EDP paga prémio de 31 milhões para recomprar 499 milhões em dívida que vence em 2083

Após ter emitido mil milhões de euros para recomprar dívida a 60 anos, a EDP encerrou esta segunda operação conseguindo comprar quase metade do montante emitido em 2023.
Miguel Stilwell de Andrade é o CEO das duas empresas do grupo EDP.
Miguel Baltazar
Diogo Mendo Fernandes 14:15

A EDP recomprou esta quarta-feira 498,9 milhões de euros em dívida subordinada, que vencia em 2083, e que foi . O convite aos detentores deste instrumento e a energética consegue assim recomprar quase metade do montante "outstanding", de mil milhões de euros.

A "yield" de recompra ficou definida em 2,847%, o que significa que a energética pagou acima do par (106,313%). Por outras palavras, a recompra custou 530,29 milhões de euros.

PUB

"A EDP decidiu fixar o 'final acceptance amount' em €498.800.000 e, por conseguinte, sujeito ao cumprimento das condições da oferta, aceitará para aquisição as 'notes' validamente apresentadas no âmbito da oferta, sujeitas a rateio com um 'fator de rateio' ('scaling factor') de 58,33%, conforme descrito no 'tender offer memorandum'", revelou a empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No dia em que tinha anunciado a operação de recompra a EDP foi ao mercado emitir novas obrigações verdes híbridas, com o objetivo de recomprar dívida antiga. A nova emissão teve um prazo de 30 anos, sendo que o reembolso não pode ser feito antes dos primeiros sete anos do prazo, no chamado período "non callable". A operação foi encerrada com uma "yield" de 4,5% (cupão anual de 4,375%) aplicável até à primeira data de 'reset', isto é, 7,25 anos após a data de emissão.

O sucesso desta operação era uma das condições para a recompra da linha de obrigações a 30 anos com juros de 6%, que ficou concluída esta quarta-feira.

PUB
Saber mais sobre...
Saber mais Crédito e dívida Energias de Portugal
Pub
Pub
Pub