A sociedade em que vivemos é fortemente dependente da informação. Absorvemos dezenas de notícias diariamente que, com um maior ou menor relevo, vão marcando o nosso modo de vida. Enquanto umas têm um impacto muito limitado no tempo, sendo quase de imediato relegadas para segundo plano, outras trazem consigo consequências que, no limite, podem alterar o curso da própria vida, tal como a conhecemos. Um fator decisivo da eficácia dessa informação reside no seu grau de veracidade e no tempo em que é transmitida ao recetor. Aparentemente, a nossa relação com a veracidade dos factos nem sempre é linear. Talvez porque vivemos entre o desconforto de uma verdade inconveniente, que por vezes é danosa aos nossos mais íntimos desejos, e a sensação reconfortante de uma mentira conveniente. São inúmeros os exemplos, neste nosso passado recente, e nas mais diversas áreas da sociedade, de “inverdades” que no momento nos deram a falsa ilusão de que tudo iria acabar bem, mas que viriam a ser contrariadas pela realidade.