Powell garante que a Fed não vai hesitar em apertar mais se necessário
O presidente do banco central dos Estados Unidos advertiu que não é claro que o caminho esteja concluído para levar a inflação de volta à meta de 2%.
A Reserva Federal dos EUA pode inverter o caminho e voltar a apertar ainda mais a política monetária caso seja necessário. A hipótese é admitida pelo presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, esta quinta-feira, numa sessão de perguntas e respostas que ficou marcada por protestos de manifestantes pelo clima que interromperam o discurso.
"Se se tornar apropriado apertas mais as políticas, não hesitaremos em fazê-lo", disse Powell, na abertura da conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington. "Vamos continuar a mover-nos cuidadosamente, mas permitindo-nos afastar o risco de sermos erradamente conduzidos por alguns bons meses de dados e o risco de apertarmos demasiado".
No último encontro, a 1 de novembro, o Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC na sigla em inglês) decidiu manter inalterado o intervalo dos juros diretores entre 5,25% e 5,5%. Justificou a decisão com os mais recentes indicadores económicos no país e os "traders" começaram a sinalizar esperar que o ciclo de subidas tenha chegado ao fim e que a primeira descida de juros aconteça no início do próximo ano. Para determinar o grau de aperto monetário adicional apropriado para que a inflação volte à meta de 2%, os decisores norte-americanos explicaram então que teriam em conta a restritividade cumulativa da política monetária, os desfasamentos com que a política monetária afeta a atividade económica e a inflação, bem como a evolução económica e financeira.
Para determinar o grau de aperto monetário adicional apropriado para que a inflação volte à meta de 2%, os decisores norte-americanos explicaram então que teriam em conta a restritividade cumulativa da política monetária, os desfasamentos com que a política monetária afeta a atividade económica e a inflação, bem como a evolução económica e financeira.
Logo após ter começado a falar, Powell foi retirado da sala, de acordo com a Bloomberg. Um grupo de uma dúzia de manifestantes pelo clima saltaram para o palco a cantar e a segurar uma faixa, tendo ficado durante cerca de cinco minutos. Já a 19 de outubro tinha acontecido um protesto semelhante no Clube Económico de Nova Iorque, durante um discurso do presidente da Fed.
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