Portugal emite dívida a 12 meses com taxa negativa de 0,473%
O IGCP colocou 1.250 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a 11 e 3 meses. Nos títulos de prazo mais curto a taxa foi inferior a -0,5%, atingindo o nível mais baixo desde agosto do ano passado.
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realizou esta quarta-feira um duplo leilão de dívida de curto prazo, voltando a conseguir financiar-se a taxas negativas.
Foram colocados 950 milhões de euros em títulos com maturidade a 16 de julho de 2021 (11 meses) com uma taxa de -0,473%. No mês passado o IGCP tinha colocado títulos desta linha (na altura com maturidade de 12 meses) com uma yield de -0,452%.
A taxa é a mais baixa desde que a 19 de fevereiro o IGCP colocou bilhetes do tesouro a 12 meses com uma taxa de -0,484%. A procura mais do que duplicou a oferta, superando o rácio registado na emissão comparável de julho (1,92 vezes).
O IGCP também emitiu 300 milhões de euros em títulos com maturidade em 20 de novembro de 2020 (três meses), com uma yield de -0,501%. Na última emissão de bilhetes do Tesouro a 3 meses o IGCP tinha colocado os títulos com uma taxa de -0,48%. A taxa conseguida no leilão de hoje é a mais reduzida desde agosto do ano passado (-0,583%).
A procura por títulos a 3 meses superou a oferta em 3,93 vezes, abaixo do rácio de 6,27 vezes registado no leilão de julho.
Habitualmente agosto é mês de pausa nas emissões de dívida, mas o IGCP este ano quebrou a tradição devido ao aumento das necessidades de financiamento do Estado português devido à pandemia.
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