Novo governo em Itália leva juros dos periféricos para mínimos
Os juros da dívida pública dos países periféricos do euro estão a recuar para mínimos esta segunda-feira, com os investidores optimistas de que a formação de um novo governo em Itália vai acelerar as reformas neste país, de acordo com analistas contactados pela Bloomberg.
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Em Itália a "yield" da dívida a 10 anos recua 6 pontos base para 3,62%, tendo durante a manhã tocado num mínimo desde Janeiro de 2006. Este alívio nos juros da dívida italiana acontece no dia em que o presidente italiano, Giorgio Napolitano, mandatou Matteo Renzi para primeiro-ministro.
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"As expectativas para um governo liderado por Renzi são elevadas, pois [o novo primeiro-
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ministro] é visto como alguém mais pro-activo do que Enrico Letta", comentou à Bloomberg Rainer Guntermann, do Commerzbank.
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Depois de ver o seu partido apoiar, por larga maioria, a proposta do seu rival dentro do PD, Enrico Letta formalizou o pedido de demissão do cargo de primeiro-ministro na semana passada.
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Segundo a agência Lusa, Renzi, 39 anos, o mais jovem primeiro-ministro de Itália, deu um calendário indicativo de 100 dias para as reformas que pretende implementar. "Utilizarei toda a energia e envolvimento de que sou capaz" para realizar as reformas, declarou Renzi, apontando como prioritárias "as reformas institucionais, o trabalho, a administração pública e o fisco".
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Moody's revê rating da dívida italiana para estável
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A contribuir para o alívio dos juros de Itália está também a decisão da Moody's em rever em alta a perspectiva do "rating" da dívida italiana, de negativa para estável.
O comportamento da dívida italiana está a contagiar a dos restantes países periféricos do euro, de acordo com as taxas genéricas da Bloomberg.
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Em Portugal a "yield" dos títulos de dívida com maturidade a 10 anos cede 12 pontos base para 4,81%, o nível mais baixo desde Junho de 2010. O prémio de risco é agora de 310 pontos percentuais face à Alemanha, numa sessão em que os juros da maior economia do euro estão em alta ligeira. A "yield" das "bunds" (obrigações alemãs) a 10 anos avança 1 ponto base para 2,29%.
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Nas maturidades mais curtas a tendência também é de queda na dívida portuguesa, com a "yield" das obrigações a dois anos a cair 10 pontos base para 2,41% e a cinco anos a recuar 12 pontos base para 3,79%.
Em Espanha os juros da dívida soberana a 10 anos caem 5 pontos base para 3,53%, um mínimo de Março de 2006.
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