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IGCP avança com troca de dívida esta quarta para adiar reembolsos para 2028

Com esta operação, o IGCP vai aliviar os reembolsos agendados para os próximos anos, atirando o pagamento de duas linhas de dívida com maturidade a partir de 2023 para além de 2028.

Cristina Casalinho
Cristina Casalinho Miguel Baltazar
24 de Agosto de 2021 às 13:19

O IGCP - Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública anunciou que vai realizar, esta quarta-feira, uma operação de troca de dívida. A oferta tem como objetivo recomprar títulos que chegam à maturidade em 2023 e 2024 e vender obrigações que só terão de ser reembolsadas a partir de 2028.

Numa nota emitida esta terça-feira, o instituto que gere a dívida pública portuguesa explica que a operação decorre amanhã pelas 10:00 horas, com a recompra de obrigações com maturidade em outubro de 2023 e fevereiro de 2024. Em troca, o IGCP oferece títulos que vão atingir a maturidade em outubro de 2028 e abril de 2037.   

Os títulos que o IGCP vai recomprar têm uma taxa de cupão de 4,95%, na maturidade a 2023, e de 5,65%, na linha de fevereiro de 2024. Taxas superiores às das linhas que o IGCP está a oferecer: 2,125% e 4,1%, nos títulos de 2028 e 2037, respetivamente.

Resumo da operação

IGCP compra: 

ISIN: PTOTEAOE0021– OT 4.95% 25out2023

ISIN: PTOTEQOE0015– OT 5.65% 15fev2024

IGCP vende:

ISIN: PTOTEVOE0018– OT 2.125% 17out2028

ISIN: PTOTE5OE0007– OT 4.1% 15abr2037

ISIN: PTOTEAOE0021– OT 4.95% 25out2023

ISIN: PTOTEQOE0015– OT 5.65% 15fev2024

IGCP vende:

ISIN: PTOTEVOE0018– OT 2.125% 17out2028

 

O instituto liderado por Cristina Casalinho tem realizado várias operações de troca de dívida, com as quais tem conseguido alongar a linha da maturidade média da dívida portuguesa, assim como baixar o custo médio da dívida do país, uma vez que as trocas são sempre feitas por linhas que oferecem taxas mais baixas.

A última troca de dívida ocorreu em julho, quando a entidade conseguiu recomprar 1,12 mil milhões de dólares das obrigações emitidas em dólares, que venciam em outubro de 2024 e que tinham uma taxa superior a 5%.

Já em abril, o IGCP tinha estado no mercado a realizar uma troca de dívida, que permitiu empurrar o pagamento de mil milhões de euros para depois de 2028 e reduzir os pagamentos de dívida nos próximos três anos. Os maiores esforços ao nível dos reembolsos situam-se, precisamente, a partir de 2024, sendo 2027 o ano em que estão previstos os maiores pagamentos a credores.

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