Portugal já não volta a emitir dívida de longo prazo este ano
O IGCP, que gere a dívida pública, revela ter angariado 20,6 mil milhões de euros em obrigações do Tesouro atingindo o montante previsto para este ano. Em novembro é realizada uma emissão de bilhetes do Tesouro.
A República portuguesa já não vai regressar ao mercado este ano para emitir obrigações de longo prazo. A única emissão prevista para o resto do ano é de bilhetes do Tesouro (BT) em novembro, de acordo com o programa de financiamento da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) que foi atualizado esta terça-feira.
Ainda assim, o IGCP "poderá explorar a realização de leilões de venda ou de troca/recompra, de forma a garantir o eficiente funcionamento do mercado, o interesse dos investidores nos vários setores da curva, e a liquidez da curva de obrigações do Tesouro (OT)", de acordo com o documento. Até ao final de setembro as emissões de OT foram de 20,6 mil milhões de euros, ligeiramente acima do montante do anterior programa de financiamento, no qual era revelado que o total a angariar era de 18 mil milhões.
Em resultado deste aumento, a agência que gere a dívida pública portuguesa espera uma redução nas emissões de BT, de 4,6 mil milhões de euros para 2,7 mil milhões. Neste âmbito será realizada uma emissão de obrigações de curto prazo a 19 de novembro, que conta com a reabertura uma linha com maturidade a seis meses e lançada outra a 12 meses. O montante de financiamento foi fixado entre 1.000 a 1.250 milhões de euros.
Foi com uma venda sindicada de cinco mil milhões de euros em nova dívida a oito e a 30 anos – a terceira operação do género desde o início do ano - que o IGCP ultrapassou o montante que tinha estimado para o ano todo. Esta emissão de obrigações do Tesouro a oito e 30 anos registou a procura mais elevada de sempre de uma colocação de títulos portugueses.
Notícia atualizada às 14:06h
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