trump a favor de um dólar mais fraco? "Nota verde" em queda
Trump a favor de um dólar mais fraco? 'Nota verde' em queda

O dólar apagou os ganhos desta semana e perde pela segunda sessão consecutiva, devido a novas especulações de que o Presidente dos EUA, Donald Trump, será a favor de um dólar mais fraco e que irá pressionar outros governos a deixarem as suas moedas subirem em troca de acordos comerciais com os EUA.

A nota verde estendeu ainda as perdas após a Bloomberg ter noticiado que a Coreia do Sul e os EUA discutiram políticas cambiais numa reunião de 5 de maio, em Milão. Trump e outros membros da Administração dos EUA têm vindo a afirmar que a fraqueza das moedas asiáticas em relação ao dólar conferem uma vantagem "injusta" aos exportadores sobre os rivais norte-americanos.

Desde o início do ano, o won já valorizou cerca de 5% face à nota verde. A esta hora, o dólar perde 1,36% para 1.397,57 wons. Já o euro sobe 0,16% para 1,1203 dólares e, face à divisa nipónica, o dólar derrapa 0,64% para 146,53 ienes. Já o índice de força da nota verde cede 0,16% para 100,8370 pontos.  

O dólar arrancou a semana em alta, beneficiando do acordo comercial entre os EUA e a China. No entanto, os dados da inflação de abril do lado de lá do Atlântico retiraram a força à nota verde na última sessão. 

"Desde que a Reserva Federal parou de reduzir as taxas de juro, os mercados têm sentido grande sensibilidade aos dados de inflação, especialmente o mercado cambial", explicou Joseph Trevisani, analista da FX Street, à Reuters.

Aliás, os investidores continuam muito pessimistas com o dólar, refletindo o pessimismo com o impacto da política comercial caótica de Donald Trump. Apesar da desvalorização de quase 10% acumulada pela nota verde desde janeiro, a sondagem mensal do Bank of America a gestores de ativos mostra uma posição líquida "underweight" de 17%, um máximo dos últimos 19 anos. 

Investidores preferem ativos de risco. Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta quarta-feira, numa semana marcada pelo apetite dos investidores por ativos de risco, em detrimento dos ativos-refúgio, já que o mercado segue otimista em relação ao acordo comercial entre os EUA e a China. 

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, subiram 0,7 pontos base, para 3,190%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento seguiu a mesma tendência e somou 1,9 pontos para 3,315%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu 2,5 pontos-base para 3,376%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 1,9 pontos para 2,696%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, foram as que mais subiram, ao registarem um agravamento de 4,3 pontos-base para 4,710%, uma vez que os investidores reduziram as apostas em mais cortes nas taxas de juro pelo Banco de Inglaterra, antes dos dados do PIB do Reino Unido, divulgados esta quinta-feira.

Europa faz pausa no "rally" e termina dividida. Burberry dispara mais de 15%
Europa faz pausa no 'rally' e termina dividida. Burberry dispara mais de 15%

As principais praças europeias terminaram a sessão divididas entre ganhos e perdas, num momento em que os investidores parecem ter "parado para respirar" depois do "rally" do início da semana, em que o mercado estava animado com o acordo comercial entre os EUA e a China.

"Apesar das declarações de Trump sobre um 'reset' nas relações com a China, a realidade é que o embargo comercial pouco produziu em termos de ganhos estratégicos para os EUA. Pelo contrário, os danos reputacionais são evidentes e já se encontra em curso uma reorganização e diversificação das cadeias de abastecimento", explicou Henrique Valente, analista da Activtrades Europe, numa nota a que o Negócios teve acesso.

O Stoxx 600 já subiu mais de 7% desde o início do ano, recuperando de todas as perdas desde o "Dia da Libertação". Esta quarta-feira, o índice de referência europeu voltou às perdas e tombou 0,24% para 543,88 pontos, com os setores da saúde e dos artigos para o lar a pressionarem o "benchmark". A travar maiores quedas estiveram as ações da banca e da construção.

Entre as principais praças europeias, o alemão Dax perdeu 0,47%, Paris recuou 0,47% e Londres perdeu 0,21%. Do lado dos ganhos, Amesterdão subiu 0,19%, Madrid valorizou 0,52% e Milão somou 0,70%.

"A Europa necessita de um crescimento ainda maior dos lucros empresariais" para não perder gás, afirmou Shaniel Ramjee, da Pictet Asset Management, à Bloomberg.

E a "earnings season" continua a dividir o sentimento do mercado. A Alstom afundou mais de 17% após ter revisto em baixa o "guidance" anual, que ofuscou a subida dos lucros no primeiro trimestre. 

Já a Imperial Brands cedeu mais de 6% após a empresa anunciar que o CEO se vai reformar.

Depois de ter registado uma subida nas vendas e admitido cortar 1.700 postos de trabalho, a Burberry disparou quase 16%.

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